Capítulo 31, Orgulho

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Azula

Azula caminhou pelo palácio, parando por alguns segundos na porta do antigo quarto de Ursa, o cheiro familiar de ervas e flores a inundando instantaneamente. Ela abriu e parou na soleira, os olhos dourados escaneando o ambiente com cautela. Lá estavam eles: sua mãe, sentada ao lado de Zuko com Kiyi. O coração da princesa apertou de leve, mas Azula manteve a expressão fria, como uma máscara de festival que esconde o real dançarino.

Ursa, com um sorriso gentil, acariciava os cabelos da pequena Kiyi, que olhava para Azula de um jeito que a princesa achava estranho, irregular e um pouco intimidador.

— Kiyi... Você já deve os conhecer, Zuko, o Senhor do Fogo e Azula, a princesa. — Azula estava tranquila por fora, mas ainda não havia se acostumado em ouvir a voz tão suave e carinhosa da mãe. — Eles não são mais só seus soberanos, meu amor. São seus irmãos mais velhos, e agora você também é uma princesa da Nação do Fogo, Kiyi.

— Eu sou uma princesa? — A voz da pequena Kiyi transbordava empolgação, ela levantou em um pulo, assustando Azula. — Então eu posso ser tão forte quanto Azula?

Azula quase sorriu com a admiração da criança, mas se conteve por força do hábito. Kiyi demonstrava muita animação, isso incomodava Azula quase o mesmo tanto que satisfazia sua auto estima.

— Só depende de você. — Zuko respondeu, Azula percebeu que seu irmão mais velho estava mais estoico, mais cansado. Se alguma palavra pudesse descrever melhor como ele parecia, ninguém conhecia.

— Se quiser, posso arranjar um mestre para treinar você, além do Aang. — Ursa fez carinho nos cabelos da filha. — Seu irmão é ótimo com armas brancas, ouvi dizer que o mestre Pindao está na cidade. O que acha?

— Eu quero aprender tudo pra ser forte como eles dois. — Kiyi pulou animada, abraçando os dois irmãos como se fosse íntima deles a anos.

Azula ficou imóvel por um momento, não sabendo como reagir ao toque, mas seguiu o exemplo de Zuko e retribuiu desajeitadamente o calor da pequena.

— Agora vamos almoçar, crianças. Aang e os outros estão nos esperando. — Disse Ursa, em direção a porta.

Zuko

Após o almoço, Aang se levantou calmamente, chamando apenas o Time Avatar com um gesto de mão. Todos seguiram em silêncio para fora da sala, onde o ar do começo de tarde soprava levemente, criando uma atmosfera quase tranquila, mas o peso da tensão era palpável entre eles.

Aang parou e olhou para cada um de seus amigos com uma expressão séria, mas serena.

— Precisamos discutir nossa estratégia contra Yan Wang. — Começou ele, a voz baixa, mas firme. — Ele tem um plano de conquistar o mundo espiritual antes de expandir seu domínio no nosso plano material. E para isso, ele deve estar mirando figuras importantes de lá. Os espíritos que sustentam o equilíbrio.

— Mas isso a gente já sabia, ele te contou. — Sokka começou, recebendo uma cotovelada de Suki em seguida, que toma a fala. — Pode continuar Aang.

— Não sabemos até que ponto o inimigo já avançou, minha entrada no mundo espiritual pode ser perigosa... — Aang continuou, cruzando os braços. — Então vamos para o Monte Shén Nài, um local onde o espiritual e o material se conectam. É um deserto árido, onde o espírito Nuwa fez sua morada.

O nome fez o ar parecer mais denso, Zuko virou-se e percebeu seus amigos de olhos arregalados e levemente assustados.

— Nuwa... a criadora dos humanos. Aquele espírito assustador com corpo de dragão e rosto humano? — Katara perguntou, seu noivo pôde mais uma vez admirar a beleza dela, desde sua pele reluzente até seus cabelos em formatos de onda, Zuko amava cada detalhe dessa mulher.

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