Capítulo 42 - CAMINHO

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Isadora estava parada na sala de TV da casa de Joaquim comentando animadamente sobre todos os seus encontros com o mafioso supremo Aleksei Kravtsov, o que para os amigos era muito, muito interessante.

Embora os três estivessem de rolo com alguém daquela família, a Aluísio e Joaquim parecia muito mais animador que a amiga deles tivesse fisgado logo o Poderoso Chefão russo.

— Ele te levou onde? — tia Ângela perguntou, segurando no seu copo de vinho com as duas mãos, como se tomasse chá.

Todo mundo, exceto Rebeca que estava no quarto brincando sozinha, estava na sala, prestando atenção a todas as histórias.

— Em um estande de tiro no centro — ela contou. — Ele disse que teve a ideia por causa do Felipe — ela apontou para Joaquim.

Rapidamente ele se virou para as tias e explicou:

— Ele falou que eu preciso saber me defender caso seja necessário!

— E eu concordo bastante com ele — Sabrina respondeu. — Embora espero que você use essas habilidades apenas para se defender, e não sair por aí brigando no trânsito.

— Como se eu me chamasse Aluísio — Joaquim brincou.

O amigo lançou um olhar furioso para ele.

— Deixa a garota continuar com a história!

— Então, ele me abraçou por trás e quando eu apertei, acabei soltando um gemidinho por causa do impacto do disparo — ela soltou uma risada e foi acompanhada por seus telespectadores. — Só que ele virou e falou que gostaria de me fazer gemer em outra oportunidade!

Eles caíram na gritaria, rindo alto e caçoando dela.

— E você não riu na cara dele? — Aluísio perguntou.

— Não, a forma como ele fala comigo é tão sexy que poderia pedir um quilo de mexerica que eu ainda ficaria de pernas bambas!

— E então ele te levou para outro lugar e te atacou? — perguntou tia Ângela, tava na cara que ela queria perguntar era se Aleksei havia levado a algum lugar para fazê-la gemer, mas ela jamais diria isso em voz alta.

— Então, esperem só — Isadora voltou a falar. — Ele decidiu continuar me ensinando a atirar até que o cartucho se esvaziasse. Logo depois ele me levou para um pátio fora do estande e tinha um helicóptero nos esperando!

Mais uma onda de risos e gritaria se espalhou pela casa. Joaquim estava achando aquela conversa muito melhor do que os podcasts +18 que ele ouvia quando estava sozinho em casa.

— A gente sobrevoou a cidade, e como eu disse que estava com medo — ela fez um movimento com o ombro que deixou claro que não estava com medo coisa nenhuma. — Ele ficou o tempo todinho com o braço sobre meus ombros. Até que chegamos ao edifício Concordia!

O Concordia Corporate era o prédio mais alto de BH e de toda Minas Gerais. Era um empreendimento gigante com escritórios e alguns apartamentos residenciais. Um verdadeiro prisma de vidro na capital mineira. Todo mundo conhecia aquele edifício e sabia bem que poucos tinham o cacife para entrar nele, quanto mais pousar uma aeronave no heliponto.

— A gente desceu do elevador e ele me levou para um dos andares mais altos — mais burburinhos se espalharam pela sala. — Primeiro ele me mostrou que tinha uma mesa arrumada perto de uma janela gigante que dava pra observar praticamente a cidade inteira, aí eu perguntei se a gente já iria jantar, tão cedo...

— E ela dá os golpes dela — Joaquim pontuou, a interrompendo e Isadora balançou a cabeça concordando.

— Mas, na mesma hora, ele se virou pra mim e disse que ainda não era hora do jantar! — Ela começou a rir enquanto eles batiam palmas, encantados pela história.

KravtQuim - Máfia e Pão (Romance gay hot)Onde histórias criam vida. Descubra agora