Capítulo 41

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-Então Mikael estava atrás de você? - Pergunta bebendo um gole de chá em seguida.

- Sim. Nós conseguimos fugir dele. Achamos que Marcel estava morto, por isso fomos embora, mas, quando chegamos aqui de novo, fomos ameaçados por ele. - Klaus explica e olha mais atentamente para o de olhos verdes, que estava distraído olhando um festival pela janela enquanto bebericava fez ou outra seu chá.

Klaus não podia negar e olhando-o, assim calmo e sereno, ele realmente se recusava a negar o quanto estava feliz em vê-lo ali, consigo.

Não conseguindo se conter ele estende uma mão e toca a testa do mesmo arrastando o dedo para sua têmpora, removendo uma pequena mecha de seu cabelo castanho do local.

Ele sorri pequeno por um momento ao reparar que o cabelo do mesmo estava sempre bem arrumado, com as macias mechas presas com, provavelmente, gel para cima, mas agora estava bagunçado, pois ele havia acabado de acordar.

- Klaus...- Stefan se afasta do mesmo, recusando o toque gentil que lhe causava sempre calafrios.

Ele amava aquilo. Aqueles toques gentis e carinhosos que demonstravam o que as palavras não conseguiam, mas ele ainda estava chateado com o loiro.

Queria, mais que qualquer coisa, se jogar nos braços musculosos do outro e se aconchegar, para nunca mais sair, mas seu orgulho estava falando mais alto e seu coração, que estava magoado, também.

- Stefan...- Chama, o olhando com o olhar suplicante. O outro continua olhando para a janela. - Me desculpe. Não sei o que está errado, mas eu...

- Não sabe o que está errado?!- Exclama indignado, cortando a fala do outro, e se levanta bruscamente, deixando a xícara de despedaçar no chão com um som estridente e dramático. - Você apagou minhas lembranças, me fez esquecer do homem que eu amo! E tudo isso por que?! Pra me proteger?! - Grita olhando-o com os olhos marejados de tristeza. Faz uma pausa, respirando fundo para não ter outro ataque, mas logo o olha novamente e continua, num quase sussurro.- Eu pensei que fossemos uma equipe, me deixou isso claro, mas logo em seguida você vai embora e me deixa sozinho de novo.

Klaus estava sem palavras, lágrimas estavam para cair de seus olhos e seu lobo estava o machucando por ter magoado seu companheiro.

Seu lobo gritava com ele e estava o destruindo por dentro, mas ele ainda estava sem palavras. E isso fez Stefan ficar ainda mais chateado.

Ele pensava, seu vampiro pensava que Klaus não ligava, que, se ligasse, ele falaria algo ou se desculparia, mas infelizmente isso não aconteceu e ele sabia que era sua deixa.

Caminhando para fora do quarto ele logo saiu do quarto, mas não conseguiu dar tantos passos, pois logo a falta de ar veio.

O mundo girou e seu coração, mesmo não batendo, dava para senti-lo sangrar. Respirando fundo, Stefan começou a andar novamente, mas novamente não foi longe, pois alguém segurou fortemente seu braço e o empurrou contra a parede.

- Stefan, tudo bem? Ei.- A voz de Klaus foi ouvida, mas a visão do outro estava turva e escurecendo. Segurando seu rosto numa mão, Klaus levou a outra mão até seu nariz o tampando e o beijou.

Ficaram assim um tempo, os lábios se movendo com dificuldade no começo, mas logo se encaixaram e começaram um beijo quente.

Klaus percebeu que Stefan já respirava bem então se afastou um pouco, colando suas testas.

- Se sente bem?- Pergunta preocupado.

- Sim.- Diz secamente e o afasta indo até a escadas, mas é parado novamente e preso contra a parede. - Klaus!

- Não. Me ouça, por favor. - Súplica prendendo os braços do outro atrás de si. - Me desculpe, eu sinto muito. Por favor, Stefan, entenda. Eu queria protegê-lo de Mikael, ele se alimentava de vampiros e até mesmo eu o temia. E eu sou o híbrido original, o tão temido Klaus Mikaelson.  - Explica, calmamente, o olhando. Stefan estava mais calmo, mas se recusava a olhá-lo.- Me desculpe. Você não tem ideia do quanto eu senti sua falta e do que eu senti quando vi você com aquela duplicata.

- Isso não teria acontecido se você tivesse me devolvido minhas lembranças.- Retruca irritado. - Mas afinal por que você não me devolveu?

- Você parecia bem, feliz e apaixonado. Eu não queria estragar isso comigo. Todos sabem que eu destruo tudo que toco ou amo, então achei que fosse o melhor para você. - Murmura, olhando para baixo.

- Eu achei que estivesse e, por um momento, talvez eu me apaixonei, mas eu andei pensando sobre isso. - Diz baixo e segura seu rosto o levantando, o fazendo olhar para si.- Acho que nunca a amei, realmente. Acho que foi apenas isso, paixão.

Ele tinha um sorriso pequeno no lábios, mas ele sumiu, dando seu lugar à um sorriso grande quando o mais alto sorriu de orelha à orelha e colou suas testas.

- Você é o único que é consigo ver, Stef.- Ele usa o apelido que lhe deu quando eram amigos, nos anos 20. Sua voz era rouca, mas suave e causava arrepios ao outro.- O único que eu vi, realmente, em todo o meu século. Desde quando meus olhos caíram sobre um homem desconhecido comversando com minha irmã.

- Klaus...- As palavras fugiram dele, pois seu peito estava aquecido e seu coração estava cheio de sentimentos.

Seus lábios se abriram para tentar pronunciar algo, mas ele foi cortado por um beijo. Beijo esse que foi uma mistura de coisas. Foi quente, carinhoso, romântico e até um pouco selvagem, mas estava, com certeza, cheio se saudade.

XX

-Hadrian, onde vai?- Rebekah pergunta, quando vê o garoto caminhando até a porta.

- Tenho coisas a tratar, mas tentarei voltar logo. - Diz baixo, sabendo que a mesma ouviria.

Ele estava realmente atarefado naquele dia, sendo o Ministro da Magia e rei estava sempre ocupado.

Mas, como primeira parada, ele iria até sua casa, na floresta, pois os gêmeos estavam chegando junto à Lua e ele queria os receber.

Mandaria Simon levá-los até a casa de seu pai, para o esperar lá, num carro especial, que ele escolheria a dedo.

Logo após isso ele iria até o ministério, para, enfim, libertar alguém próximo que ele estava excitado em conhecer.

Bem, como dito anteriormente, ele estava deveras ocupado neste dia tão especial para si.

Especial, pois tudo estava bem. Pela primeira vez. Tudo estava nos trilhos e ele estava animado com isso.

Não havia nada a se preocupar, apenas o velho arrogante, que ele logo daria um jeito.

O jeito, na verdade. Seu jeito especial de lidar com problemas: com calma e ódio.

Ele acredita que tenha puxado isso de seu pai, ou, talvez, de sua "mãe".

Quem sabe os dois.

Continua...


𝕷𝖆𝖉𝖞 𝕯𝖆𝖘 𝕿𝖗𝖊𝖛𝖆𝖘 (1ª Temp.)Onde histórias criam vida. Descubra agora