Capítulo, 21 Depois da festa

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O caos se espalhou rapidamente pela área cerimonial do palácio. A multidão, tomada pelo medo e pela confusão, gritava e se empurrava em todas as direções. O som de passos apressados, gritos de desespero e ordens dos guardas tentando restaurar a ordem enchia o ar.

Sokka, com o coração acelerado, empurrava a multidão em sua corrida desesperada em direção à varanda onde Zuko e Katara estavam. A fumaça ainda era espessa, dificultando a visão e aumentando sua ansiedade.

— Katara! Zuko! — Sokka gritava, sua voz se perdendo no tumulto. Ele mal podia acreditar no que acabara de acontecer, sentia um medo esmagador pelo bem-estar de sua irmã e seu amigo.

— Vai ficar tudo bem, Sokka. — No meio da confusão, Sokka viu sua noiva, correndo ao seu lado com um olhar determinado e parcialmente tranquilizante. — Vamos encontrá-los juntos.

— Precisamos chegar lá rápido — Sokka murmurou, mais para si mesmo do que para Suki. — Eles podem estar feridos.

Enquanto corriam, desviando das pessoas e dos destroços, o pânico no coração de Sokka começava a se transformar em uma determinação feroz. Acabou empurrando com força um dos guardas da Nação do Fogo, não podia correr o risco de nenhum terrorista disfarçado chegar primeiro no casal.

Sokka e Suki chegaram finalmente à varanda, onde a visão diante deles os fez parar bruscamente. Uma parede irregular de terra se erguia, protegendo a área onde Zuko e Katara haviam estado momentos antes. Sokka respirou fundo, sentindo uma onda de alívio e esperança.

— Toph... — Suki murmurou, reconhecendo o trabalho inconfundível da dobradora de terra.

— Finalmente! Não ia soltar eles dois até chegar gente de confiança pra me apoiar fazendo a segurança. — Toph abriu a parede de terra, revelando Zuko abraçando Katara, ambos estavam visivelmente abalados.

— Zuko! Katara! — Sokka exclamou, abraçando a dupla.

Zuko sorriu com alívio para o cunhado, sem soltar Katara, que estava tremendo ligeiramente, não de medo, mas de raiva.

— Estamos bem, Sokka — Zuko disse, sua voz rouca, mas firme. — Graças à Toph.

— Me agradeça depois, faísca. — Toph respondeu distante, tentava procurar a posição de quem atacou o casal de amigos no meio da multidão.

— Eu sabia que vocês estariam bem. — Sokka disse, tentando manter a calma, embora seu coração ainda estivesse acelerado. — Foi por pouco, mas temos que descobrir quem fez isso e por quê.

— Precisamos colocar a segurança do palácio em alerta máximo! — Disse Suki, se aproximando e examinando a área ao seu redor. — Quem quer que tenha feito isso pode tentar novamente.

Zuko assentiu, finalmente soltando Katara, mas sem sair de perto dela, ele se virou para Sokka e Suki, a determinação e imponência de Senhor do Fogo queimava em seu olhar.

— Precisamos descobrir quem está por trás disso e garantir que não consigam atacar novamente. — Zuko se parecia mais determinado do que jamais esteve.

— Vamos cuidar disso juntos. — Sokka colocou a mão no ombro do cunhado. — Ninguém vai machucar nossa família.

Zuko caminhou até a beira da varanda, onde a multidão ainda estava em pânico. A visão das pessoas apavoradas e confusas o encheu de determinação. Ele ergueu a mão, chamando a atenção da multidão, e sua voz ressoou forte e clara, cortando o caos.

— Cidadãos da Nação do Fogo, Tribos da Água e Reino da Terra! — Começou Zuko, sua voz projetando confiança e autoridade. — Peço que se acalmem e ouçam minhas palavras.

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