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[Nome] Wisnievski

Minha mãe era a mais animada dali, já fazia um bom tempo que não íamos a praia, ela até fez uma playlist de músicas brasileiras.

Fiquei calada a viagem inteira, apenas observei o caminho pela janela do carro.

— Vamos amor, cadê a animação? — minha mãe olhou para meu padrasto.

— Aeee!

— Vamos [Nome], anima-se, estamos indo pra praia!

Fiquei calada e esbocei um sorrisinho fraco no meu rosto, eu realmente não estava com ânimo pra praia agora.

Quando chegamos no local, havia várias pessoas ali, minha mãe colocou a toalha no chão e arrumou as coisas. Théo dormia tranquilamente carrinho, esbocei um sorrisinho enquanto olhava para o garotinho dormindo.

— Você sabe jogar vôlei? — minha mãe pegou a bola de dentro da mochila.

— Não. — ri fraco.

— Vem. — ela pegou na minha mão e me puxou. — As sete regras do vôlei são: saque, recepção, levantamento, ataque e bloqueio, acho que você já sabe disso.

Cada uma ficou de um lado, minha mãe parecia experiente nesse meio, eu não sabia desse lado dela.

Ver uma pessoa como eu jogar dava até uma dor, sou horrível em qualquer tipo de esporte.

— Por que a senhora não joga com meu padrasto? Vou comprar sorvete.

Minha mãe apenas assentiu e assim peguei o dinheiro e sai a procura dos sorvetes.

Havia várias pessoas passeando com seus cachorros, algumas pessoas surfando e crianças fazendo castelo de areia, logo na saída havia um estabelecimento, nele vi uma plaquinha escrito sorvete, um sorriso enorme surgiu no meu rosto, em cada pote tinha dois sabores, resolvi pegar todos de morango com chocolate.

Consegui diferenciar minha mãe e meu padrasto das outras famílias pela carrinho.

— Morango com chocolate? — minha mãe riu nasal.

— Só tinha assim.

— Se você não quer eu quero. — meu padrasto balançou o potinho.

Minha mãe terminou de tomar o sorvete de morango e entregou a parte do chocolate para meu padrasto.

— Vem, vamos pular as ondas. — minha mãe me puxou.

E assim fizemos, nos distanciavamos da areia cada vez mais.

— Oi, qual é o seu nome? — era uma garota média e loira.

— Oi, [nome], e o seu?

— Peyton.

— Ah, oi — minha mãe acenou para a garota que estava de meu lado. — Filha, vou ficar cuidando do seu irmão para Harry aproveitar um pouco também, ok? Cuidado. — e assim ela saiu me deixando sozinha com a garota.

— Vocês estavam pulando ondas? — a loira perguntou e eu assenti. — Beleza, então vamos continuar.

Demos as mãos e começamos a pular as ondas, isso gerou altas risadas.

— Quando eu falar "mergulha" você mergulha, ok? — ela apenas assentiu.

Toda vez que vinha uma onda, começamos a mergulhar, bom isso até a quarta vez onde eu não falei que era pra mergulhar e ela tomou um caudo daqueles.

— Ei, você está bem? — ela estava estirada na areia, parecia uma estrela-do-mar.

— Uhum — ela balaçou a cabeça. — Ei, por que você não me avisou que era pra mergulhar?

— Eu pensei que você já tivesse entendido que era pra mergulhar toda vez que viesse uma onda. — sentei do lado dela.

— Nossa, eu sai rolando — a garota sentou. — Minhas costas e meus joelhos então doendo.

— Desculpa — levantei e estendi a mão para pegar.

— Sem problemas — ela riu nasal. — Vivências.

— Topa fazer um castelo de areia? — propus.

— SIM! Vamos humilhar aquelas crianças. — ela apontou para algumas crianças que não estavam muito longe da gente, elas construíam um lindo castelo de areia.

Começamos nossa construção, ela pegou a pá e o baude do seu irmão mais novo e trouxe para facilitar nossa construção.

— Ei, posso ajudar vocês? — era das criança.

— [Nome], esse é o Andrew meu irmão mais novo, mas pode chamá-lo de Drew, e Drew, essa é a [Nome]. — Peyton nos apresentou.

Peguei na mão do garoto e apertei para cumprimentá-lo.

Ele se juntou a nós e assim o tamanho do castelo aumentou.

— Drew, pega pedras, flores e galhos, por favor? — Peyton pediu para seu irmão mais novo enquanto construía o muro do castelo.

— Pega você, você não é aleijada. — o garotinho rebateu.

Ela ficou alguns segundos calada enquanto olhava para o garotinho a sua frente.

— Drew, vem cá — outra criança apareceu o puxando para o castelo de areia que eles estavam construindo no começo.

— Crianças. — Peyton balaçou a cabeça de forma negativa. — Minha mãe surgiu com um negócio de educação positiva, se não fosse por isso eu já teria dando um tapa naquele garoto.

No fim das contas eu fui procurar as pedras, as flores e os galhos para enfeitar o castelo.

— Nossa, nunca senti tanto orgulho de mim como senti agora. — falei enquanto admirava o castelo.

— Nossa, realmente ficou lindo. — Peyton cruzou os braços.

— [Nome], vamos almoçar. — minha mãe gritou.

— Até depois. — acenei.

— Até. — a loira acenou.

No fim das contas não nos encontramos mais, a pior parte de fazer amizade na praia era essa.

— Quem sabe vocês não se esbarra por aí? — minha mãe tentou me animar.

— Acho difícil. — suspirei.

Demoramos muito no restaurante, fora que ainda compramos algumas decorações.

O resto da tarde foi interessante, tentei brincar de altinha com meu padrasto e observamos o pôr do sol, no final do dia meu padrasto dirigia reclamando das costas que estava ardendo.

— Isso é pra você parar de ser teimoso, eu te falei diversas vezes "Harry, passe o protetor solar nas costas", mas você ficou nessa de "depois eu passo, depois eu passo". — minha mãe reclamava com meu padrasto enquanto eu segurava o riso.

— Já entendi, amor — ele roubou um selinho dela. — Me desculpa, tá? Da próxima vou seguir seus conselhos.

O que vocês acharam da Peyton?

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O que vocês acharam da Peyton?

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐘 𝐈 𝐋𝐎𝐕𝐄𝐃 𝐘𝐎𝐔 | 𝐌𝐚𝐬𝐨𝐧 𝐓𝐡𝐚𝐦𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora