Wessy - uma futura madrasta

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Depois que finalmente fecho a loja e meus amigos vão embora para suas casas eu vou para a minha. Já estava escuro e o céu estrelado estava incrivelmente lindo, ou talvez eu só estava apaixonado mesmo.

Estava fazendo um frio gostoso mas nem estávamos no inverno, era aqueles frios que te faziam ficar embrulhados ou agarrados com quem você gosta. E eu gostava de uma garota.

Assim que cheguei em casa, vi o meu pai e Amanda conversando alegremente na cozinha.

— Opa! Cheguei em uma hora boa. — digo.

— Que bom que chegou — Amanda me olha com os olhos brilhantes.

— Vamos para o meu quarto? — falo para ela.

Ela concorda.

— Cuidado com o que vão fazer — meu pai alerta em tom divertido.

Amanda me dar um abraço antes de sairmos e me beija perto do meu pai que fica entretido assando bistecas.

— Vai comer? — ele pergunta antes de sair.

— Vou! — grito.

Eu e Amanda vamos para o meu quarto, ela se joga na minha cama me observando. Tiro a camisa e vou beijá-la.  A gente se beija por vários minutos até que meu pau fica duro com vontade de fazer algo que eu não aprovo.

— Vou banhar.

— Deixa eu banhar com você? — ela disse.

"Diga sim, diga sim, diga sim" minha mente me bajula.

— Não — eu respondo —,não vou cair no seu jogo.

Ela dá uma risada.

Eu tinha certeza que se eu aceitasse estaria quebrando a nossa promessa. Não posso ser como o meu pai que fode uma, duas ou três e vive nesse vício. Quero que meu coração seja apenas de uma garota.

Entro no banheiro e tomo um demorado banho. Trabalhar em um loja de carro não é muito legal, seus dedos ou qualquer parte do seu corpo fica cheio de graxa ou óleo. Eu planejo a noite ali no banheiro para mim e Amanda. Assim que volto para o quarto vejo que Amanda não estava mais ali, provavelmente saiu ao supor que não queria me ver nu. Isso porque ela já viu meu pau apenas por uma foto.

Depois de me vesti eu vejo Amanda e o meu pai sentados na mesa, os dois estavam preparando uma salada.

— A comida está quase pronta — meu pai informa, ele estava com a mesma calça jeans que veio do trabalho e uma camisa, acho que ele estava vestido daquela forma por respeito a Amanda.

Quando a comida ficou pronta nós sentamos a mesa e conversamos enquanto comíamos.

— Qual área vocês dois pensam em fazer? — meu pai resolveu perguntar, a gente estávamos falando sobre faculdades e bolsas escolares e quais ficavam mais perto de nós.

— Biologia — respondeu Amanda — quero ser professora de biologia,  a cada dia que eu assisto aulas de biologia eu fico encantada com o assunto.

— E você? — meu pai olha para mim

— Engenharia mecânica — respondo.

— Boa! — exclama meu pai, ele também fez este curso, é por esse motivo que tem uma loja.

— E aí pai, quem era aquela mulher que estava na loja hoje? — eu perguntei, mudando completamente da assunto.

Meu pai olhou para Amanda como se sentisse mal por ela, talvez se ela não estivesse aqui ele teria me falado numa boa. Amanda ficou observando meu pai, esperando a resposta. Uau, ela sobre a luz da cozinha ficava linda.

— É uma amiga — respondeu meu pai.

— Amiga? — perguntei erguendo as sobrancelhas enquanto o garfo e a faca ficavam parados no meu prato — amiga mesmo?

— Não estou entendendo seu interesse em querer saber quem é uma mulher bonita — respondeu meu pai, então ele tocou no ombro da Amanda — A mulher que ele está perguntando é bem atraente, viu Amanda?

Amanda jogou o olhar para mim sorrindo.

— Agora até eu quero saber quem é essa mulher! — exclamou Amanda, se não fosse pelo meu pai eu diria que ela fingiu ciúmes.

A verdade é que Amanda não é muito de demonstrar ciúmes por mim, ela sabe o que sinto por ela, mas era divertido falar sobre outras mulheres enquanto a que eu mais gostava agia como se isso fosse motivo de briga.

— Para os curisos, Elaine é uma mulher que estou conhecendo a dois meses. — informou meu pai.

— Dois meses?! — exclamei surpreso.

Era surpreendente mesmo, pois meu pai nunca foi um homem de ficar com uma mesma mulher por muito tempo. Ele era um garanhão que poderia ter qualquer uma em sua rede. As vezes penso que talvez tenho puxado para a minha mãe, mesmo não sabendo como ela está...se está casada ou viúva. Várias garotas dão em cima de mim.

E isso é uma coisa muito séria. Só que eu não gosto de ficar me gabando com isso,as vezes até minto para mim mesmo que tudo não passa de uma ilusão da minha cabeça. Comprometidos não têm um segundo de paz. Principalmente quando elas falam "se você fosse solteiro eu faria tudo o que sua namorada não tem vontade de fazer com você". E esse é o grande problema, eu não quero uma garota que faça tudo aquilo que eu quero que ela faça quando estou excitado.

— Dois meses — repetiu meu pai — não sei porque a surpresa, Wes.

— A primeira mulher que ouço o senhor falar que está a bastante tempo — comento rindo.

Será que meu pai em fim está se apaixonado com uma mulher? E será que ela vai ser minha madrasta. Só que ver os dois fudendo no escritório da loja de carro não foi uma coisa boa da minha parte.

— Tem muitas coisas que você acha que sabe de mim, Wes — disse meu pai acabando de comer e descansando os talheres no prato.

— Tipo o quê?

Eu e meu pai olhamos para Amanda, pois foi ela quem perguntou.

— Ãah...eu sou ótimo cozinheiro — ele respondeu olhando para mim.

E o jantar terminou ali.

Como tínhamos escola amanhã, fomos para a cama dormir por volta de umas nove horas. Eu estava tão cansado que não aguentei ficar de olhos abertos por muito tempo. Amanda vestiu um vestido e um short, e me deu um beijo e depois eu dormi apesar de ter ouvido Amanda informar:

— Vou mijar.

o amante ( Heteros) ( Não Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora