Sn On
Fui sequestrada... e por um conhecido.
Izana: Quer ir ao hospital?
Sn: E por qual motivo eu iria ao hospital, meu querido? — Ele ficou confuso, e eu me perguntando: se ele está confuso, eu estou o quê, pelo amor do divino?
Izana: Você estava passando mal, por isso vim te buscar. — Ele parou o carro para me olhar, e eu comecei a rir histericamente.
— Você não estava passando mal, não é mesmo?Sn: Exato, eu estou bem. Deixa eu adivinhar quem foi a mente maligna... Emma?
Ele assentiu com a cabeça, e eu ri mais ainda.
Izana: Pode deixar que eu me resolvo com ela depois. — Quando fui responder, minha barriga roncou, e ele foi quem gargalhou agora. — Vamos comer, ok?
Fomos comer, mas estava começando a me incomodar a forma como ele me olhava. Passei a mão no rosto tentando tirar alguma possível sujeira.
Sn: Saiu?
Izana: O que seria? — Ele parecia tentar adivinhar o que eu estava falando.
Sn: A sujeira que você está encarando. — Aquele sorriso sapeca surgiu em seus lábios.
Izana: Não, deixa que eu limpo... — Ele se aproximou e, com delicadeza, segurou meu rosto, deixando um beijo em meus lábios. — Pronto.
Sn: Você definitivamente tem que parar de fazer isso... As pessoas vão pensar que temos alguma coisa. — Quando eu parar de gostar desses beijos, definitivamente lhe darei uma porrada.
Izana: Ótimo, assim saberão que você é minha rainha.
Sn: Nossa relação está indo de 0 a 100 muito rápido, não acha? — Arqueei uma sobrancelha por fora enquanto o questionava, mas, por dentro, estava gargalhando.
Izana: Para quem já deu banho em você para que melhorasse do álcool, você é muito exigente. — Ele falava divertido; com certeza não estava me levando a sério...
Sn: Vou ter que começar a te educar... Está muito rebelde.
Izana: Para uma educação positiva, tem que começar me tratando como um bebê.
Ele não falou isso...
Abri e fechei minha boca umas três vezes enquanto ele ria. Dei um tapinha nele, e ele fez manha.
Izana: A festa foi adiantada para sexta.
Sn: Emma comentou comigo. — Falei com desânimo. — Não vou, estou com preguiça...
Izana: Pena que essa não é uma opção. — O desgraçado estava rindo.
Ficamos um bom tempo juntos antes de ele finalmente me deixar em casa, pois tinha uma reunião. Fiz o que mais amava: um cafezinho, e fui para a biblioteca ler alguns dos diversos livros de detetive.
Perdi a noção do tempo lendo. O que começou com livros de detetive virou Stephen King. O livro foi parar nas cucuias quando o meu celular começou a gritar com uma ligação do Saito.
Sn: Alô... — Eu vou colocar minhas mãozinhas envolta da circunferência de seu pescoço, seu desalmado.
Saito: Não vamos voltar para o jantar, querida. Aconteceram algumas coisas aqui na empresa, e teremos que resolver. Espero que entenda. Também precisará ir ao konbini comprar algumas coisas que estão faltando...
Sn: Ok, não se preocupem, eu entendo. Vou comprar antes que fique mais tarde...
Saito: Obrigado, querida.
Mãe: Nós te amamos, querida.
Sn: Também amo vocês. Beijos, até mais tarde.
Desliguei a ligação e fui procurar meu livro. Suspirei aliviada ao ver que ele estava bem. Guardei-o e fui para o quarto. Tomei um banho, me troquei e me joguei na cama, pensando se valia a pena sair de casa só para comprar alguma coisa para comer. Fui vencida pelo barulho que meu estômago fez; parecia que não me alimentava há décadas.
Peguei dinheiro em minha carteira, calcei os sapatos, tranquei a porta e saí, vendo que o tempo estava fresco.
Sn: Ainda bem que peguei um casaco...
Fui com calma para o konbini. Comprei tudo o que precisava, paguei e estava voltando para casa, até sentir uma forte dor na cabeça e minha visão ficar turva. A última coisa que vi foi um sorriso nojento no rosto dela.
Kamilla On
Yumi é muito burra, deixando que terceiros façam o serviço que ela deveria fazer para ser bem feito. Meu dia já começou acompanhando a vadia enteada do meu irmão. Ela parecia apressada, então fui o mais discreta possível. Eu vi tudo, e ainda não acredito que aqueles caras sentiram medo dela por tão pouco. Acompanhei os passos dela e Izana, até ele a deixar na casa de Saito.
Kamilla: Hora de começar a agir. — Fui à empresa e, por ainda ter acesso, mudei todos os documentos, deixando parecer acidental. Sei que Saito nunca verifica as câmeras.
Todos os documentos apagados ou trocados. Não é grande coisa, mas isso vai garantir que ele fique ocupado a noite toda. Voltei a monitorar os passos da ratinha. Uma hora ela terá que sair de casa...
Nessa espera, se passaram horas. Já estava escuro e nada dessa garota dar ao menos um sinal de vida! Será que morreu?
Kamilla: Deus é bom, mas nem tanto... — Falei comigo mesma ao vê-la finalmente sair.
Ela fazia um caminho tranquilo até o konbini. Me escondi no beco ao lado, vendo um cano. Peguei-o sorrindo e, no momento exato, ela passou. Golpeei-a com força suficiente para que permanecesse desmaiada por algumas horas.
Seus olhos estavam se fechando, e me pus à sua frente com um sorriso presunçoso, sendo a última pessoa que veria antes de dormir.
Kamilla: Yumi? Eu fiz o serviço que você deveria ter feito, ao invés de pagar aqueles incompetentes. — Minha fala presunçosa fez a garota do outro lado da linha bufar, para logo em seguida gargalhar animada. — Estou levando ela para aquele lugar.
Desliguei a chamada, arrastando-a até meu carro, do outro lado da calçada. Ela estava no banco de trás e, por não ser burra, amarrei suas mãos e pés, amordaçando sua boca. Quando cheguei ao barracão abandonado, Yumi já estava lá, quase soltando fogos.
Yumi: Kami! Você é a melhor! — Ela tentou me abraçar, mas a impedi me distanciando.
— Poxa! Não seja chata!Kamilla: Me poupe de seu melodrama. — Revirei os olhos, vendo-a fazer bico. — Anda, garota, antes que deem falta dela.
Estava quase perdendo a linha com ela, que mudou a postura rapidamente para uma presunçosa, puxando o corpo ainda inconsciente de Sn para fora com certa brutalidade, pisando no rosto dela.
Yumi: A vadiazinha não era tão durona assim, no final das contas.
Beijos. Até o próximo capítulo ✨
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Neve e Sangue
FanfictionUma leitora vivendo um dark romance na vida real? É realmente possível? Sim, e Sn mostrara as cartas ditadas nesse romance. Essa história é dedicada a minha amiga @GabrielaSilvadeAraj6 como presente de aniversário 🤍