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* O capítulo de hoje não e narrado pelos personagens principais. *

ANNA

Deitei na cama e fiquei atenta a porta do banheiro, desde que Nicolas entrou pra tomar banho eu estou encarando fixamente a porta entre aberta.

Não sei o que fazer ou simplesmente o que falar para ele, talvez o seu jeito de lidar com a situação não seja de um jeito bom, mas não temos nada sério, embora toda vez que eu ou ele fique com outras pessoas sempre acaba em briga e discussão de ambas partes.

Nicolas é um tremendo galinha, não confio nem um pouco nele, ele fica com quem ele quiser na hora que ele quiser e se eu ficar com alguém ele para de falar comigo na mesma hora, e uma baita Ironia.

Dou um pulo na cama e pisco inúmeras vezes assustada quando o vejo sair do banheiro como um animal, quero dizer, sem falar nada e nem fazer barulho, tô tão pensativa que nem prestei atenção quando saiu pela porta.

Nicolas passa a mão sobre seus cabelos encharcados que pingam, gotas de água pelo tapete branco, ele ergue a sobrancelha percebendo que me assustei com a sua presença.

— Que que foi? se assustou com a minha beleza? - brincou, rindo - achei que estava acostumada com o lindão aqui. - passou a mão pelo seu corpo virando para se amostrar.

— Cala boca sério - joguei uma almofada nele que desviou pegando na mão e jogando em mim, mostrei o dedo do meio para ele que riu, indo até o guarda roupa.

— Preciso falar com você. - falei rapidamente, tão rápido que a frase saiu embolada e talvez nem eu mesma tenha entendido o jeito que eu quis falar.

Ele e franziu o cenho, seus lábios se curvaram em um sorriso brincalhão quando disse baixinho olhando em meus olhos:

— Quer transar?

Revirei os olhos na mesma hora.

— Por deus nicolas, tudo pra você é sexo?

— Bom, envolvendo você, sim, sua gostosa do caralho - veio até mim e deu um tapa na minha bunda, me contorci pela força.

Doeu, doeu bastante.

— Diz isso para mim e mais quantas? - perguntei-lhe

— Para todas que me perguntam, não e bom deixar ninguém de fora né - piscou brincalhão.

Fiquei quieta o olhando sem dizer nada, portanto virei o rosto e abracei o travesseiro que estava a minha frente, afundando meu rosto no mesmo.

— Não estou brincando, preciso te dizer algo e você nunca colabora, fica sempre com as suas brincadeiras, da pra agir normal e tentar conversar sem fazer piada? - perguntei o olhando novamente, dessa vez com o rosto mais sério e o tom de voz um pouco mais alto do que o normal, esse assunto estava tirando minha paciência.

Ele levantou as mãos em rendição e se sentou na cama sem se importar se estava de toalha.

— Hm, estou ao seus ouvidos ruivinha

— Olha, primeiro não surta ok? segundo eu não estava prevendo que isso ia acontecer. - engoli em seco começando a dizer, Nicolas franziu a sobrancelha três vezes seguidas e me olhou de relance, agora começando a ficar realmente preocupado.

— Lembra daquele meu ex namorado? o..

— Mason. - ele diz fechando os olhos na mesma hora, me interrompendo sem nem esperar eu terminar de dizer.

— Isso, exatamente ele. - passo a língua pelos lábios nervosa, ele abre os olhos novamente me encarando, agora já não vejo mais graça nem brincadeira no seu tom de voz, seus olhos já não esticam de tanto que ri em cada coisa que diz.

Isso significa que o assunto está ficando sério, ele está levando a sério.

— Você consegue dizer logo porra? estou começando a suar frio. - quase ri, por que está tão nervoso nicolas? não temos nada sério.

— Ele voltou pro Brasil, o intercâmbio dele acabou e tem todo aquele rolo.. e.. ele me procurou - a cada palavra que eu falava eu tinha que respirar fundo pra tentar explicar melhor, embora não funcionasse. — enfim, ele me procurou e quer conversar comigo.

