Mon
- Não tô gostando disso, – declaro. – Sério, linda, minhas pernas tão começando a doer. Já falei, não sou flexível.
A risada de Sam vibra através do meu corpo. Meu corpo nu, devo acrescentar, porque estamos no meio do sexo. Do qual acabo de confessar não estar gostando.
Talvez eu seja mesmo uma assassina de climas.
Mas quer saber? Não estou nem aí. Ainda sou contra esta posição. Sam está ajoelhada na minha frente, e meus tornozelos estão em seus ombros. Talvez se ela não fosse uma jogadora de hóquei, eu não me sentiria como se minhas pernas estivessem descansando no alto da porcaria do Empire State, morrendo de câimbra.
Ainda rindo, Sam se inclina para a frente e meus músculos respiram aliviados quando escorrego as pernas e as engancho atrás de sua bunda. Na mesma hora, o ângulo muda, e um gemido escapa de minha boca.
– Melhor? – pergunta, com a voz rouca.
– Ai, meu Deus. Isso. Faz isso de novo.
– Não tenho ideia do que fiz.
– Você girou os quadris, tipo... uuuhhh... assim.
Toda vez que me preenche, meu corpo aperta sua ereção. Toda vez que sai, me sinto vazia, dolorida, desesperada. Estou viciada nesta garota. Nos seus beijos e no seu gosto, na sensação do seu cabelo sob meus dedos, e o tendão suave em suas costas quando cravo as unhas nela.
Ela flexiona os quadris, sua respiração se acelera e ela entra com mais força, mais fundo, transformando minha visão numa névoa branca. Então leva a mão ao ponto em que estamos unidas e esfrega meu clitóris, e lá vamos nós. Ela goza primeiro, mas continua entrando em mim, tremendo com a sensação de alívio. Seu climax me excita, e estremeço mais forte, mordendo o lábio para não gritar e transparecer para as suas amigas as deliciosas sensações que percorrem meu corpo agora.
Depois disso, ela gira, ficando de costas na cama, e deito em cima dela, escalando seu corpo como um macaco, para dar beijinhos em seu rosto e pescoço.
– Por que você sempre tem muito mais energia depois do sexo? – resmunga.
– Não sei. Não importa. – Beijo todo seu corpo, até deixá-la rindo de alegria. Sei que gosta da atenção. Ainda bem, porque não consigo me conter. Por alguma razão, viro uma máquina de fazer carinhos quando estou perto dela.
A vida está boa de novo. Uma semana se passou desde o dia de Ação de Graças, e Sam e eu ainda estamos firmes e fortes. Apesar de ocupadas. O prazo para a entrega dos trabalhos de fim de curso está chegando, inclusive o da matéria de Tolbert, com a qual venho ajudando Sam. A agenda de treinos delas está mais abarrotada do que nunca, e a minha de ensaios também, com a preparação para o festival. Mas pelo menos estou animada com isso de novo.
Jae e eu fizemos um arranjo maravilhoso, e estou confiante de que vai ser um show e tanto. Mas ainda não perdoei Austin e Mary Jane pelo que fizeram. M.J. me mandou várias mensagens, perguntando se podemos nos encontrar e conversar, mas tenho ignorado. E como Fiona arrumou um lugar exclusivo para eu ensaiar, numa das salas de coro dos alunos do último ano, não vi M.J. nem Austin desde que me abandonaram.
E a cereja no bolo da minha vida maravilhosa? Meu pai ligou na semana passada com ótimas notícias eles vão para a casa da tia Nicole no Natal. Já comprei minha passagem e mal posso esperar para encontrá-los, mas estou decepcionada que Sam não possa ir comigo. Eu a convidei, mas as datas não bateram, porque o time tem um jogo um dia depois da minha viagem e outro dois dias antes de eu voltar. Então Sam vai passar as férias com Tee, que, aparentemente, é de uma cidade a vinte minutos de Hastings.
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𝐎 𝐚𝐜𝐨𝐫𝐝𝐨
FanfictionSe ajudar uma garota linda e sarcástica a fazer ciúmes em um cara puder garantir sua vaga no time, ela topa. Mas o que era apenas uma troca de favores entre dois opostos acaba se tornando uma amizade inesperada. Até que um beijo faz com que Sam e Mo...