-Nick, eu estou começando a ficar preocupada. - Comenta olhando a sala cheia de criaturas animalescas.- Eles estão assim a dois dias. Eles não deveria voltar ao normal?
- Deveriam. - Responde pensativo enquanto olhava o jovem garoto sentado no chão, em frente ao sofá, onde se encontrava o veado de pelagem dourada.- Freya. - Chama a irmã mais velha e ela olha para ele. Logo se levanta e caminha até o mesmo.- Descobriu algo?
- Não. Infelizmente não há nada que indique um encantamento ou uma maldição. É como se eles fossem animais normais. - Diz baixo para que o mais novo não escutasse, mas era inútil, já que o mesmo estava ouvindo desde o começo.
- Isso é ruim. Muito ruim.- Klaus afirma preocupado, olhando os seres.
Hadrian estava sentado no chão enquanto ouvia a conversa. Ele também estava extremamente preocupado com o que estava acontecendo. Mas, acima de tudo, ele nunca esteve tão feliz.
Sua família estava completa e seu coração estava calmo, assim como sua magia. Ele agora entendia o que estava deixando-o tão agitado. Era a magia dele. A magia que estava, até agora, dançando junto a sua pela sala, fazendo cócegas nos pelos dos animais.
Ele estava mais feliz do que nunca esteve e, graças a isso, não saiu de perto do animal nem mesmo por um segundo. Apenas para ir ao banheiro.
A criatura estava dormindo agora e Hadrian estava levando-o, em sonho, à lugares lindos onde ele corria livremente e com alegria. As vezes ele suspirava, ainda dormindo, feliz e sereno.
Ele estava esperando o animal acordar para poder perguntar-lhe suas curiosidades. Tinha tantas perguntas, tantas dúvidas que seu coração palpitava em excitação.
Mas havia alguém ali que estava observando tudo e todos. Ele não confiava em nenhum dos desconhecidos, principalmente os vampiros e o loiro.
Ele tinha o sotaque britânico e cheirava a morte, assim como seus amigos, mas tinha algo a mais que não conseguia identificar.
Todos eram estranhos, mas se seu amigo confia neles significa que eles são confiáveis e leais.
A pantera, com os pelos brilhantes e escuros, olhava todos com um ar de curiosidade, mas principalmente o menino. Ele não saia de perto de seu amigo e isso deixava ele intrigado.
Encarava o menino com curiosidade, pois ele tinha o cheiro mais curioso de todos. Tinha o cheiro parecido com o do veado, o cheiro de morte e algo a mais que ele não entendia.
De repente os olhos do menino de cabelos escuros se voltaram para ele. Ele o olhava curioso e seus olhos verdes esmeraldas brilhavam como os do veado.
Os olhos o fitavam com tanta intensidade que pareciam ler seus pensamentos e a parte mais profunda de sua alma. Ele chegava a se sentir desconfortável apenas olhando para aquelas orbes com a cor da pior das maldições.
Ele viu o garoto sorrir levemente. O sorriso fez os pelos do felino se arrepiarem. Era um sorriso quase que sádico, mas tinha um pouco de gentileza, o que deixava-o ainda mais esquisito.
Ouviu a risada jovial do menino e se permitiu franzir o cenho, o que, na sua forma animago, era imperceptível.
- Hadrian.- A troca de olhares foi interrompida pelo loiro britânico que o chamou.- Que tal se você comer algo? Faz um tempo que não se alimenta.- Pergunta suavemente agachado ao seu lado. Hadrian mordeu o lábio inferior e iria negar, quando seu pai o interrompeu.- Vamos, filho. Será rápido e eu tenho certeza de que ele não sairá daqui.
O menor pensou por alguns instantes e, receoso, acentiu, logo se levantando e seguindo o pai para fora da sala.
A interação não passou despercebido pelo ser de pelagem negra. Ele entendeu o motivo do garoto ter o cheiro de morte. Eles eram pai e filho.
Mas ele ainda estava curioso com o garoto e o fato dele ser tão próximo do seu amigo. Então ele estava decidido a procurar respostas.
Se levantando, ele seguiu os dois. Viu ambos passarem por uma porta e, andando mais, logo estava em frente à porta.
Ele não entrou, penas observou as pessoas desconhecidas sentadas a mesa, aproveitando uma refeição.
- Oh, você está com fome?- Freya pergunta para ele, que continuou apenas observando.
- Ele está curioso.- Hadrian afirma, bebericando um pouco do seu café adoçado. A afirmação fez o animal ficar ainda mais intrigado com o menino.- Nos considera desconhecidos e só confia minimamente em nós por que ele confia. Ele me acha intrigante e te acha que você, pai, é curioso.
- Por que?- Pergunta confuso, parando a xícara, que ia até seus lábios, no meio do trajeto.
