23. BRINCADEIRA INOCENTE

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— Ãn, Momo? O que faz aqui...espera, por que você sumiu? - Pergunto olhando a garota à minha frente.

— Oi Seong-...mas que porra aconteceu com a S/N? - Ela encara a baixinha de olhos arregalados e boquiaberta, não entendo o porquê dessa reação então olho para ela também para ver se tem alguma coisa de errado na gatinha.

— Por...pora? Porra? - A menor tenta dizer o que ouviu Momo falar, ela veio aqui para dar um mau exemplo a minha doce e inocente gatinha?

— Não repita isso S/N! E Momo, não ensine essas coisas a ela! - Peço ríspido, não quero minha pequena falando essas coisas.

A garota entra na minha casa, ela me empurra e vai em direção a pequena, a segura pelos ombros e encara cada canto de seu rosto. Olha para o corpo e parece estar vendo algo absurdo em sua frente, eu sei que as roupas estão estranhas mas não é pra tanto. Momo sabe que a S/N não tem tantas roupas assim.

— C-como...como ela cresceu tanto? - Questiona sem desviar os olhos.

— Crescendo... - Digo irônico e ergo a sobrancelha. Pra que tanto alarde? Ela só cresceu alguns centímetros, ainda continua pequena e bem menor que eu, e até mesmo menor que a Momo.

— Isso é normal? Faz apenas alguns dias que não a vejo como é possível alguém crescer tanto assim? Aliás, isso é muito estranho...

— Sim, é normal! - Limpo a garganta e olho para o corredor porta a fora. — Eu estava de saída então-...espera! Tem como você vir com a gente? - Peço eufórico, se eu tiver que comprar roupas íntimas femininas novamente eu irei enlouquecer, prefiro levar a senhora escandalosa comigo.

— Bem...não estou fazendo nada mesmo.

Nós três saímos do apartamento, S/N e Momo conversavam sem parar, ela perguntava para a gatinha como eu estava cuidando dela e se eu era legal, entre outras coisas nada educadas para se fazer na minha frente.

Me senti um pouco ofendido, até parece que não iria cuidar bem da minha pequena. S/N foi na frente com Momo e eu atrás, isso por exigência da dona do veículo.

Não deveria ser ao contrário? Crianças sentam atrás, essa é uma regra básica. Se bem que ela não é uma criança, mas é mais nova que eu, isso é injusto.

Assim que chegamos ao shopping pedi para a garota ir fazer compras com a S/N, lhe dei um dos cartões e pedi para comprarem apenas o essencial, pelo que conheço da gatinha sei que ela tem o poder da fofura a seu favor para conseguir o que quiser.

Nos separamos e não pude deixar de ficar um pouco preocupado, não consigo ficar em paz quando ela está longe de mim e em público, não consigo confiar que alguém irá cuidar dela tão bem quanto eu para não deixar que vejam seu rabinho e orelhas. Apesar da Momo conhecê-la a mais tempo que eu, isso ainda me deixa inquieto.

Andei por alguns minutos e finalmente encontrei a loja que estava procurando, comprei os equipamentos para desenhistas com o pouco dinheiro que tinha. Não preciso de muita coisa, afinal não sei até quando irei trabalhar nisso, a qualquer momento o antigo desenhista da empresa pode retornar e eu vou ser chutado para fora.

Caminhei entre os extensos corredores distraído olhando as diversas lojas, até ser despertado por meu celular com várias notificações. Eram mensagens de aviso que meu cartão estava sendo utilizado em diversas lojas, isso só pode ser brincadeira.

Haviam mais de vinte mensagens e não parava de chegar, andava desviando das pessoas apressado atrás das garotas. Elas enlouqueceram? Eu pedi para que comprassem apenas o essencial.

Avistei as duas rodeadas de sacolas sentadas na praça de alimentação, elas estavam tomando sorvete que haviam comprado com meu cartão. Não posso acreditar que Momo não pagou nem mesmo o sorvete.

PATINHAS FELIZES - Park SeonghwaOnde histórias criam vida. Descubra agora