Já era de noite e Aleksei estava sozinho no escritório de casa vendo e revendo as gravações das câmeras de segurança do KravtShopping que Santos levara, mostrando um claro corte nas filmagens da manhã daquele dia.
Ele via e revia, se sentindo esperançoso de que fosse notar um deslize de quem colocara aquela bomba de fumaça, talvez deixando um pequeno frame de uma parte do corpo ou pelo menos uma sombra, mas não havia nada.
Toda aquela situação era misteriosa, mas o fato de que alguém havia conseguido entrar na sala de segurança, cortar as filmagens e deixar as partes lá como um claro sinal de deboche, era um mistério que com toda certeza tiraria o sono do patriarca.
Estava claro que aquilo era maior que os ataques que haviam sofrido diversas vezes na semana anterior: quem quer que estivesse por trás daquelas novas investidas queria deixar claro o que estava fazendo, queria mostrar que se infiltrara entre os Kravtsov e tentaria miná-los de dentro para fora...
Se sentindo meio afobado, Aleksei pegou o telefone, rapidamente mandando uma mensagem para Samuel. O segurança chegou um minuto depois, fechando a porta ao entrar e ficando parado em frente à mesa — ele tinha muita liberdade com Felipe porque os dois haviam crescido juntos e tinham uma amizade muito próxima, mas com Aleksei era uma situação totalmente diferente, ele não era um amigo, alguém que Samuel faria piadinhas e diria as maiores atrocidades canceláveis pela internet. Aleksei era, basicamente, o Chefão!
— Senhor? — Samuel disse, encarando o Kravtsov mais velho.
— Samuel, eu nunca tive motivo para desconfiar de nenhum dos nossos guardas, mas... — Aleksei parou por um momento, respirando fundo. — Nesse momento eu não confio em mais ninguém além de você e do Santos.
Claramente ele não fora chamado ali para ouvir elogios, mas ainda assim a afirmação fez Samuel sentir o ego sendo inflado.
— Nesse quadro, vocês dois são os únicos que podem me ajudar — Aleksei continuou. — Precisamos iniciar uma investigação interna, descobrir quais de nossos homens estão trabalhando com esse inimigo desconhecido!
— Entendido, senhor — Samuel respondeu. — Conversarei com o Santos, seremos o mais silenciosos possíveis.
Aleksei balançou a cabeça, a expressão fechada deixando claro o quanto estava dominado pelo estresse e a preocupação.
— Precisamos dar um jeito nessa situação, ou esse ataque pode significar a queda dos Kravtsov — Aleksei lamentou, passando a mão sobre os cabelos escuros.
Samuel engoliu em seco, se sentindo assustado pela primeira vez em muito tempo.
*
Aquilo era uma camisa nova? Espera um pouco, aqueles tênis também não haviam sido usados muitas vezes!
Joaquim parou em frente ao espelho do quarto conferindo a roupa que vestira. Ele estava tão arrumado que quase parecia que estava indo para a missa de domingo, mas a caravana que ele estava esperando não o colocaria de joelhos.
Quero dizer, não o colocaria de joelhos para rezar, claro.
Ele saiu do quarto e seguiu até a sala, onde as tias assistiam a um desenho animado sobre família e dominação das máquinas junto com Rebeca — ela passara a semana toda vendo e revendo aquele filme, quase como se fosse um hiperfoco.
— Achei que era só uma saidinha de amigos — Sabrina comentou, sorrindo de lado enquanto o olhava da cabeça aos pés.
— Claro que é! — Joaquim afirmou, cruzando os braços em frente ao corpo.
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KravtQuim - Máfia e Pão (Romance gay hot)
RomantizmNão faz muito tempo que os Kravtsov se estabeleceram em Minas Gerais, mas o pouco tempo foi suficiente para que se tornassem a família mais importante de Belo Horizonte. Entre contrabandos e a gestão da multinacional KravInc, os irmãos Aleksei e Fel...