O caos se espalhou rapidamente pela área cerimonial do palácio. A multidão, tomada pelo medo e pela confusão, gritava e se empurrava em todas as direções. O som de passos apressados, gritos de desespero e ordens dos guardas tentando restaurar a ordem enchia o ar.
Sokka, com o coração acelerado, empurrava a multidão em sua corrida desesperada em direção à varanda onde Zuko e Katara estavam. A fumaça ainda era espessa, dificultando a visão e aumentando sua ansiedade.
— Katara! Zuko! — Sokka gritava, sua voz se perdendo no tumulto. Ele mal podia acreditar no que acabara de acontecer, sentia um medo esmagador pelo bem-estar de sua irmã e seu amigo.
— Vai ficar tudo bem, Sokka. — No meio da confusão, Sokka viu sua noiva, correndo ao seu lado com um olhar determinado e parcialmente tranquilizante. — Vamos encontrá-los juntos.
— Precisamos chegar lá rápido — Sokka murmurou, mais para si mesmo do que para Suki. — Eles podem estar feridos.
Enquanto corriam, desviando das pessoas e dos destroços, o pânico no coração de Sokka começava a se transformar em uma determinação feroz. Acabou empurrando com força um dos guardas da Nação do Fogo, não podia correr o risco de nenhum terrorista disfarçado chegar primeiro no casal.
Sokka e Suki chegaram finalmente à varanda, onde a visão diante deles os fez parar bruscamente. Uma parede irregular de terra se erguia, protegendo a área onde Zuko e Katara haviam estado momentos antes. Sokka respirou fundo, sentindo uma onda de alívio e esperança.
— Toph... — Suki murmurou, reconhecendo o trabalho inconfundível da dobradora de terra.
— Finalmente! Não ia soltar eles dois até chegar gente de confiança pra me apoiar fazendo a segurança. — Toph abriu a parede de terra, revelando Zuko abraçando Katara, ambos estavam visivelmente abalados.
— Zuko! Katara! — Sokka exclamou, abraçando a dupla.
Zuko sorriu com alívio para o cunhado, sem soltar Katara, que estava tremendo ligeiramente, não de medo, mas de raiva.
— Estamos bem, Sokka — Zuko disse, sua voz rouca, mas firme. — Graças à Toph.
— Me agradeça depois, faísca. — Toph respondeu distante, tentava procurar a posição de quem atacou o casal de amigos no meio da multidão.
— Eu sabia que vocês estariam bem. — Sokka disse, tentando manter a calma, embora seu coração ainda estivesse acelerado. — Foi por pouco, mas temos que descobrir quem fez isso e por quê.
— Precisamos colocar a segurança do palácio em alerta máximo! — Disse Suki, se aproximando e examinando a área ao seu redor. — Quem quer que tenha feito isso pode tentar novamente.
Zuko assentiu, finalmente soltando Katara, mas sem sair de perto dela, ele se virou para Sokka e Suki, a determinação e imponência de Senhor do Fogo queimava em seu olhar.
— Precisamos descobrir quem está por trás disso e garantir que não consigam atacar novamente. — Zuko se parecia mais determinado do que jamais esteve.
— Vamos cuidar disso juntos. — Sokka colocou a mão no ombro do cunhado. — Ninguém vai machucar nossa família.
Zuko caminhou até a beira da varanda, onde a multidão ainda estava em pânico. A visão das pessoas apavoradas e confusas o encheu de determinação. Ele ergueu a mão, chamando a atenção da multidão, e sua voz ressoou forte e clara, cortando o caos.
— Cidadãos da Nação do Fogo, Tribos da Água e Reino da Terra! — Começou Zuko, sua voz projetando confiança e autoridade. — Peço que se acalmem e ouçam minhas palavras.
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Não existem acidentes
RomanceÀs vezes, nem mesmo com todo o poder do mundo, pode-se fugir do destino. Aang sabia disso muito bem, mas acreditava fielmente que seu destino era com Katara, desde o momento em que saiu daquele domo de gelo e seus olhos infantis encontraram a profun...