- Por que ele reconheceu apenas o cheiro de vampiro e não o de lobisomem. - Afirma sorrindo e leva o garfo com bolo até sua boca.
O animal observava a interação confuso e as afirmações do garoto o deixaram ainda mais intrigado em questão a ele. Mas oque está acontecendo?
- Não se preocupe, eu sei legilimência naturalmente. Consigo ouvir tudo. - Explica após beber um gole do café.- Vamos pergunte. Sei que tem muitas perguntas.
O animal se recompôs, ignorando a desconfiança e choque ao descobrir o talento do garoto de aparência tão jovem e angelical quanto um anjo.
Ele pensou, raciocinando sua primeira pergunta, e, após um tempo, ele se sentou nas patas traseiras e olhou com atenção o garoto.
Quem é você? Fez sua primeira pergunta, mas logo tratou de complementar. Qual seu nome? E o que você é dele?
- Essa é uma boa pergunta. Ou boas perguntas.- Comenta rindo levemente. Ele beberica um pouco do café e, lhe senvindo mais um pedaço de bolo, ele continua.- Sou Hadrian. Hadrian Edward Potter-Black-Malfoy-Mikaelson-Ambrose.
Foi impossível não ver a reação do animal quando ouviu aquele nome sair dos lábios rosados e cheios do mais novo.
Agora tudo fazia sentido em sua cabeça. Ele nunca conhecera o jovem, mas, pela descrição que seu amigo havia lhe dado, ele se encaixava perfeitamente.
Pele alva e delicada como porcelana, cabelos negros tão escuros quanto os de um Black, bochechas gordas que dava-lhe um ar delicado e gentil, e, principalmente, seus olhos verdes esmeraldas que pareciam ler sua alma.
Agora ele entendia. Ele era o motivo. A razão para que aquele brilho de esperança nunca sumisse. Era ele.
Como?! Todos pensávamos que você estivesse do lado daquele velho imundo. Oque aconteceu!?
- Bem, eu descobri. Tudo. Posso lhe mostrar, se desejar?- Oferece se levantando e anda até a pantera, parando a sua frente.
Ele esperava a resposta do animal pacientemente e via os olhos do outro brilharem em curiosidade e receio. Hadrian via dúvida em sua mente, mas, acima de tudo, o desejo de saber a verdade.
Então acentiu e Hadrian, ao ajoelhar-se a frente dele, pegou sua pata e pediu para que fechasse os olhos. Quando o fez, Hadrian passou as memórias em sua mente para que o outro visse.
Eram muitas memórias. Haviam acontecido muitas coisas dentro de poucos meses e o animal ficou surpreso com aquilo.
Quando terminou, após poucos minutos, Hadrian soltou a pata do ser e se levantou sorrindo pequeno.
- Agora que você já sabe de tudo e quem eu sou, eu gostaria de lhe perguntar: quem é você?- Questiona verdadeiramente intrigado com a identidade do outro.
Após um segundo, organizando seus pensamentos, a pantera olha para o menino. Os olhos azuis claros se encontraram com os verdes e ele respondeu a pergunta.
Você deve me conhecer através de meu irmão, Sirius Black. Afirma e dá um pequena pausa. Mas logo continua. Sou Regulus Arturo Black.
Continua...
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𝕷𝖆𝖉𝖞 𝕯𝖆𝖘 𝕿𝖗𝖊𝖛𝖆𝖘 (1ª Temp.)
Romanceᴸᵃᵈʸ ᴰᵃˢ ᵀʳᵉᵛᵃˢ ᥴᥲᥒsᥲძ᥆ ძᥱ s᥆𝖿rᥱr, ᥴᥲᥒsᥲძ᥆ ძᥱ mᥱᥒ𝗍іrᥲs, ძᥱ ᥱᥒgᥲᥒᥲᥴ̧᥆̃ᥱs. ᥴᥲᥒsᥲძ᥆ ძᥱ sᥱr 𝖿ᥱrіძ᥆, ᥱᥣᥱ, ᥲ⍴᥆́s ძᥱsᥴ᥆ᑲrіr 𝗍ᥙძ᥆, ᥎ᥲі ᥲ𝗍rᥲ́s ძᥲ𝗊ᥙᥱᥣᥱ 𝗊ᥙᥱ, sᥙ⍴᥆s𝗍ᥲmᥱᥒ𝗍ᥱ, ᥆ ᥲᑲᥲᥒძ᥆ᥒ᥆ᥙ. mᥲs, ᥱ sᥱ ᥲs ᥴ᥆іsᥲs ᥒᥲ̃᥆ 𝖿᥆rᥲm ᥲssіm? ᥱ sᥱ sᥱᥙ "sᥙ⍴᥆s𝗍᥆" sᥲᥣ᥎ᥲძ...