Joaquim saiu de casa naquela manhã se sentindo radiante.
Ele estava vestindo um short de linho acima do joelho, uma camisa branca sem estampa e estava com um bucket hat preto na cabeça, que combinava com suas sandálias escuras de tiras.
Felipe estava escorado no carro daquele dia (era azul-escuro e parecia excessivamente limpo naquele bairro todo esburacado e cheio de poeira), usando calça, camisa e tênis pretos, como se estivesse de luto.
— Por que você tá vestido como se fosse um vampiro se escondendo do sol? — Joaquim se aproximou dele, ajeitando a alça da bolsa azul no ombro direito e cruzando os braços.
— Isso se chama estilo — Felipe retrucou, levantando os braços.
— Isso te deixou mais branco que o normal!
Felipe esticou os braços e o puxou para perto, aproximando a boca do pescoço do rapaz, dizendo:
— Essa é a pele de um assassino, Joaquim!
Os dois caíram na risada e logo estavam dentro do carro, Felipe seguindo o caminho que Joaquim indicava.
— Você jamais vai adivinhar onde estamos indo — ele disse animado, enquanto o carro saía do bairro.
— É sábado de manhã e você tá todo riguilido — o mafioso respondeu. — Estamos indo ao clube ou a feira.
Joaquim virou o rosto, encarando-o boquiaberto.
— Já deixo avisado que não trouxe roupa de banho — Felipe avisou.
— Tá tudo bem, já estou me acostumando a te ver sem roupa.
*
O carro parou em uma rua interditada e eles saíram, sendo atingidos pela música alta e o barulho de pessoas conversando.
— Você realmente me trouxe a uma feira — Felipe comentou, enquanto ligava o alarme do carro ele olhou para trás e viu os seguranças saltando do carro preto a alguns metros de distância.
— Não é uma feira qualquer — Joaquim deu a volta e parou ao lado dele.
— Tem um cara vendendo frango vivo — ele apontou para uma barraquinha no lado extremo da praça.
Joaquim segurou no pulso dele, o puxando para passar entre as barracas com verduras, carnes, frutas, etc. até chegarem a um espaço mais amplo. Havia cadeiras e mesas espalhadas para todos os lados, Felipe viu diversas barraquinhas com artesanatos de todas as cores e formatos sendo vendidos e mais a frente, em uma plataforma elevada, dois caras estavam tocando violão e cantando uma música animada sobre o sol, a lua e o corpo nu de uma mulher.
Isso sim é a essência de Minas Gerais.
— Tá com fome? — Joaquim perguntou, soltando o braço de Felipe.
— Você trouxe sonho nessa bolsinha?
— Se deixar você come sonho todo dia né?!
— Você deveria agradecer o elogio.
Felipe sorriu ao ver os olhos do padeiro se revirando e logo em seguida ele foi guiado até uma barraquinha onde compraram pastel de queijo e caldo de cana — apenas um, para dividirem e ainda conseguirem comer outras coisas.
Joaquim logo anunciou que pagaria por tudo naquele encontro, o que foi muito estranho para Felipe.
— Eu posso comprar tudo aqui sem nenhum problema — ele argumentou.
— Eu que te convidei para esse encontro — o outro rapaz afirmou. — Eu vou bancar tudo... contanto que você não exagere, sou um pretendente romântico e não o seu pai!
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KravtQuim - Máfia e Pão (Romance gay hot)
RomanceNão faz muito tempo que os Kravtsov se estabeleceram em Minas Gerais, mas o pouco tempo foi suficiente para que se tornassem a família mais importante de Belo Horizonte. Entre contrabandos e a gestão da multinacional KravInc, os irmãos Aleksei e Fel...