[Nome], uma brasileira com a autoestima baixa devido ao bullying que sofreu na infância por causa da sua cegueira facial. A garota se muda para os Estados Unidos depois da sua mãe se casar novamente. Em hipótese alguma ela demonstra seus sentimentos...
O dia amanheceu nublado, eu sentia que hoje não viria algo bom. Depois da escola, como sempre eu fui para a cafeteria.
— Eu digo e repito, Los Angeles é a cidade dos abençoados. Vocês viram o garoto que está sentado ali no canto? — Charlotte veio em nossa direção.
— Eu tava pensando, tenho certeza que todos esses garotos bonitos tem chulé. — Mia cruzou os braços.
— Isso é o de menos. — Charlotte suspirou. — Deus me livre, mas quem me dera.
Um casal entrou no estabelecimento, só fui saber que era o chefe e a mulher dele quando Mia sussurou no meu ouvido. Eles sentaram próximo a caixa registradora, fui atender, mas eles falaram que não queriam nada.
— Boa tarde, quero um capuccino, por favor. — um garoto ruivo se aproximou.
Mason.
— Um capuccino. — olhei para Mia e ela foi preparar.
O ruivo sentou próximo da caixa registradora, aparentemente estava esperando alguém, já que não parava de mandar mensagem.
Depois que Mia preparou, fui entregar para o ruivo.
— Me indique algo pra comer. — o ruivo deixou o celular de lado.
— Croissant, bolo... — fui interrompida.
— Bolo? De qual sabor?
— Limão, chocolate, cenoura e morango.
— Quero de morango, por favor.
Anotei o pedido do ruivo e fui tirar um pedaço de bolo pra ele.
— Ele é a cara do Timothée. — Charlotte sussurrou.
— Antes ele parecia com o Tom Holland. — Mia sussurou.
— Uma mistura dos dois. — Charlotte riu nasal.
Uma mistura de Timothée e Tom Holland? Confesso que fiquei curiosa pra saber como era essa mistura.
Levei a fatia do bolo para o ruivo.
— Violet gostou tanto de você que te chamou pra assistir o jogo de futebol amanhã, ela vai jogar. — o ruivo comentou.
— Violet joga futebol? — franzi o cenho surpresa.
— Sim, desde bem pequena.
Fui surpresa porque na minha cabeça só Madeleine jogava.
— Vou tentar aparecer lá. — sorri fraco.
☆
No final da tarde quando não havia mais ninguém só estabelecimento, nosso patrão parou na nossa frente e cruzou os braços.
— Bom, nunca pensei que fosse falar isso, mas vamos fechar a cafeteria. — ele suspirou pesadamente.
Eu sabia que algo de ruim iria acontecer.
— Como assim? Por que? — Mia perguntou.
— Vamos nos mudar para Londres no final do mês. — a mulher dele completou.
— Agradecemos pelo tempo e dedicação de vocês, todos que vieram aqui falaram super bem do atendimento e da limpeza do lugar, fico muito grato por isso. — o mais velho colocou as mãos no bolso.
— Tenho uma consideração enorme por vocês, amei ter vocês trabalhando aqui.
Enquanto eles falavam, eu tentava raciocinar tudo aquilo, eu estava em choque.
— Como assim?! Como?! — Charlotte cruzou os braços.
— Estou triste porque estamos fechando nosso primeiro negócio que deu certo, porém estou feliz porque vou rever minha família. — a chefe cruzou os braços.
— E eu vou rever minha mãe que não vejo faz seis anos. — o chefe completou.
Eles nos entregaram um envelope.
— Isso é pelo tempo que vocês trabalharam aqui. — o chefe entregou um envelope para cada uma.
— Eu nem sei como agradecer, ainda estou sem acreditar. — Mia riu de nervoso.
— Ainda estou em choque, mas agradeço pela oportunidade que vocês me deram. — Charlotte riu nasal.
Eu não conseguia mover um músculo.
O chefe começou a conversar com Charlotte e Mia, elas riam de nervoso. A mulher dele me puxou para um canto e pegou na minha mão.
— Brilhe, tá? Brilhe como uma diamante. — a chefe me abraçou. — Não deixe essa cegueira facial te atrapalhar e continue sendo essa menina gentil e adorável que você é.
— Muita obrigada. — retribui o abraço.
Não havia nenhuma expressão no meu rosto, eu ainda tentava raciocinar tudo que eles falaram.
— Você vai dar muito orgulho pra sua mãe. Mesmo com essa cegueira facial, isso nunca impediu de você sorrir, sempre tratou as pessoas com educação e esse é o ponto. Sei o tanto que você sentiu dificuldade no começo, por isso sinto orgulho de você. — a mais velha riu.
— Desculpa, ainda estou tentando raciocinar tudo que vocês falaram. — ri fraco. — Fico muito feliz que estejam voltando pra Londres pra reencontrar a família de vocês, espero que dê tudo certo no próximo negócio.
— Obrigada, [Nome] — ela me deu outro abraço e eu retribui. — Minha filha terá seu nome.
Acabei rindo junto e me despedi da mais velha, com um abraço apertado, me despedi do meu chefe com um abraço apertado também.
Depois de sair da cafeteria, andei pelas ruas de Los Angeles ainda pensativa sobre o que havia acabado de acontecer.
Fale pra ela que eu vou
O jogo vai começar 15:00 Depois da escola
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Escrevi esse capítulo ao som de Ride e Born to die da mamãe Lana 😭☝️
