Ainda era de manhã quando Felipe entrou no prédio da KravInc acompanhado de Samuel.
— Quando você vai parar de usar essa tipoia? — Felipe questionou encarando o segurança enquanto entravam no elevador.
— Daqui umas duas semanas ou menos — ele respondeu, meio desanimado. — Vou precisar fazer fisioterapia.
— Que irritante. Nota mental para nunca levar um tiro.
— Como se fosse algo que pudesse escolher.
Os dois estavam rindo quando as portas voltaram a se abrir e eles chegaram ao andar da sala de reuniões.
Na sala encontraram Grigori reunido com alguns dos funcionários.
— Felipe, você chegou na hora — o tio disse, e pediu para que ele se aproximasse. — Estávamos falando sobre o CONEMP!
— CO-quem?
Felipe sentiu como se já tivesse ouvido sobre aquela palavra em algum lugar, mas não estava muito animado para se lembrar.
— O Congresso Nacional de Empresas, senhor — disse um dos funcionários.
— Ah, aquele negócio que a gente vai receber um monte de palestras aqui no nosso prédio — finalmente ele se lembrou. Alguns cérebros ás vezes só precisam de um empurrãozinho.
— Não só aqui — pontuou Grigori. — A gente também vai ter um coquetel lá em casa!
Felipe achava engraçado quando ele se referia a Kravlândia daquela forma sendo que nunca aceitou ir morar com o irmão e os sobrinhos.
— O que eu preciso fazer? — Se Aleksei não voltasse logo para casa, Felipe teria um surto do tipo sair correndo pelado pela rua.
— Assinar os pedidos de compras e acordos de prestação de serviço para o evento — dessa vez quem falou foi Guilherme, o secretário pessoal de Aleksei.
Ele colocou uma pasta de couro em frente de Felipe sobre a mesa e a abriu, mostrando um monte de contratos.
— A gente só precisa escolher um buffet — lembrou outro funcionário. — Isso não vai ser difícil, todos querem a visibilidade de um evento assim!
— A gente vai contratar um amigo meu — Felipe falou, feliz por estar decidindo algo. — Vou passar o contato para vocês.
E então ele passou a manhã todas assinando contratos como representante do irmão.
*
Joaquim travou o telefone e o guardou no bolso da calça.
— Acho que o ricaço gostou do nosso pão! — ele disse, se escorando no balcão do food truck e olhando para as tias que cozinhavam juntas do lado de dentro.
Ele explicou para elas que a ligação era de um funcionário da KravInc, fazendo uma proposta para que eles servissem a empresa durante um evento que aconteceria na próxima semana. Joaquim também contou que o funcionário dissera que ele havia sido indicado pelo próprio Sr. Kravtsov, o que era uma honra.
— Qual o valor da proposta? — Sabrina perguntou, parando de cortar os morangos para encarar Joaquim.
— Quinze mil e os funcionários da empresa ficarão a nossa disposição, então não precisaremos contratar ajudantes.
As tias se encararam e então saíram apressadas da cozinha móvel, agarrando Joaquim em um abraço grupal.
— Cara, você arrasou demais — Ângela o largou do abraço para segurar em sua cabeça e dar um beijo em sua testa, bagunçando seus cachos.
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KravtQuim - Máfia e Pão (Romance gay hot)
RomanceNão faz muito tempo que os Kravtsov se estabeleceram em Minas Gerais, mas o pouco tempo foi suficiente para que se tornassem a família mais importante de Belo Horizonte. Entre contrabandos e a gestão da multinacional KravInc, os irmãos Aleksei e Fel...