28. RAPOSA ATREVIDA

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Caminhei na grama do campo aberto com a gatinha em meu colo, ela ainda fungava e estava com a cabeça em meu ombro me possibilitando ouvir seus choramingos.

Baekhyun nos deixou aqui e disse que havia uma lanchonete no andar de cima, ele precisou ir já que está em seu horário de trabalho.

Me aproximei de uma árvore perto do laguinho e percebi que haviam alguns peixinhos lá, se S/N não estivesse tão chateada iria adorar ver.

Notei outra árvore bem maior logo a frente que estava com sombra, então fui até lá me sentando na grama com certa dificuldade com ela em meu colo, a sentei em minhas pernas e a garota não se afastava.

Sentia que a pequena estava decepcionada comigo por ter deixado fazerem aquilo com ela, e de certa forma eu também estava mas o que poderia fazer se é para o bem dela?

Optei por não dizer nada já que poderia piorar as coisas, então apenas fiquei com ela abraçada a mim e fazendo carinho em suas costas aproveitando da natureza, não é todo dia que há tanto verde a minha volta e realmente gosto disso, do cheiro de grama, do ar purificado, o barulhinho do lago.

Se eu fosse um híbrido adoraria morar aqui, eles merecem essa paz depois de tudo que passaram. Falando neles, havia um bem próximo da gente.

Ele nos olhava e quando retribuia o mesmo desviava e fingia que não era com ele, ser engraçadinho também deve estar em seus sangues. Sorri sincero com aquele híbrido.

Seu cabelo era acobreado e suas orelhas pontudas, até cogitei a ideia de ser um gato também, porém elas eram maiores, seu rabinho também era muito bem desenhado para ser um felino, na ponta era branco e parecia ter sido tosado de tão bonito que estava. Os pelos pareciam ter outra textura do que o pelo da S/N, parecia mais grosso e pontudo.

Me distraí quando a gatinha se afastou me deixando ver seu rosto, estava com as bochechas e a pontinha do nariz vermelho. Além dos lábios, também úmidos.

Ela esfregou os olhos e secou a bochecha com a manga da blusa, depois olhou para mim com um biquinho e cara de poucos amigos. Sei que está chateada, e não a julgo por isso. Se depender de mim, nunca mais a levo ao médico, isso foi um pesadelo do qual não estou disposto a passar novamente.

Bebê... - Sussurrei e beijei a bochecha dela. — Está brava comigo? - Indaguei e ela assentiu com a cabeça. — Desculpa o oppa, por favor...vou te recompensar. O que você quer? Pode pedir o que quiser que eu faço. - Eu sou um babão mesmo.

— Sorvete...

Sorri apaixonado e beijei cada cantinho do rosto dela fazendo cócegas em sua barriguinha ouvindo ela gargalhar. Eu amava o som da sua risada, e depois de um choro tão intenso esse sem dúvidas foi meu remédio.

Acidentalmente acabei esbarrando nossos lábios e beijei o canto da boca da gatinha, perdi o ar e fui pego desprevenido quando ela selou nossos lábios em um beijo.

Não tinha língua, no entanto seus lábios estavam bem úmidos e pude sentir seu gostinho ficar nos meus, rapidamente nos afastamos mas foi o suficiente para me deixar em êxtase.

Suspirei pesado e a coloquei sentada em minha frente, de repente ficou muito calor.

Me abanei com as mãos e olhei ao redor tentando disfarçar, vendo se algum dos híbridos viu o que acabou de acontecer aqui. Apenas vi o ruivo, mas ele não estava mais sentado, estava de pé e vindo em nossa direção lentamente.

Peguei meu celular no bolso para ver as horas, Baekhyun antes de ir disse que o resultado geralmente fica pronto em quarenta minutos e queria levar minha gatinha para comer. Ela deve estar com fome já que não a deixei tomar seu café da manhã.

PATINHAS FELIZES - Park SeonghwaOnde histórias criam vida. Descubra agora