Capítulo 6, Problemas

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O Time Avatar estava reunido ao redor de uma grande mesa, desfrutando da comida suculenta e do clima descontraído. No entanto, Suki notou algo estranho. Katara, normalmente vibrante e falante, parecia distante e irritada. Ela observou a mestra da água mexer a comida em seu prato, perdida em pensamentos.

Enquanto isso, Zuko estava sentado sozinho no balcão improvisado, bebendo de uma garrafa de uísque de fogo. Zuko costumava ser reservado, mas sua escolha de encher o copo repetidamente não passou despercebida.

Sokka, sempre atento às dinâmicas do grupo, percebeu a tensão e decidiu agir. Ele levantou da mesa discretamente e se aproximou de Zuko, que estava encarando o horizonte com expressão séria.

— Ei, amigão, está tudo bem? — Sokka colocou a mão suavemente no ombro do amigo.

— Oi... — Zuko ergueu o olhar para o amigo, seus olhos dourados revelando um misto de cansaço e algo mais profundo.

— Não acha que já bebeu demais, Zuko? — O olhar preocupado de Sokka conseguiu deixar o Senhor do Fogo ainda mais baixo astral do que o comum.

— Eu só preciso de um tempo sozinho, Sokka. Nada para se preocupar. — Seu longo suspiro preocupou ainda mais seu amigo, não convencido pela resposta de Zuko. Enquanto isso, Katara observava discretamente a cena, sem tirar os olhos deles.

— Se você quer agir como criança, tudo bem. — Sokka pegou o copo de Zuko e jogou o líquido pela janela.

— Me deixa em paz! — O tom de voz irritado do Senhor do Fogo fez Sokka fechar a cara para ele.

— Zuko, você já bebeu o suficiente. O que está acontecendo? — O príncipe da Aldeia da Água do Sul tinha um tom de voz imponente quando sério.

Zuko hesitou, respirando fundo, seu silêncio mostrava que Sokka realmente tinha razão em se preocupar. O Senhor do Fogo refletia como tinha deixado sua raiva tomar o controle de novo, como um iniciante.

— Mai tentou me beijar nas fontes termais, ela começou a falar do passado e eu não... Eu não consegui afastar ela, mas também não correspondi. Agora ela simplesmente sumiu e eu não sei o que fazer.

Katara permanecia em silêncio, observando o Senhor do Fogo com olhos críticos. Suki notou a mudança na atmosfera e trocou um olhar inquisitivo com Katara que se levantou e se aproximou da dupla.

— Zuko, eu entendo que a situação com Mai está difícil, mas beber até esquecer não vai resolver nada. Você precisa esquecer isso... Ela te beijou, ela foi atrás de você. Aproveita que a gente tá aqui e não deixa ela roubar sua paz, parceiro. — Zuko concordou com a cabeça, percebendo que Sokka estava certo. Enquanto isso, Katara decidiu expressar sua frustração de uma maneira menos discreta.

— Aposto que a nobreza do Fogo sempre teve esse comportamento. Acreditam que o mundo gira ao redor deles. — Sokka e Zuko trocaram olhares confusos. Suki arqueou uma sobrancelha, percebendo a tensão crescente e se juntando a Katara.

— O que você quer dizer com isso? — Zuko franziu a testa, surpreso pela raiva nas palavras de Katara.

— Nada, apenas observando. Algumas pessoas pensam que são especiais demais. — Katara respondeu, ignorando os sinais de Suki a mandando parar.

— Não estou com disposição para isso agora, Katara. — Zuko se virou indo embora para seu quarto, cansado desta situação.

— Claro, porque o nobre Senhor do Fogo tem coisas mais importantes para se preocupar, não é? — Zuko não ouviu a última provocação de Katara antes de ir embora.

— Katara, acho que todos aqui têm seus próprios problemas. Talvez seja melhor resolver as coisas de maneira mais direta, em vez de jogar indiretas. — Suki interviu com calma, entendendo a raiva da amiga e não querendo piorar a situação

Não existem acidentesOnde histórias criam vida. Descubra agora