[Nome], uma brasileira com a autoestima baixa devido ao bullying que sofreu na infância por causa da sua cegueira facial. A garota se muda para os Estados Unidos depois da sua mãe se casar novamente. Em hipótese alguma ela demonstra seus sentimentos...
Andávamos pelos corredores da escola antes da aula começar, Margaret estava mais quieta do que o normal.
— Eu tenho sérias dúvidas. — Margaret cruzou os braços indignada.
— Sobre o que? — franzi o cenho.
— Amor recíproco é uma mentira inventada pelo governo pra vender mais alianças.
Aquilo fez com que eu desse uma risada sincera.
— E meu cupido que se matou com as próprias flechas? — Maggie deu uma risada baixa.
— Pelo menos não sou a única com a vida amorosa ferrada. — ri baixo.
— Podemos classificar essa lugar como nosso, certo? — Taylor apontou para uma árvore perto do campo, havia alguns jogadores ali.
— Vamos ficar de camarote. — Maggie sentou na grama.
— Nem ferrando que vou perder meu tempo assistindo jogo de futebol. — Margaret balançou a cabeça de forma negativa. — Até eu jogo melhor que eles.
— Aquele Harry é horrível. — Maggie apontou para um dos garotos.
Eu não conseguia diferenciá-lo.
— Ela tem um crush nele. — Margaret aprontou para garota que no mesmo instante se benzeu.
— Vou levar isso como uma crítica.
O que fazia eu diferenciar elas era a pulseira azul que Maggie usava no braço direito, a corrente que Margaret usava com o nome dela no pescoço e as três pulseira que Tay usava no braço esquerdo.
— Para. Vocês são terríveis! — Taylor riu. — Vamos, precisamos chegar a tempo antes que a professora Hannah entre na sala.
Era aula de matemática, a professora era legal, a forma que ela explicava fazia tudo ficar mais fácil.
— Matemática me dá uma dor física, mental, espiritual. — Maggie balaçou a cabeça de forma negativa.
— Nem é tão ruim assim. — Taylor olhou para a garota.
Fomos as últimas a entrar na sala, a atenção da sala foi virada para nós.
— Desculpa pelo atrasado professora Hannah, é que aconteceu alguns imprevistos. — Taylor justificou.
— Ah, sem problemas.
Sentamos em nossos lugares e a professora começou a explicar.
— Alguma dúvida? — a professora apontou para o quadro.
Todos da sala responderam com um "não".
— Ótimo, abram o livro na página 50 e façam os exercícios.
O exercício não era difícil, muito pelo contrário, eu poderia facilmente resolver de olhos fechados. Depois que terminei meu raciocínio, deixei meu caderno de lado e abaixei a cabeça.
— Já terminou? — era a voz da Maggie.
Apenas assenti.
— Nossa
☆
Depois da escola fui para a cafeteria, demorava mais ou menos quase 1h de uma para a outra.
— É nessa hora que eu agradeço por já ter me formado. — Mia juntou as mãos (🙏).
— Ai, nossa, minha mãe escolheu a pior escola para me colocar, ela fica do outro lado da cidade. — Charlotte colocou o avental.
— Boa tarde, meninas — uma mulher muito bonita por sinal parou em frente ao balcão.
— Boa tarde, chefe — Mia e Charlotte falaram em uníssono.
— Boa tarde — sorri fraco.
— Você poderia fazer um capuccino, por favor? — ela apontou para Mia.
— Ah, claro.
Fui atender dos clientes que estavam entrando.
☆
Cheguei em casa completamente exausta, sentei no sofá e larguei minha mochila.
— Como foi seu dia? — minha mãe desceu as escadas.
— Cansativo. — sorri fraco.
— Eu tava pesquisando algumas escolas aqui por perto e achei uma que logo de vista eu amei — a mais velha sentou no outro sofá. — Já te tirei daquela escola e te matriculei nessa porque além de ficar perto do seu trabalho, ainda fica perto de casa. Não te falei nada porque eu não queria te incomodar com isso.
Era muita coisa ao mesmo tempo.
— Calma, e minhas amigas?
A primeira coisa que consegui pensar foi pensar nelas.
— Filha, amizade você leva pra fora da escola, depois você conversa com elas, amanhã você já inicia em outra escola. — minha mãe levantou e foi para a cozinha.
Era muita coisa ao mesmo tempo, fiquei sentada no sofá olhando para o teto raciocinando tudo que ela havia dito.
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