amanda - confissões

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Assim que a aula acabou eu fui para casa com a campainha do Wessy que resolveu me deixar até a porta da minha casa e cumprimentar meus pais.

A relação entre o Wessy e meus pais era bem tranquila, eles conseguiam ver que era um garoto respeitável. E fora que o pai do Wessy quase sempre ajudava meu pai com o carro quando dava problemas.

— Vai comer aqui Wesley meu querido? — minha mãe perguntou.

— Aaa não, eu vou ter que ir para casa e comer lá e depois vou para o trabalho.

— Você pode comer aqui se quiser, não tem problema — insistiu minha mãe.

Ela adorava fazer comida e dar para as visitas. Eu fiquei apenas observando, uma parte minha queria que ele não aceitasse e fosse embora para a casa dele, eu não sabia o que era isso. Não estava menstruada ou com qualquer tipo de problema cujo o único desejo era ficar sozinha. Só estava mentalmente cansada demais para ter que ficar com o Wessy perto de mim. Ter que me esforçar para mostrar o amor que sinto por ele não dava por hoje.

— Eu... — ele olhou para mim como se esperasse que eu desse a resposta por ele. Ótimo, eu faço isso.

— Mãe ele precisa fazer uma coisas e ele não pode se atrasar no trabalho.

— Ah, sendo assim, eu posso fazer uma comida para você.

— Pode ser, eu levo sim, muito obrigado — ele agradeceu meio tímido.

Eu fui para o meu quarto com os wessy me acompanhado timidamente. Ele tinha permissão para entrar no meu quarto depois de dez meses de namoro. Primeiro ele entrou na sala, o nosso namoro na minha casa acontecia na sala. Logo em seguida, ele pode transitar para a cozinha para abrir a geladeira e pegar o que quisesse segundo minha mãe ( ele não pegava nada) e finalmente ele teve a permissão do meu pai para ficar no meu quarto, mas com a porta aberta, até agora eu deixo a porta aberta. Ainda bem que não tem uma regra explicita para ele de como funciona os seus limites dentro da minha casa.

Eu podia me proteger ali dele. Mesmo não sendo mais virgem.

— O que você vai fazer agora? — ele pergunta interessado, já que não tínhamos assuntos para conversar sozinhos ele aparentemente puxava o melhor assunto que combinava com a gente no momento.

— Vou estudar um pouco e quem sabe ler um pouco das minhas fics preferidas do wattpad.

— O que é isso? — ele parece interessado.

— Wattpad é um local onde possui história legais para ler. — resumi.

— Que tipo de história — ele pergunta.

Ele senta na minha cama e dá uma rápida olhada ao redor, será que ele estava procurando alguma calcinha minha ou coisa que pudesse entrar no assunto "sexo".

— Histórias de romance — menti, a maioria das minhas fics preferidas eram de romance Hot com sadomasoquismo e estrupo, e eu amava ler, apesar de não apoiar.

— Legal — comenta.

Wassy parecia tenso, como se tivesse feito algo e queria me contar. Era fácil interpretar ele, principalmente quando estava excitado ou quando queria algo ou falar sobre alguma coisa que estava incomodando ele.

—  O que foi, você parece...estranho — resolvo falar.

— Eu estou, não é mesmo? — ele pediu minha opinião apesar de eu já ter dado.

— O que foi que aconteceu?

— Um garota deu em cima de mim na aula de educação física, ela praticamente...

Será que ele ia me contar o que eu estava pensado: uma traição da parte dele? Bom, se foi isso não tem problema afinal eu... ah droga isso não importa.

— Ela o quê?  — perguntei erguendo uma sobrancelha e tentando parecer ciumenta.

Eu não conseguia sentir ciúmes do Wessy,  acho que é por esse motivo que ele pensava que tinha uma relação saudável comigo.

— Ela pegou no meu pa*. — ele suspirou assustado.

Eu também fiquei levemente assustada. Nem eu mesmo nunca pensei no pa* do Wessy, agora eu sinto quente pegasse seria como se tivesse pegando no pa* do meu pai ou de um irmão que não tenho.

— Quem? — perguntei.

— Não posso contar — ele disse — não quero... estragar...

O que ele não queria estragar? Wessy era o tipo de garoto que você deveria pegar e colocar em um laboratório de estudos. Ele não era o tipo de homem que não se importava com os sentimentos da namorada. Ele se importava muito.

E doía muito o fato de estar traindo ele, eu estava até...com pena dele.

— Tudo bem, não conte — decidi, apesar de estar curiosa para saber quem foi a v*dia sortuda.

Wessy me olha, parecia confuso, como se não fosse essa reação que ele esperava de mim. Acho que ele pode até imaginar como seria, estava feliz comigo mesmo por estar decepcionado ele com meu jeito de ser, ou talvez eu poderia me esforçar um pouco mais.

— Não te deixou irritada o fato de uma garota ter pego na minha parte íntima?

Ah, qual é  ele falando em "parte íntima" parece tão gay, acho que até se classificar como um dos motivos pela qual não quero dar para ele desde o começo.

Se ele soubesse que a parte íntima do pai dele entrou em mim e tirou minha virgindade, acredito que ficaria mais impressionado.

— Você gostou do que aconteceu?

— Não! — ele exclamou apressado — Eu não gostei, inclusive tirei ela de perto de mim e falei que tenho namorada...que é você.

Forcei um sorriso para demonstrar orgulho.

— Então acho que você fez o suficiente.  — respondi.

Eu vi toda a tensão e a preocupação que aparentava nele se esvair do seu corpo como ar sai de um balão. Era fácil demais dizer algo para o Wessy e fingir que estava tudo bem. Para falar a verdade ele só não sabia que eu estava com peso na consciência e perdoando ele era como se estivesse garantindo o meu próprio perdão por ter feito algo com o pai dele em um sofá velho.

A única coisa que ele não sabia era que eu queria muito ver o pai do Wessy novamente.

o amante ( Heteros) ( Não Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora