Capítulo 26, Busca

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Suki guiava Sokka pelo corredor em direção ao quarto de Zuko, desviando dos servos do palácio com destreza.

— Sokka, respira fundo e tenta se acalmar. — Suki aconselhou, sua voz suave mas urgente. — Há algo que você precisa ver, mas mantenha a calma, por favor.

— O que está acontecendo, Suki? Como você espera que eu me acalme com minha irmã desaparecida? — Sokka franziu a testa, sentindo um nó de ansiedade formar em seu estômago.

— Só... confia em mim. — Ela respondeu, seu tom um pouco mais tenso agora.

Quando chegaram ao quarto de Zuko, Sokka congelou na porta. Seus olhos se arregalaram e sua mão instintivamente foi para a espada ao ver Azula casualmente na mesma sala que seus amigos.

— O que... — Sokka começou, sua voz cheia de incredulidade e raiva. — O que essa lunática está fazendo aqui?

Zuko, Ty Lee e Azula se viraram para encarar Sokka.

— Calma aí, Sokka! — Ty Lee exclamou, tentando manter a paz. — Ela está aqui para ajudar a encontrar Katara. Só precisamos dar a ela uma segunda chance.

— Segunda chance? — Sokka gritou, puxando sua espada e apontando-a para Azula que levantou as mãos em um gesto de rendição, movendo-se para se esconder atrás de Ty Lee, que estava parada firmemente ao seu lado. — Vocês ficaram malucos? Essa mulher tentou nos matar várias vezes!

— Eu só estou querendo ajudar a procurar minha cunhada favorita. — Disse Azula com um sorriso irônico, que só aumentou a fúria de Sokka.

— Chega! — Zuko gritou, sua voz cortando a tensão como uma lâmina. Ele se aproximou de Sokka, colocando-se entre ele e Azula. — Não importa quem está ou não está aqui. O foco é Katara. Ela está desaparecida, e precisamos encontrá-la.

Sokka olhou para Zuko, vendo a determinação e o desespero nos olhos de seu amigo. Ele guardou a espada, e deu um passo para trás, ainda respirando pesadamente de raiva e frustração.

— Tudo bem. — Sokka disse, sua voz mais baixa e controlada. — Mas se ela fizer qualquer coisa suspeita, eu não vou hesitar.

Zuko assentiu, agradecendo silenciosamente a compreensão relutante de Sokka. Toph chegou acompanhada de Mestre Piandao, ambos com expressões sérias e determinadas.

— Não há sinais de Ozai ou Katara nas redondezas. — Pindao começou. — Questionei todos na prisão e os plebeus ao redor do palácio, nenhum deles mentiu, segundo Toph.

A notícia pairou pesada sobre o grupo, intensificando a preocupação no ambiente. Todos começaram a especular onde Katara poderia estar, mas as sugestões pareciam desesperadas e sem direção.

— Vocês verificaram os túneis onde papai se escondeu durante o Dia do Sol Negro? — Azula, que estava até então em silêncio, de repente ergueu a voz, chamando a atenção de todos.

A sugestão caiu como uma pedra na água, criando ondas de reflexão no grupo. Zuko franziu a testa, considerando a possibilidade.

— É uma boa ideia, Azula. — Ele disse, sem deixar de lado a cautela em sua voz.

— Precisamos verificar esses túneis o mais rápido possível. — Sokka assentiu, ainda desconfiado mas reconhecendo o valor da proposta.

— Eu vou escanear essa parte da ilha. Se houver sinais de vida abaixo da terra, eu vou encontrar. — Toph se adiantou, já se preparando mentalmente para a tarefa.

— Boa sorte, Toph. — Disse Mestre Piandao, colocando uma mão firme em seu ombro em um gesto de apoio, Toph acenou a cabeça e saiu da sala.

Mestre Piandao se aproximou de Azula, observando-a com um olhar avaliador mas gentil. Ele inclinou a cabeça levemente, um sorriso quase imperceptível nos lábios.

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