Capítulo 18

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Sons, altos, fazem eu me remexer naquela cama, confortável e quentinha.

Abro os olhos, quando não consigo voltar a dormir, pois as vezes estão muito altas, como se estivessem no mesmo cômodo que eu, o que é estranho, já que estou sozinho.

Quando abro completamente os olhos, me arrependo amargamente quando os raios do sol queimam minhas pupilas e sou obrigado a fecha-los novamente.

Suspiro, voltando à abrir os olhos, lentamente, me acostumando com a claridade, e me vejo num quarto bem clareado, devido às suas grandes janelas, e com a aparência rústica e antiga.

Me levanto, devagar, para não ter nenhuma dor de cabeça, e percebo que estou apenas com minha camisa de botões e minha calça. Vou até a ponta da cama, colocando os pés no chão e sentindo-o frio, mas um frio gostoso.

Quando, enfim, me levanto da cama, calço meus sapatos e vou até a porta. Suspiro profundamente, antes de abri-la, pois as vozes ainda estão altas e, provavelmente, estarão ainda mais altas, aonde quer que estejam.

Abro, finalmente, a porta, suspirando quando ouço as vozes altas e irritantes, fazendo minha cabeça latejar. Sigo pelo corredor, seguindo as vozes, e vou até uma porta, aonde elas ficam mais altas.

Abro a mesma, logo passando por ela, e percebo que ela da na varanda, que dá na escada da entrada. Quando passo por ela vejo Dray brigando com Niklaus, por minha causa, dizendo que era culpa dele eu estar inconsciente.

- Oh, gritaria!- Falo alto, chamando a atenção de todos ali.- Vcs podem me responder pq infernos estão gritando à essa hora, como cachorros latindo aos ladrões?!- Grito, irritado e com uma enchaqueca horrível, enquanto os olho com raiva, vendo que eles se calaram, chocados, por, provavelmente, eu estar acordado.- Agora que estamos todos calmos, podem me responder algumas perguntas?

- Hazz, que bom que vc- Ele começa, vindo até mim, mas eu interrompo que ele fale, fazendo-o parar de andar.

- Resposta errada. Perguntas, Dray, perguntas.- Digo a ele, descendo as escadas e indo até um dos sofás, do qual me sento e sou seguido por todos, que se aproximam.- Primeira pergunta: por quanto tempo eu fiquei desacordado?

- Por algumas horas, apenas. - Niklaus responde, olhando preocupado para mim, me fazendo perceber, pelo seu olhar e expressão, que ele quer vir até mim, mas está se segurando.

- Ótimo. - Afirmo, pensando na próxima pergunta, enquanto abaixo a cabeça. Logo volto a olhá-los e volto a perguntar, mas somente para Dray, que me olhava preocupado, mas aliviado.- Vc, por acaso, sente minha magia diferente?

- Acho que até mesmo Freya sente que está diferente.- Ele responde sorrindo divertido, tentando dissipar a tensão, e olho para a mesma, vendo-a acenar em confirmação.- Hazz, isso é normal, não se preocupe. Seu lycan está, agora, ativo por completo, respirando junto à vc e vivendo junto à vc. Não há nada para se preocupar, é completamente normal.

- Certo.- Afirmo, em compreensão, e abaixo o olhar, pensando um pouco.

Lembro-me daquele homem e logo me vem Dray a cabeça, me fazendo lembrar também que ele é um puro sangue, assim como seus pais, e que ele deve conhecer muitas pessoas dessa categoria, por assim dizer. Depois, após essa conversa, o chamarei para termos uma conversa privada.

Lembro-me também o que ele disse à mim e instintivamente, olho para Niklaus, que ainda me olha preocupado. Penso um pouco, em silêncio, sobre ambos e a ligação que faço começa a fazer sentido.

Ele deve estar falando sobre Niklaus, já que, por razões óbvias, eu vim aqui para ouvir o que ele tem a dizer, mas acabei me precipitando e pensando o pior dele.

𝕷𝖆𝖉𝖞 𝕯𝖆𝖘 𝕿𝖗𝖊𝖛𝖆𝖘 (1ª Temp.)Onde histórias criam vida. Descubra agora