- Certo, deixa eu ver se eu entendi.- Dray diz, ficando em silêncio por um tempo.- Vc quer encontrar seu pai, que nunca viu ou conheceu, e, para isso, vc quer viajar para o Estados Unidos, para um lugar que vc nunca conheceu e que vai ser totalmente surpreendente se vc não se perder!?
- Sim, vc quer ir comigo?- Pergunto, após a confirmação, e o vejo ficar com a boca aberta em choque.
- E vc ainda pergunta?! Óbvio!- Ele responde, tentando esconder o sorriso animado, mas falhando miseravelmente. - Quando vc vai?
- Não sei. Mas acho que em poucos dias, talvez. Quero fazer isso antes da volta às aulas.- Respondo, sorrindo animadamente, mas ficando sério logo depois.- Tenho que falar com seus pais.
- Posso ir chamar minha mãe, se quiser. - Dray diz, se levantando.
- Claro.- Afirmo e o vejo sair praticamente correndo do quarto.
Fico ali, sentando e esperando, enquanto ele não volta. De repente, um corvo entra voando pela janela e pousa na minha cama, a minha frente.
Ele pia, olhando para mim, e levanta uma perna, revelando um pequeno envelope amarrado na mesma. Me aproximo dele, receoso, e desamarro o envelope, pegando-o e abrindo, devagar, enquanto observo o pássaro.
É um belo animal. Suas penas são puramente negras, sem nenhuma única pena em outra cor. Seus olhos são como duas obsidianas, que brilham em contraste com o sol que emana da janela.
Abro o envelope e pego a carta, começando a lê-la.
Caro Hadrian,
Estava muito ansioso para conversar com vc e espero, ansiosamente, que está carta chegue o mais rápido possível em suas mãos.
Lembro-me que vc havia dito que, se eu quisesse saber algo sobre vc, deveria perguntar diretamente. Bem, aqui estou eu com minhas várias perguntas. Espero que não se sinta desconfortável com as perguntas e que não se canse tão rapidamente de mim, já que, como vc irá perceber, eu sou bastante curioso e estou drasticamente interessado na sua pessoa.
Devo começar logo, eu acredito, para que vc não se sinta cansado de ler tantas palavras. Bem, minha primeira pergunta é: Quais são suas crenças?
Isto é algo que eu estou realmente interessado em saber, como pode ver. Estou curioso em relação ao que vc acredita. Acredita no bem ou no mal, na luz ou nas trevas. Isso é algo que está queimando na minha mente desde o dia em que nos conhecemos.
Bom, acredito que, se eu quero saber sobre vc, devo contar algo sobre mim. Se vc ainda não sabe, eu estou disposto a responder as perguntas que vc tiver também, se tiver alguma.
Peço que, por favor, responda o mais rápido que puder, pois estou realmente ansioso para ler sua resposta.
Ah, quase ia me esquecendo. Este corvo que levou a carta até vc se chama Rachel, ela é uma fêmea. É um presente para vc, espero que goste.
Atenciosamente Thomas.
Termino de ler a carta e olho para Rachel, que me encarava. Faço carinho nela, enquanto tinha um sorriso bobo no rosto, algo que eu não havia percebido.
- Então seu nome é Rachel.- Digo, sorrindo, enquanto acaricio suas penas, recebendo algumas bicadas carinhosas no dedo.- Me chamo Hadrian.
Ela pia, quando olha para mim, e voa até meu ombro, se acomodando ali, enquanto dá algumas bicadas em minha orelha, me fazendo rir.
Então, de repente, a porta se abre e Dray entra, sendo seguido por Cissy, e fecha a porta atrás de si. Ele se assusta, quando olha para mim, ao ver um corvo no meu ombro.
- O que é isto?- Ele pergunta, horrorizado.
- Um corvo. Ela é fêmea e se chama Rachel.- Respondo, sorrindo, e Rachel voa até a janela, saindo por ela, provavelmente indo caçar algo.
- Como vc conseguiu um corvo?- Pergunta, se aproximando, enquanto olhava receosamente para a janela da qual Rachel passou.
- Ela veio me entregar uma carta. E o remetente a me deu de presente.- Digo, sorrindo amplamente, realmente feliz pelo presente exótico.
- Quem mandou a carta?- Ele pergunta, se sentando na cama.
