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- Aqui, seu sapato. - Rafe diz me entregando meu salto que eu tirei pois estava matando meu pé assim que chegamos na porta da minha casa.

- Seu terno. - lhe entrego o terno que ele havia me emprestado por conta do frio.

- Ele tinha ficado tão melhor em você. Acho que deu um toque para o vestido. - Rafe brinca e eu dou uma risadinha.

- Inclusive, isso me fez lembrar que eu preciso te entregar o seu moletom que você me emprestou outro dia. Ele ta no meu quarto, preciso ir buscar. - abro a porta de casa. - Pode entrar.

Entro em casa e Rafe entra logo atrás. Escuto ele fechando a porta enquanto começo a subir as escadas.

Entro no meu quarto, que ainda estava uma zona e começo a procurar o moletom dele no meio daquela bagunça.

Assim que percebo Rafe entrando no meu quarto, enquanto eu ainda procuro o moletom, falo:

- Acredita que no dia que você me emprestou o moletom a Sarah reconheceu e sabia que era seu?

- Ela deve ter surtado.

- Mais ou menos. Eu já tinha contado para ela que a gente tinha se beijado. Sabe, aquele beijo na cozinha?

- Sonho com ele até hoje. - ele responde brincando para me irritar.

Reviro os olhos e falo:

- Bom, mas daí ela não surtou tanto quanto ela surtaria caso já não soubesse que a gente estava se falando. - faço uma pausa. - Achei!

Finalmente achei o moletom que estava no meio de um monte de roupa no meu armário. Devo ter colocado ali para o Enzo não ver.

Vou até Rafe e lhe entrego o moletom.

- E você ta planejando contar para Sarah o que aconteceu hoje? - ele pergunta.

- Eu não sei. Quero dizer, eventualmente eu vou ter que contar para ela senão ela vai acabar descobrindo de um jeito ou de outro. - penso alguns segundos. - Bom, eventualmente eu vou ter que falar com meu irmão.

- Ai eu quero ver.

- Para mim o problema em contar para ele é que eu sei que ele não vai ficar nada feliz e ele vai parar de falar com você de novo. Justo agora que vocês estavam voltando a se falar.

- Olha, - ele apoia o terno e o moletom em cima da cama e segura minha cintura, fazendo eu me aproximar dele. - se depender de mim as coisas continuam iguais entre eu e ele.

- Só que não depende só de você, depende dele também. Eu odeio que eu tenha que ficar entre a amizade de vocês. Não é justo.

- Não é justo com você ele deixar isso acontecer.  Se você parar para pensar é meio egoísta da parte dele mas...

- Ei, a gente ta falando do meu irmão.  E você sabe que eu defenderia ele a todo custo então-

- Eu sei, desculpa. Mas então tenta não ficar preocupada com isso e com o que é melhor para seu irmão. Pensa no que é melhor para você e o que você quer, tabom? - com suas duas mãos ele coloca meu cabelo atrás da orelha, uma de cada lado, e depois me da um beijo rápido.

Logo lhe dou mais um beijo rápido e falo:

- Muito obrigada de novo por hoje. Por tudo na verdade.

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