Capitulo 22

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-Bom dia.- Dray diz, quando entra na sala de jantar, onde havia um enorme café da manhã, feito pelos elfos doméstica daqui, e se senta na cadeira ao meu lado direito, já que eu estava na ponta.

- Bom dia. - Retribuo o cumprimento, enquanto como minha salada de frutas. - Espero que tenha tido um noite agradável.- Digo com um tom ácido na voz, terminando minha salada e pegando um croissant, o mordendo. Ele me olha com a sombrancelha erguida.

- O que houve?- Pergunta curioso, mas ainda assim pode ser ouvido receio em sua voz.

- Não dormi muito bem. Meus sonhos foram invadidos por desastres e calamidades, o que, como pode perceber, me trouxe uma horrorosa insônia. - Respondo calmamente, enquanto pego um pouco da geleia de pêssego, que estava em cima da mesa, e passo no croissant, logo mordendo.

- Você sonhou com desastres?- Pergunta curioso e confuso. Aceno e ele franze o cenho.- Com o que sonhou?

- Morte. Bruxas morrendo, assim como lobos e vampiros, mas, o principal foi uma criança. Um bebê estava no meio de tudo, o que me leva a crer que ele era a causa daquilo.- Respondo desinteressado, fazendo-o suas sombrancelhas se unirem mais em confusão. - Creio que seja uma visão.

- Por que acha isso?- Pergunta curioso.

- Pois estava claro, mas nem tanto. Podia-se ver a criança, mas não seu rosto, os lobos e suas carcaças, mas não sua identidade. E não havia um motivo plausível para eu sonhar com isso, sendo que não conheço nenhum Lobo desta região e nenhuma bruxa, a não ser Freya. - Respondo, pegando a xícara de café e bebendo, sentindo o gosto doce do mesmo.

- Você começou a ter visões.- Ele afirma, mas ainda há um ponto de dúvida em sua voz. Eu aceno, em confirmação. - Não entendo. Você não é um vidente.

- Pode ter sido uma previsão comum, vinda de repente, por um acaso.- Informo minha suspeita e ele parece pensar um pouco, logo acenando levemente e começando a comer.

O café da manhã foi tranquilo, depois disso, e quando eu termino, o que não demora muito já que eu comecei a comer primeiro que Dray, eu me levanto e subo as escadas, indo até meu quarto.

Quando chego lá, entro e vou direto para o meu banheiro, pois preciso de um banho e trocar de roupa, já que ainda estou com meu pijama.

Após um caloroso e agradável banho de banheira com sais minerais e ervas calmantes, para afastar o estresse, eu saio do banheiro, envolto com uma toalha, e vou até o meu closet, pegando uma muda de roupa mais agradável para o dia, logo a vestindo e saindo do quarto (mas, antes pego meus óculos de sol, pois o dia estava ensolarado).

Desço as escadas e, por estar distraído olhando as pinturas nas paredes, das quais são lindas e majestosas (como por exemplo um quadro da Mona Lisa, Maisje met de parel, As meninas, Noite Estrelada, etc.), acabo por entrar num corredor que nunca havia visto.

Seguindo o corredor vejo uma porta grande com uma tranca com senha e um pequeno papel preso ao lado, contendo uma sequência de números. Pego o papel e disco o número que há ali na tranca, fazendo a porta se abrir revelando um comprido e grande corredor, com uma porta gigante no final, que se parece com uma porta de garagem.

Entro no local, colocando o papel no mesmo lugar de antes, e sigo pelo corredor, me assustando quando a porta atrás de mim se fecha de repente.

Seguindo pelo grande corredor me surpreendo ao ver muitos "compartimentos" com carros luxuosos em cada um. Meu olhos se arregalam mais e mais cada vez que adentro mais no corredor e descubro um novo carro.

São todos muito lindos e chiques e variam de tamanho. Alguns eu conheço, como um Porsche, Ferrari, Bugatti e Jaguar, mas os outros eu nunca ouvi falar.

Termino de explorar, chegando no final do corredor, e logo volto, andando pelo mesmo caminho.

- Deseja escolher em qual o senhor irá sair hoje, senhor?- Me assusto quando a voz de Simon se faz presente, me fazendo olhar para ele, vendo que é um duende agora. - O assustei? Peço perdão.

- Não tem problema. - Respondo, me recompondo e recuperando do susto. - Eu não irei sair, eu acho.

- Está bem. Se mudar de ideia, pode vir aqui falar comigo. Estarei aqui, limpando o carro que o senhor havia saído. A floresta o sujou um pouco.- Diz animado, se dirigindo até o carro que ele mencionou com um paninho em mãos.

O observo por um tempo, vendo que ele é diferente dos outros duendes. É bonito e se parece com um humano, pois seu nariz não é exageradamente grande e seus lábios são carnudos.

Vejo-o limpar o vidro da frente do carro e me lembro da promessa que fiz a Hope, ontem.

- Pensando melhor, eu acho que irei sair, sim. - Informo, sorrindo, e o vejo se endireitar sorrindo animadamente.

- Excelente. Escolha um.- Ele diz, sorrindo amarelo, e apontando para os diversos carros.

- Bugatti.- Escolho, apontando para o carro vermelho escuro e brilhante.

Ele ri nasalmente e nós seguimos até o carro. Simon abre a porta e eu entro, me acomodando, sendo seguido por ele, que fecha a porta e segue até a porta do motorista, abrindo e entrando.

Simon liga o carro e logo saímos da garagem, me fazendo ficar surpreso, pois a porta da garagem da num túnel, que seu final da no que aparenta ser uma caverna de fora, próximo à cidade.

O caminho até a mesma foi curto e rápido, e logo estamos na porta da casa dos Mikaelson's, me surpreendendo, pois Simon me trouxe pata cá imediatamente, sem ao menos perguntar. Mas eu tento relevar, já que ele é um duende e deve ser parecido com os elfos, que sempre sabem onde estamos.

Simon sai do carro, me pedindo para ficar nele, e muda sua forma, imediatamente. Quando sai, vem até a minha porta e a abre, me dando caminho para sair.

Saindo do carro, vejo as pessoas olhando para mim intensamente. Caminho mais alguns passos e pego meus óculos de sol, logo os colocando e indo até a porta de entrada.

Continua...

𝕷𝖆𝖉𝖞 𝕯𝖆𝖘 𝕿𝖗𝖊𝖛𝖆𝖘 (1ª Temp.)Onde histórias criam vida. Descubra agora