- Uma pessoa da qual não será revelado sua identidade tão cedo.- Respondo, sorrindo, enquanto aponto levemente com a cabeça na direção de Cissy e Dray, imediatamente, entende o que quero dizer. - Cissy, por favor, sente-se.
- Ah, sim. - Ela diz, pegando a cadeira que ficava na minha penteadeira e a posicionando em frente à cama, logo se sentando e cruzando as pernas, como uma dama.- Então, Hadrian, o que gostaria de conversar comigo?
- Eu gostaria de saber se vc se incomodaria de uma viajem.- Digo, sorrindo receoso, enquanto a vejo franzir o cenho.
- Como assim, Hadrian?- Pergunta, confusa.
- Eu fiquei sabendo sobre alguém, que deve ser importante para mim, e gostaria de encontrá-lo.- Começo, sorrindo minimamente, enquanto brinco nervosamente com os dedos.- Eu gostaria de viajar para os Estados Unidos para encontrar meu pai, sabe? Eu preciso de respostas, mas, se vc não quiser que eu vá, como minha madrinha, vc tem todo o direito de me impedir.
Ela fica um bom tempo em silêncio, provavelmente assimilando o que acabei de dizer. Cissy olha para baixo, pensando, e eu olho para Dray, que me olhava de forma apoiadora, me dando força.
Sei que isso é algo a se pensar, mas nossa ela está demorando bastante.
- Bem, Hadrian, se vc quer tanto ir, eu não irei impedi-lo. - Ela começa e, com apenas estas palavras, eu e Dray já estávamos comemorando.- Mas pode ser perigoso para vc, então Draco irá com vc, está certo?
- Nós já íamos pedir para que eu vá.- Ele diz sorrindo amarelo.
- Uh, pq essa viajem pode ser perigosa para mim?- Pergunto, após um longo tempo de comemorações.
- Pq vc é um Lycan e essa espécie é muito delicada. Qualquer um pode ser atraído para vc, devido a sua beleza natural, e os Veelas geralmente protegem os Lycan quando encontram um. Draco já sente este instinto protetor por vc, então ele irá com vc.- Ela explica, me deixando perplexo.
- O Dray é um Veela?!- Pergunto, chocado, enquanto olhava de Cissy para Dray.
- Vc não sabia? Oras, olhe para mim!- Dray afirma, indignado, enquanto eu e Cissy rimos.
Eu gosto disso, desses momentos. São momentos que me lembram algo como "familiar". Acredito que sejam isso. Momentos familiares.
Falando em família, acho que a minha está preste a aumentar. Ou diminuir, dependendo do que acontecer.
Mas uma coisa é certo: eu estou a caminho pai, é apenas questão de tempo.
Continua...
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𝕷𝖆𝖉𝖞 𝕯𝖆𝖘 𝕿𝖗𝖊𝖛𝖆𝖘 (1ª Temp.)
Roman d'amourᴸᵃᵈʸ ᴰᵃˢ ᵀʳᵉᵛᵃˢ ᥴᥲᥒsᥲძ᥆ ძᥱ s᥆𝖿rᥱr, ᥴᥲᥒsᥲძ᥆ ძᥱ mᥱᥒ𝗍іrᥲs, ძᥱ ᥱᥒgᥲᥒᥲᥴ̧᥆̃ᥱs. ᥴᥲᥒsᥲძ᥆ ძᥱ sᥱr 𝖿ᥱrіძ᥆, ᥱᥣᥱ, ᥲ⍴᥆́s ძᥱsᥴ᥆ᑲrіr 𝗍ᥙძ᥆, ᥎ᥲі ᥲ𝗍rᥲ́s ძᥲ𝗊ᥙᥱᥣᥱ 𝗊ᥙᥱ, sᥙ⍴᥆s𝗍ᥲmᥱᥒ𝗍ᥱ, ᥆ ᥲᑲᥲᥒძ᥆ᥒ᥆ᥙ. mᥲs, ᥱ sᥱ ᥲs ᥴ᥆іsᥲs ᥒᥲ̃᥆ 𝖿᥆rᥲm ᥲssіm? ᥱ sᥱ sᥱᥙ "sᥙ⍴᥆s𝗍᥆" sᥲᥣ᥎ᥲძ...