Capítulo 3

1.5K 191 47
                                    

Bom dia, senhoras 🫶🏼 Quero dizer para vocês que não vou mudar o nome de todo mundo. Então, vai ter um monte de nomes diferentes aí. É muito complicado ficar lembrando quem é quem. Portanto, vai ficar assim. Avisem se tiver algum erro. Pretendo postar 10 capítulos, então aguardem o resto.

Sam


Depois do grupo de estudos, entro na sala de estar e encontro minhas colegas de república caindo de bêbadas. A mesinha de centro está lotada de latas de cerveja, além de uma garrafa de Jack Daniel's quase vazia que com certeza é da Tee, porque ela é do tipo que acha que "cerveja é para os fracos". Palavras dela, não minhas.

Tee e Jim estão jogando uma partida disputada de Ice Pro, os olhos fixos na tela plana enquanto apertam furiosamente os controles. Ao notar minha presença na porta, Tee se volta por um instante na minha direção, e essa distração por uma fração de segundo lhe cobra o preço.

- Mandou bem, garota! -  comemora Jim, à medida que seu jogador de defesa acerta um passe contra o goleiro de Tee, fazendo o placar acender.

- Ah, que merda! - Tee pausa o jogo e me lança um olhar furioso. - Porra, Sam! Acabei de levar um drible por sua causa.

Não respondo, porque eu estou distraída pelo amasso seminu acontecendo no canto da sala. Halsey se deu bem de novo. Descalça e sem blusa, está esparramada na poltrona com uma loira só de sutiã preto de renda e shortinho, montada em cima dela e se esfregando contra sua virilha.

Seus olhos avelãs me fitam por cima do ombro da menina, e Halsey sorri em minha direção. - Sam! Onde você estava, mana? - pergunta, com a voz arrastada.

E, antes que eu possa responder ao seu questionamento embriagado, volta a beijar a garota.

Por alguma razão, Halsey gosta de dar amassos em todos os lugares, menos no próprio quarto. É sério. É só dar as costas, e ela está se atracando com alguém. No balcão da cozinha, no sofá da sala, na mesa de jantar - a garota já se deu bem em todos os cantos da república que nós quatro dividimos. Ela pega todas e não está nem aí.

Até aí, eu também não tenho do que reclamar. Não sou nenhuma monja; Tee e Jim muito menos. O que posso fazer? Jogadoras de hóquei têm um apetite voraz. Quando não estamos no gelo, em geral estamos com uma gata ou duas. Ou três, se seu nome for Veronica e estiver na festa de Réveillon do ano passado.

- Faz uma hora que estou te mandando mensagem, mana, - me avisa Tee.

Ela curva os enormes ombros para a frente e pega a garrafa de uísque da mesa de centro. Tee é uma brutamontes da linha de defesa, uma das melhores com quem já joguei, e a melhor amiga que já tive.

- Sério, onde você se meteu? - resmunga Tee.

- Grupo de estudos. - Pego uma Bud Light da mesa e abro a latinha. - Que história é essa de surpresa?

Sei o quão bêbada Tee está pela ortografia das suas mensagens. E, esta noite, ela deve estar muito louca, porque tive que dar uma de Sherlock para decodificar o que queria dizer. Suprz era "surpresa". E cdvcp eu demorei um pouco mais para entender, mas acho que era "cadê você, porra". Em se tratando da Tee, quem pode adivinhar?

De seu canto no sofá, ela abre um sorriso tão grande que me espanto de sua mandíbula não se romper. Em seguida, aponta para o teto e diz: Vai lá em cima dar uma olhada.

Aperto os olhos. - Por quê? Quem está lá?

Tee prende o riso. - Se eu contar, não vai ser surpresa.

- Por que estou com a sensação de que você está aprontando alguma coisa?

- Nossa, - dispara Jim. - Você tem sérios problemas de confiança, Sam.

𝐎 𝐚𝐜𝐨𝐫𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora