Capítulo 23

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-Hadrian. - Elijah me cumprimenta, quando eu entro na cozinha.- Bom dia.

- Bom dia. - Cumprimento de volta, sorrindo amigável, e me dirijo até a mesa. Olho para todos, mas sinto a falta de Freya, que não estava sentada ali. - Onde está Freya? Não a vejo.

- Está tentando localizar Dahlia, a pedido de Niklaus.- Responde, bebendo um pouco do chá logo em seguida.

- Algo inútil, como pode ter percebido.- Kol comenta, quando para de beber o sangue de uma mulher, que estava com os olhos nublados e o pescoço virado para a direita. - Aceita?- Pergunta pegando o pulso da mulher e o oferecendo para mim.

- Kol, incoveniente como sempre. - O cumprimento, ironicamente. - Não, obrigado. Ainda estou satisfeito do café da manhã e, também, eu, ainda, não morri. - Respondo sua pergunta, sorrindo forçadamente, vendo o mesmo franzir o cenho, confuso. - Ela está...?

- No quarto. Subindo as escadas, no final do corredor há uma sala.- Elijah informa.

- Obrigado.- Agradeço, saindo da cozinha e indo até as escadas, logo subindo.

Sigo o caminho que me foi instruído e logo, no final do corredor, vejo uma sala. Entro na mesma e vejo Freya murmurando algumas palavras, enquanto o sangue se movia no mapa na frente dela, já que estava sentada no chão.

Adentro mais na sala olhando ao redor, vendo que haviam muitas coisas de bruxa ali, como ervas e artefatos que exalam magia. Fico observando por um tempo até que sinto algo me puxar, uma magia forte que me puxa para perto.

Procuro pela sala, um tanto quanto desesperado, pois essa magia é muito familiar, como se eu já houvesse sentido, como se minha própria magia já tivesse entrado em contato com isso, de alguma forma, e sentisse uma certa saudade.

Olho tudo ao meu redor, até que meus olhos param em uma pequena caixa que está em cima de uma mesinha. Me aproximo da caixa, sentindo a magia familiar me puxar, como se me chamasse e me quisesse. Era como se sentisse minha falta, assim como sinto a dela.

Quando chego perto da caixa, sinto a ansiedade se apossar de mim, me fazendo vibrar, e aproximo minha mão da caixa, a tocando, e me sinto estremecer.

- Hadrian?- Freya me chama, me assustando e me fazendo pular um pouco. Me viro para ela e vejo que ela havia terminado o feitiço, mas não havia dado certo. - Bom dia, quando chegou aqui?

- Agora a pouco. Soube que está tentando fazer um feitiço de localização e vim saber se precisa de ajuda. - Informo, me aproximando dela e me afastando, a contra gosto, da caixa.

- Não acho que possa ajudar. Klaus me pediu para fazer um feitiço de localização para achar Dahlia, mesmo sabendo que eu já tentei isso, diversas vezes, e não deu certo. Dahlia não pode ser localizada, ela não é idiota e nem fraca. Está se protegendo.- Ela explica, me fazendo franzir o cenho, em confusão.

- Se ele sabe disso, por que lhe pediu para fazer novamente?- Pergunto, curioso.

- Por que Klaus é vingativo e não gostou de como ela olhou para você. - Ela responde olhando para o mapa, me fazendo ficar surpreso. Freya pensa um pouco e logo levanta a cabeça rapidamente, parecendo ter uma ideia.- Talvez você possa me ajudar. Venha aqui.- Me aproximo dela e me sento à sua frente, do outro lado do mapa.- Você vem de duas linhagens de bruxos, a minha e a de James. Talvez você tenha puxado os dois lados. - Ela informa sua teoria, enquanto pensa, e eu me surpreendo, vendo que fazia sentido.- É apenas uma teoria, mas, se for, você pode me ajudar e, desta vez, possa dar certo, pois você é mais poderoso que ela e pode ultrapassar o feitiço de proteção dela.

- Freya você é um gênio. - Eu digo e ela sorri, orgulhosa.- Se der certo, eu te dou um Porsche de presente.

- Como?!- Ela pergunta, ficando confusa.

- Depois eu explico. O que eu tenho que fazer?- Pergunto, animado por usar magia novamente, mas, de repente me lembro de algo.- Espere, eu não posso usar magia fora de Hogwarts.

- Hadrian, olhe ao redor. O que mais há aqui é magia, tudo isso irá abafar você. - Ela explica, sorrindo.

- Oh, é mesmo. - Digo, mais relaxado, e pegando nas mãos que ela ofereceu.

- Repita tudo o que eu disser. - Afirma e eu aceno, em confirmação. Ela fecha os olhos, abaixando a cabeça, e murmura.- Fes Matos Tribum, Nas Ex Veras. - Ela repete mais duas vezes e logo eu a sigo, fechando os olhos e abaixando a cabeça, começando a murmurar.

- Fes Matos Tribum, Nas Ex Veras.- Repito, murmurando, e sinto minha magia se movimentar e fluir pelas minha veias. Sinto-a se espalhar pela sala, fazendo o cheiro de brasa quente inunda-lá, e acabar tocando na caixa.

A magia do que quer que esteja lá toca a minha e a sinto vibrar com o contato, fazendo a caixa tremer um pouco na mesa.

Sinto como se estivesse no controle de tudo ao meu redor. Minha magia está tocando tudo, tomando o controle, e principalmente a caixa.

Faço minha magia envolver a caixa e abri-la, fazendo-a entrar ali dentro e tocar no artefato, logo o tirando de lá e o trazendo até mim. Solto uma das mãos de Freya e a levanto na direção da coisa, logo a colocando na minha mão. É um anel.

Sinto a magia familiar e acolhedora dele me envolver, com carinho, me fazendo sorrir pequeno.

Logo me lembro do feitiço de localização e me concentro nele, voltando a murmurar o feitiço.

O feitiço estava dando certo, eu conseguia sentir a magia de Dahlia e logo eu pude ver onde estava. Vi o local, o caminho e até pude ver seu olhar de pura ira.

Sorrio de lado, debochando de seu nível baixo, e finalizou o feitiço, voltando à realidade.

- Hadrian...- Freya sussurra, surpresa, e eu a olho vendo-a me olhar com veneração.

- Eu a vi. Sei onde está.- Informo, soltando suas mãos e me levantando, logo saindo da sala, deixando-a impactada.

Caminho pelo corredor com o olhar sério, e logo estou de volta na cozinha.

- Vamos? - Pergunto para os presente, que era toda a família, menos Hope e Freya, e eles me olham confusos.- Temos que ir a um lugar, tratar de assuntos com uma bruxa. - Informo-os e eles me olhando com ainda mais confusão.- E eu tenho assuntos sérios à tratar com a mesma. Ela me irritou bastante.

- Do que está falando, Hadrian?- Elijah faz a pergunta que todos ali queriam fazer.

- Estou falando da minha querida e doce tia-avó, Dahlia. - Respondo, dando um sorriso de diversão sádica, vendo meu pai fazer o mesmo. - Mas será tão triste que ela tenha que morrer tão cedo.

A farei se arrepender de não ter tirado sua vida quando jovem e ter tido uma vida tão curta.


Continua...

𝕷𝖆𝖉𝖞 𝕯𝖆𝖘 𝕿𝖗𝖊𝖛𝖆𝖘 (1ª Temp.)Onde histórias criam vida. Descubra agora