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Saito retornou para casa, determinado a confortar sua esposa. Ao estacionar o carro, motos começaram a parar ao seu redor, e logo ele viu as maiores gangues de Tóquio: Black Dragons, Tenjiku, Toman e Brahman.

Saito: Vamos conversar dentro da minha casa. — Sua voz saiu firme, e todos concordaram em silêncio.

Ao atravessar a porta, ouviu as súplicas de sua esposa. Ela não parava de perguntar se sua filha estava segura, se nada de mal havia acontecido. Sem hesitar, ele se aproximou e a abraçou, tentando oferecer algum alívio.

Saito: Vai ficar tudo bem, querida. Vamos trazer nossa garota de volta sã e salva. — Ele esfregava suas costas, confortando-a com um gesto protetor.

Shin: Qual foi a última vez que vocês viram ela? — Foi o primeiro a quebrar o silêncio.

Saito: Eu liguei para ela no começo da noite, pedi para comprar algo para comer...

Izana: Vocês têm o PIN dela? — A pergunta veio carregada de urgência.

Alice: Já rastreei, mas o PIN levou até o konbini... ela não estava lá... — Alice pausou, tentando digerir a informação.

Izana apertou os punhos, a raiva transbordando em cada músculo tenso.

Enquanto todos tentavam entender para onde ela poderia ter ido, uma luz se acendeu na mente de Emma e Mitsuya.

Emma/Mitsuya: Yumi...

Todos se viraram para olhar, o ambiente pesado com o silêncio que se seguiu.

Draken: Não é hora para implicância.

Emma: Não é implicância, é um fato. E vai ser agora! — Ela falou, digitando rapidamente no celular. Quando Draken tentou interromper, foi silenciado pelo som de notificações disparando de todos os dispositivos na sala. — Fala que é implicância agora!

Mikey, pálido, sentiu o peso da situação. Seu plano original, e muito mais, estava exposto. Antes que ele pudesse tentar se explicar, foi atingido por um soco de Izana, que estava visivelmente exasperado.

Com grande esforço, Shinichiro e Wakasa conseguiram puxar Izana para longe de Mikey.

Izana: Eu espero que você saiba rezar, Manjiro! — Ele rosnou, a raiva pulsando em suas palavras. — Se ela estiver machucada, por Deus... eu mato você e a cadela da Yumi, junto com sua irmã, Saito! — A fúria no rosto de Izana era palpável, e, sem dizer mais nada, ele saiu apressado.

Shin: Onde você vai, Izana!? — Gritou, mas Izana já estava na porta.

Izana: Não é óbvio? Vou atrás da MINHA garota. — Seu olhar era gélido, cortante. — TENJIKU!

Todos: SIM, REI!

Izana: Para as ruas agora. Chequem barracão por barracão, armazém por armazém. Revisem Tóquio, se for necessário. Quero a rainha da Tenjiku encontrada nas próximas horas.

A gangue se espalhou por Tóquio em busca de pistas. Kaku, sabendo que a resposta seria óbvia, perguntou:

Kaku: Vamos atrás delas?

Com um aceno de cabeça, o grupo seguiu em direção ao barracão onde Yumi e Kamilla estavam. As notícias, no submundo de Tóquio, correm rápido — e quando o próprio rei da Tenjiku está caçando suas presas, não demora para que tudo chegue até elas.

Yumi e Kamilla voltaram rapidamente para o barracão onde haviam deixado Sn. Ao abrir a porta, viram a garota tentando se soltar das cordas. Seus risos eram amargos, ecoando no ar.

Yumi: Ah, ratinha, sabíamos que eles dariam sua falta, só não imaginávamos que seria tão rápido assim. Isso foi surpreendente, parabéns. — Ela se aproximou, sorrindo de forma sarcástica, e desferiu um chute na garota.

O que deixou Yumi e Kamilla paralisadas foi o fato de que a perna de Yumi foi segurada com força.

Sn: Qual foi, diva? O gato comeu sua língua? — A voz de Sn era baixa, rouca, mas cortante.

Kamilla: Como... — Ela se perguntou, confusa e temerosa.

Quando as sequestradoras voltaram ao barracão, Sn já havia começado a maquinar uma forma de se soltar. Nenhuma das técnicas convencionais funcionou, mas seu conhecimento de relatos criminais e livros a ajudou a encontrar uma maneira de escapar. O processo não foi fácil, e ela se machucou no caminho. Quando estava prestes a sair, ouviu o som das duas sequestradoras se aproximando.

Sn: Ah, minhas queridas... vocês foram tão burras em achar que eu não conseguiria me livrar dessas cordas.

Yumi puxou seus cabelos com fúria, mas Sn aproveitou a oportunidade e a golpeou com força no tronco. Kamilla tentou atacar, mas ambas as garotas caíram sobre ela.

Na rua, os membros da Tenjiku continuavam sua busca, revistando cada canto de Tóquio. Izana e os principais membros da gangue verificavam as casas de Yumi e Kamilla.

Em casa de Sn, a situação estava caótica. Mikey, sentindo-se impotente, murmurou:

Mikey: Eu... não sabia que ela faria isso... nunca foi o nosso combinado... — Ele finalmente levantou a cabeça, encarando os olhares de desprezo na sala. — Na verdade, eu só queria que ela fosse minha...

Emma: Você sempre tem tudo, Manjiro. Sempre querendo o que o Izana consegue, e isso não é novidade. Por sua culpa, a Sn foi sequestrada. E não adianta dizer que não fazia parte do combinado. Se você não fosse tão egoísta, elas estariam bem. — A indignação de Emma era visível, e sua voz exalava fúria. — Se ela se machucar, você será o maior culpado. — Ao terminar, ela olhou para os rapazes da sala, desafiando-os. — E vocês? Estão esperando o quê para sair à procura da minha amiga? Um convite formal? Mechanse!

Ninguém ousou questionar Emma.

As portas e janelas ainda abertas se fecharam com um estalo. O céu, antes limpo, começou a se nublar, e a pressão sobre Tóquio era palpável, como uma tempestade prestes a cair.

No barracão, Sn lutava para se manter de pé. O corpo inteiro doía, mas ela se recusava a ceder. Cada pensamento que passava em sua mente a mantinha em movimento.

Sn: Droga... não quero morrer... quero ver o sorriso da minha mãe... quero passar mais tempo com as meninas... quero ter mais dias de pai e filha com o Saito... quero ver mais uma vez o Izana... sentir seu toque, seu cuidado... — Ela pensava, quase sem forças para continuar.

Mas, em sua distração momentânea, foi golpeada novamente, perdendo a consciência.

??: Estão perdendo para essa garotinha? Não acredito nisso.

Kamilla: Mãe! Como é bom te ver... — Ela falou, aliviada, ao ver a situação.

Com pressa, colocaram Sn no carro. Mas, antes de entrarem, duas figuras surgiram ao lado das janelas abertas, com armas apontadas para as cabeças de Kamilla e Yumi.

Hanma: No lugar de vocês, eu não mexeria um músculo... — Hanma riu, gostando da expressão apavorada delas.

Kisaki: Sim, elas estão na mira. Vou ligar para o "Rei". — Ele se referia a Izana, que ainda procurava por elas.

Hanma: Vocês deram uma baita dor de cabeça... foi difícil localizar o barracão de vocês. Agora, olhando bem, vejo que ela deu uma baita surra em vocês. E, se não fosse pela velha traiçoeira, teriam apanhado ainda mais. — Hanma se divertia com a situação. — Eu adoraria dar um fim em vocês... mas a chefinha não ia gostar se morressem assim...

Kisaki: Eles já estão a caminho.

Beijos. Até o próximo capítulo ✨

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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