ANNA
Nicolas não desgrudou de mim o dia inteiro, e quando eu digo o dia inteiro eu literalmente não estou brincando, a cada lugar que eu ia ele ia junto comigo, embora tentasse disfarçar isso, eu sabia que estava me perseguindo, a cada passo que eu dava ele dava um a minha frente.
talvez fosse a situação ontem mais cedo sobre Mason, na verdade era realmente sobre isso, ele não quer que eu fale com ele, ele não quer que eu toque ao nome dele, nada que se diriga a ele, Nicolas odeia
e eu meio que fugi dele agora, preciso respirar um pouco.
estamos em uma balada como de costume, e estou sentada aflita em um dos sofá que tem espalhado por aqui, as garotas estão dançando, bebendo, seja lá o que eu não sei, eu diria que sou a mais animada e extrovertida, mas desde ontem estou quieta, presa na bolha da minha cabeça e nos pensamentos, odeio pensar tanto, mas não consigo evitar.
hoje mais cedo foi estranho, bem estranho na verdade.
Jade e Arthur estavam normal um com o outro, quero dizer; estavam sem se afinetar e conversando como gente, diferente de algumas semanas e dias atrás, trocaram palavras, mas poucas também.
as meninas acham que eles se resolverem, mas não tenho a certeza disso, jade e difícil de lidar, embora seja minha amiga conheço o suficiente a peça para afirmar, cabeça dura demais.
cruzando as pernas e mudando o lado delas pela quinta vez, ou sexta, talvez setima? ok, não sei
mordo os lábios de cima olhando para meus pés, esse salto preto definitivamente não combina com a minha roupa, embora preto combine com tudo, acho que essa cor em si não combina, meu vestido e roxo e meus acessórios pratas, tudo e uma combinação.. estranha? não orna comigo.
— Argh! eu sabia que deveria colocar outro sapato, isso tá ridículo - falo comigo mesma baixo, ou pelo menos eu achei que foi baixo.
não o suficiente, um homem de pelo menos quarenta anos se aproxima de mim e se senta ao meu lado, não sei em certo sua idade, mas alguns frios grisalhos em seus cabelos denunciam que tem mais de trinta.
me afasto um pouco ao lado para lhe dar mais espaço e me afastar, ele me olha com seus olhos castanhos e parece sorrir com os olhos, embore isso seja tudo estranho eu sorrio de volta, sem mostrar os dentes.
— eu adorei, combinou com você. - franzi o cenho, até ele apontar aos meus pés, o salto.
soltei um "ah" um pouco alto quando entendi, se referiu ao salto e minha roupa, acho que escutou o que eu disse.
— obrigada. - agradeci gentilmente.
— nunca a vi por aqui pelo o que me lembre, primeira vez? - pergunta, interessado.
— ah, sim - disse — primeira vez aqui. - minha voz sooa meio desinteressada e seca.
não tô afim de conversar com ninguém agora, mas ele me parece gentil e eu totalmente ogra, me sinto meio mal, mas não ligo também.
parecendo entender que não quero papo ele só confirma lentamente com a cabeça e não diz mais nada, mas continua ao meu lado, ele olha para os lados e lambe os lábios, respiro fundo olhando para os lados e coloca as mãos sobre minha coxa, estou soando frio.
— ham, está sozinha aqui? ou tá com algum rapaz? - pergunta me olhando novamente, uma risada em meio a um suspiro e vindo de mim.
— se você está tentando flertar comigo desista, você não é meu tipo - digo — e não, não estou sozinha, não que isso seja da sua conta, mas estou com meus amigos, embora isso também não seja da sua conta. - sorrio falsa, perdendo um pouco da paciência.
ele arregala os olhos na mesma hora
— você não e daquelas fácil - ele riu. - ok, podemos lidar com isso.
— qual a merda do seu problema? e sério? vá se foder seu lixo. - cuspo as palavras em seu rosto e antes de eu sair vejo Nicolas aparecer em minha frente.
seus olhos estão em mim, mas principalmente no homem em minha frente, parecendo hipnotizado, preso com o olhar nele, ele morde a bochecha e força o maxilar.
— Nicolas vem. - e tudo que eu digo tentando puxar seu braço, porque sei exatamente no que vai dar.
ele solta sua mão da minha com força e meio que me empurra para o lado, seus olhos parecem pegar fogo e sei exatamente o que vai acontecer, ele parte pra cima do homem como se fosse um animal faminto, buscando por qualquer coisa.
não tenho tempo de raciocinar o suficiente e tudo que eu vejo e seus punhos cheios de sangue e o rosto do homem parece deformado.
— NICOLAS! - grito indo pra cima dele tentando separar, a multidão envolta da gente se formar e ninguém faz nada, apenas olha
ele não olha pra mim, ele apenas se mantém ocupado demais socando o rosto do homem que está abaixo dele agora, o homem tenta reagir e o empurrar, mas parece impossível quando Nicolas prende seus braços com uma mão acima da sua cabeça e o soca com a outra mão desocupada.
— porra, para com isso! - minha tentativa de puxar seu braço e falha e começo a gritar desesperada pra parar, o homem parece estar ficando inconsciente quando sua cabeça vai para um lado e para um outro, seus olhos se fecham e seu nariz escorre sangue a cada segundo, isso me desespera ainda mais.
as pessoas envolva da gente olha e cochicham entre si, alguns gravam, outros ri, mas ninguém faz nada, estamos em um pequeno espaço cheio de gente e ninguém tem coragem de separar, eu não dou conta.
alguém puxa meu braço e eu empurro sem saber quem é, jade puxa meu rosto para ele e me tira dali, me puxando para perto de si.
junto os meninos se juntam e tiram Nicolas de cima do homem, tudo e muito rápido e não consigo digirir nada direito, só vejo Arthur e Adam pegar ele pelo braço, as meninas chegam junto.
— porra, que merda aconteceu aqui? - escuto a voz de Luiza, mas não consigo abrir a boca pda dizer nada, nem mesmo estou processando a merda que aconteceu agora.
os segurança que estavam na parte de trás do local vem até o lugar em que estamos e vão direito verificar o pulso do homem, ele está desacordado.
eles falam alguma coisa que não consigo entender no radinho que estava ao seu bolso, e meu coração parece sair pela boca, olho para Nicolas que agora está de pé ao meu lado encarando o homem com ódio nos olhos.
eu nunca o vi dessa maneira, nunca.
meus olhos se enchem de lágrimas e Nicolas não demonstra nada através do seus olhos, não parece arrependido de nada do que fez, ele parece frio, suas mãos manchadas de sangue, seu rosto com respingo da cor vermelha, sua boca está meio cortada aparentemente o homem conseguiu lhe dar um soco ou arranhou, sua mandíbula parece quebrar cada vez que ele força, eu tenho medo dele agora
medo.
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Meu Melhor Amigo
Teen FictionEste livro conta a história de dois melhores amigos que se conhecem desde a infância e são extramente próximos e unidos. Ambos vivem de festa e farra é estão sempre em rolê com os amigos, os dois também nunca tiverem relacionamento sério com ninguém...