Nicolas apenas respirou fundo.

— Você vai? - perguntou.

— O que?

— Conversar com ele, você vai? - novamente perguntou, sua voz soando cada vez mais seria.

Mason era um assunto difícil quando se tratava dele, Nicolas sabe muito bem disso como todo resto do pessoal, eu tinha uma baita dependência nele e ele me tratava que nem uma boneca suja, nosso relacionamento era super tóxico, tóxico ao ponto de eu mal pode ver meus amigos porque ele simplesmente não deixava, ao ponto de não poder usar as roupas que eu usava antes de estarmos juntos porque na sua cabeça eu era uma puta e estava me oferecendo pra homem.

Eu sempre fui de bater boca com todos que me mexia comigo e falava mal de mim, nunca abaixei a cabeça pra absolutamente ninguém, mas por algum motivo eu sempre obedecia ele, o medo de apenas imaginar viver sem ele era insuportável.

Embora ele me prendesse, sempre saia com seus amigos, no final da madrugada me enviavam milhares de fotos dele com mulheres, e eu sempre chorava feito uma criancinha.

Todos me alertavam, o pessoal sempre tentava me tirar dele e desse meio, e quando conseguiam me afastar, eu voltava pra ele.

Nicolas foi o que mais me ajudou, embora ele seja do jeito dele, ele sempre estava comigo nas piorar horas, era pra ele que eu ligava chorando e desabando dizendo que não iria conseguir viver sem ele, Nicolas ia até minha casa passar a noite comigo, Mason odiava ele e nossas maiores brigas era eu trazer ele e meus amigos pra dentro do nosso relacionamento.

Perdi as contas de quantas vezes Nicolas foi pra cima de Mason para bater nele, mas eu sempre entrava no meio.

— Eu não vou deixar você falar com ele nem fodendo, nem que tentem passar por cima de mim. - ele se levantou da cama ficando agora de frente para mim, seu rosto tinha uma expressão dura.

— Eu sei, eu sei ok? mas as coisas não terminaram você sabe, foi um jeito estranho e confuso. - tentei o alcamar, ou talvez me acalmar, estava me tremendo por dentro.

— Eu sei, mas não ligo pra porra nenhuma, ele não vai falar com você nunca mais, primeiro ele vai passar por cima de mim. - deixou claro olhando diretamente em meus olhos, apenas engoli a saliva presa na garganta vendo seus olhos ficarem frios.

Nunca mais vi ele tão sério em toda minha vida, mas quando se trava de Mason era rápido isso acontecer.

Antes de Mason ir pro intercâmbio não terminamos de um jeito amigável, aliás nem sequer terminamos, antes dele ir tivemos uma briga feia como todo dia tínhamos, eu bloqueei ele em todas redes sociais e ele me procurou em outro número e eu apenas disse que não queria falar com ele, apenas quando ele voltasse, mas passou dois anos e eu tinha esquecido que esse momento iria chegar, esqueci completamente da existência dele, até ele me mandar mensagem hoje de manhã falando que estava chegando no Brasil.

— Me dá seu celular.

— Pra que você quer meu celular Nicolas? - perguntei desconfiada, já ciente do que queria fazer.

— Quero ver o que ele te mandou. - diz, erguendo a mão, apenas o entreguei sem pensar.

Ele abriu a conversa com o número que nem salva estava, lendo a conversa atentamente com uma ruga em sua testa e sua mandíbula torcendo a cada pequeno momento, ele me olhou por cima da tela.

— Ele está fodido comigo.




eita, dando as caras por aqui depois de.. 1 ano? KKKKKKKK perdao, nem sei se alguém vai ler isso ainda😔😔 ontem me peguei lendo de madrugada e deu saudades de escrever, af

enfim, capítulo hj sendo narrado pela Anna, o que acharam? preferem apenas jade e arthur ou gostam da ideia de outros personagens narraram algumas partes da história?👀👀 tô de olho
e de volta tbKKKKKK ngm me para mais, bjo seus lindoos


Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora