[Nome], uma brasileira com a autoestima baixa devido ao bullying que sofreu na infância por causa da sua cegueira facial. A garota se muda para os Estados Unidos depois da sua mãe se casar novamente. Em hipótese alguma ela demonstra seus sentimentos...
Antes da aula começar, Peyton deu a ideia de irmos na biblioteca, ela queria um livro de dark romance.
— Meu sonho é viver um dark romance e meu maior medo é viver um dark romance. — a loira comentou.
— Que? Você bugou minha mente — ri. — Calma
Depois que ela finalmente achou o livro que ela queria, falamos com a bibliotecária e ela registrou, logo saímos dali.
— Peyton — uma garota veio correndo em nossa direção. — É ela vaga, não tem professor.
— Glória — juntei minhas mãos (🙏).
— Nunca fui triste. — Peyton saltitava.
A garota se despediu e desapareceu no meio da multidão, resolvemos ir para a quadra, já que não tinha nada pra fazer.
— Aquela é a Vick. — Peyton estava com as "pernas de índio" com o livro em cima delas.
— Aquela mecha rosa no cabelo dela ficou legal. — comentei.
— O Cazarez e o Scobell vão jogar. — a loira apontou para alguns garotos que haviam acabado de entrar na campo.
— Cazarez e o Scobell? — franzi o cenho.
— Miguel e Walker. Você não conhece?
A cegueira facial não ajuda.
— Não.
— Lembra daqueles garotos que eu te apresentei quando você chegou aqui na escola? Eles são amigos do Mason. Vou te mostrar alguns edits que tenho salvo. — ela pegou o celular.
Meu coração estava acelerado, eu queria contar, mas e de ela zoar?
Um garoto veio em nossa direção, ele apertava suas mãos com uma certa força.
— Peyton... é... você poderia... qual é o seu @ do Instagram? — o garoto perguntou meio receoso.
Sem responder nada, Peyton rasgou uma folha do seu caderno e escreveu deu @.
— Obrigado! — o garoto acenou e saiu.
— O que acabou de acontecer? — Peyton se virou para mim. — Pior que ele é bonitinho.
Peyton olhava para dois meninos que estavam não muito longe dali.
— Aquele óculos preto realçou a beleza dele. — a loira comentou.
— Peyton — suspirei fundo.
— Por que seus olhos estão lacrimejando? Está tudo de bem? — a loira pegou na minha mão. — Suas mãos estão suando.
E se ela zoar também?
— Olha, mesmo se eu quisesse, não ia dar pra esconder isso por muito tempo.
Minha intenção não é preocupar ela, sei lidar muito bem com meus problemas.
— Esconder o que? — ela riu de nervoso.
E se eu voltar pra estaca zero?
— Você está me deixando nervosa. — ela apertou minhas mãos.
— Você sabe o que é cegueira facial?
— Já ouvi falar, mas como nunca vi ninguém que tinha, pensei que não existia. — quando ela parou de falar, me arrependi amargamente. — Por um acaso, você tem cegueira facial?
Meu silêncio foi o bastante para ela entender.
— Nossa, calma. — ela cruzou os braços.
O que se passa na cabeça dela?
Por algum motivo, ela começou a rir.
— Amiga, desculpa, fiquei sem reação.
Coloquei minha mochila em cima da minha coxa meio apreensiva.
— Por que você não falou antes? — ela pegou na minha mão. — Está tudo bem.
Isso tirou um peso enorme das minhas costas.
— Nossa, te devo desculpas. — ela começou a rir novamente. — Naquele dia perguntei porque você nunca me contou que enxergava mal, e ainda falei que tinha lente própria pra isso.
Ela começou a rir de nervoso e eu ri da risada dela.
— Tá tudo bem. — e no final fiquei feliz pela reação dela.
— Por que você não me contou que tinha cegueira facial?
— Pensei que você fosse zoar.
— Me senti ofendida. — a loira cruzou os braços. — Por que você pensou isso de mim, [Nome]?
— Já me zoaram antes por isso.
— Você não tem culpa. — ela passou o braço em volta do meu ombro. — Está tudo bem.
Infelizmente o sinal bateu, então tivemos que voltar para dentro da escola.
A aula foi bastante entediante, depois disso fomos para o auditório, ia ter palestra.
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