[Nome], uma brasileira com a autoestima baixa devido ao bullying que sofreu na infância por causa da sua cegueira facial. A garota se muda para os Estados Unidos depois da sua mãe se casar novamente. Em hipótese alguma ela demonstra seus sentimentos...
Era mais um dia normal, como sempre tive que acordar cedo pra ir pra escola. Bom, aparentemente entrou dois alunos novos, ouvi o povo cochichando.
Como sempre eu estava deitada no gramado, não tinha nada pra fazer e meus amigos ainda não haviam chegado.
— Wisnievski, olha o que eu aprendi em português. — o ruivo ficou parado na minha frente. — Oi, eu sou o Mason Thames e estou com sono.
O sotaque gringo acabou deixando mais engraçado.
— Nunca imaginei que veria Mason Thames falando em português. — ri nasal.
— Quer? — o ruivo tirou um pacote de cheetos da mochila.
— Que alimentação saudável, Thames. — falei num tom irônico.
— Eu tenho um estoque de cheetos. — Mason riu.
Ele permanecia em pé, o sol que desapareceu no meio das nuvens, apareceu novamente e bateu nos cachos do ruivo, deixando uma mistura de ruivo/loiro.
Aquilo parecia um sonho, parecia que tudo havia ficado mudo e em câmera lenta, apesar de estar praticamente tudo borrado, ainda sim eu conseguia ver os cachos e os movimentos que ele fazia.
— Sei que sou bonito, mas não precisa ficar me encarando desse jeito. Estou ficando com vergonha.
— É um sonho? — franzi a testa.
— Você tá bem? Dormiu bem? — o ruivo passou a mão na frente do meu rosto.
— Uhum. — desviei meu olhar.
— Você quer? — o ruivo balançou o pacote.
— Quero.
Ele tirou outro pacote da mochila e jogou.
— Ah, tenho uma fofoca das grandes! — o ruivo sentou do meu lado. — Só que ninguém pode ficar sabendo.
Abri um sorriso de orelha a orelha e sentei, logo coloquei minha mochila no meu colo e apoiei meu queixo na minha mão.
— Conta.
— Eu sou o Homem-aranha. Esquisito, né?
— Por que eu botei espectativa? — cruzei os braços indignada. — Nunca mais acredito quando você vier com essa de "tenho uma fofoca das grandes".
Mason apenas ria da minha indignação, até que teve um momento que ele parou de rir e ficou quieto por alguns segundos, depois pegou o celular da mochila.
— Fica parada aí.
— Pra que? — ri nasal.
— Só um pouquinho.
Fiz o que ele pediu e fiquei parada.
— Ficou muito boa. Vai dar pra usar. — o ruivo desligou o celular e colocou na mochila novamente.
— Usar pra que?
— Pra aula de retrato. — o ruivo usou sua mochila como travesseiro.
Eu nem lembrava mais disso.
— É errado shippar? — pela voz reconheci que era Peyton.
A loira passou pelo ruivo e sentou do meu lado.
— Sendo errado ou não, eu shippo. — pela voz era Maddy.
Se bombear nem faço o tipo dele.
— Que besteira! Somos amigos. — cruzei os braços.
☆
— Boneca — apesar de estar com a cabeça baixa, ainda sim reconheci a voz.
— Hum? — olhei para o ruivo.
— Você sabe que os Estados Unidos vai massacrar o Brasil nas olimpíadas, né? — o ruivo falou num tom confiante.
— Nos seus sonhos. — sorri debochado.
— Vamos apostar então? — ele propôs.
— Bora. — estendi a mão.
— Você vai perder novamente. — o ruivo riu debochado e apertou minha mão.
— Naquele dia eu só perdi porque aquele povo não entendia de moda. — dei de ombros.
— Gente, pelo amor, né? — Peyton nos interrompeu. — 07:00 horas da manhã e vocês discutindo por algo que nem começou ainda.
— Estou falando apenas fatos. — dei de ombros.
Passamos a aula toda falando sobre as olimpíadas.
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Capítulo MINÚSCULO, depois vou tentar recompensar vocês com dois capítulos 😭
Espero que tenha dado p entender o que ruivo quis dizer na parte do sol 💀
