25. CULPA DO RAMYEON

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Park Seonghwa P.O.V

— Me desculpa por ter ficado um tempo sem ir ver a S/N...Eu também vi suas mensagens mas, não pude responder...

Momo e eu estávamos sentados em um dos bancos de uma praça que havia atrás do shopping, estávamos caminhando em direção ao carro quando a gatinha viu os brinquedos de longe e ficou fascinada com aquilo, insistindo para vir.

Estava prestando atenção nela no balanço um pouco afastado de nós, quando a garota ao meu lado resolveu se pronunciar.

— O que aconteceu? Por que sumiu? - Perguntei curioso, sei que fui invasivo mas, estou me questionando isso desde que a vi parada em frente a minha porta mais cedo. Ela desconversou por conta da gatinha, agora não tem nada que interrompa.

— É um assunto meio delicado, não sei se quer-...

— Se não estiver confortável, não precisa me contar. Só perguntei por curiosidade. - Momo parecia abatida ao lembrar do assunto então interrompi, não devia ter perguntado desde o início. — Sabe, a S/N só tem você e eu, ela estava bem desanimada e quietinha esses dias mas hoje estava tão feliz, queria que fosse sempre assim. Então, se você estiver com problemas eu estou aqui, só não pare de ir ver ela...

— Me sinto mal por não conseguir ser presente na vida dela, eu queria muito ter a adotado. E agora sabendo que está com você fico aliviada, mesmo continuando sem ser presente. - A garota soltou um longo e pesado suspiro, encarou a pequena balançando logo a nossa frente e sorriu sem graça. — Eu não quero falar sobre porque são problemas familiares e minha vida é um caos, não é porque não confio em você nem nada. Obrigada por não me pressionar. - Concordo com um aceno, dando o assunto por encerrado.

O pôr do sol anunciou sua chegada, a luz em um tom quente de alaranjado era aconchegante e tranquilizava. As nuvens em tons amarelo e rosa parecia ter sido desenhadas a mão pelo pintor mais talentoso já visto.

A gatinha olhou para mim por cima do ombro e sorriu em frente ao horizonte, parecia um anjo lindo e inocente. Senti meu coração pulsar mais forte que de costume e quando dei por mim estava com um sorriso emoldurado em meus lábios.

...

— Obrigado por hoje, você comprou tantas coisas para a S/N que nem sei como agradecer.

— Não se preocupe, é o mínimo por ter ficado tanto tempo sem vim ver ela. - A garota desligou o veículo e sorriu olhando para a pequena ao seu lado. — Não dê trabalho nem se suje muito viu pestinha.

— A Momo vai voltar? - Questionou a pequena e o sorriso de Momo se tornou um tanto falso, ela piscou algumas vezes e assentiu com a cabeça sem dizer uma palavra sequer.

Abri a porta do veículo e desci do carro, ajudei a gatinha a descer e quando estávamos indo para a calçada um vento terrivelmente forte soprou, S/N tentou se desvencilhar da minha mão e quando notei seu chapéu havia caído.

Me desesperei, se alguém visse suas orelhas correríamos um risco inimaginável. Peguei o acessório no chão e rapidamente coloquei sobre as orelhinhas felpudas as escondendo, observei ao redor tentando notar se alguém tinha nos visto mas estava tão escuro e deserto que é improvável. Só então pude respirar normalmente, isso que eu chamo de susto.

Pegamos as sacolas e nos despedimos da Momo que acenou para nós, ela se foi e entramos no prédio. Alguns andares depois já estávamos em casa, a gatinha parecia exausta, ela se jogou no sofá toda largada e não parecia que sairia tão cedo dali.

Segui para o quarto e arrumei o armário, deixei as roupas novas dentro das gavetas e as antigas que não servem mais na S/N aguardei em caixas para doação.

PATINHAS FELIZES - Park SeonghwaOnde histórias criam vida. Descubra agora