Na agência bancária PNC, localizada em Orlando onde Allan trabalha, eles têm na parte externa vários caixas eletrônicos. E o caixa eletrônico de número três, volta e meia dá pane. Os funcionários estão tão acostumados com isso que já apelidaram a máquina de "Lindsay", em referência à atriz Lindsay Lohan, já que ela vive dando problemas o tempo todo.
Um dia, a garota que orienta os clientes nos caixas eletrônicos, veio chamar Allan, pois não somente funcionário do banco, ele também era o técnico responsável. O problema era que a "Lindsay" tinha engolido o cartão de uma cliente e não queria devolver. Allan já saiu de sua sala com as chaves das máquinas, para resolver qualquer eventual problema gerado pelas mesmas.
Ao lado da máquina, estavam duas mulheres estilo socialites, uma mais jovem de mais ou menos quarenta anos e outra entre cinquenta e cinco ou sessenta e cinco anos. O jovem de vinte e cinco anos não reparou nelas, pois estava mais preocupado em tirar o cartão magnético. Ele tentou de um jeito, tentou de outro e no final só teve uma solução: desligar a máquina, abri-la e pegar o cartão manualmente. Após abrir o caixa eletrônico, o jovem devolveu o cartão e se desculpou pela máquina ter dado tantos transtornos para as duas. Elas só sorriram e agradeceram.
Semanas depois, Allan estava fazendo compras num supermercado. Ele estava calculando a vantagem de comprar cervejas em pacotes, quando notou que alguém queria passar e o carrinho que ele estava colocando suas compras, obstruía o caminho. O jovem foi correndo tirar, se desculpando. Eram duas mulheres vestidas com roupas bastante simples, do dia-a-dia e uma delas disse:
– Oi, você não trabalha no banco PNC?
– Trabalho sim.
Allan respondeu só então dando uma checada nas duas. Ele não se lembrava delas, porque como atendem muitas pessoas todos os dias, é mais fácil o cliente guardar as feições dos funcionários, do que eles as delas. E a mais jovem, toda sorridente continuou:
– Então foi você que tirou o cartão da minha sogra, que estava entalado no caixa eletrônico.
O jovem teve uma vaga lembrança do episódio, se bem que, já cansou de tirar cartões que a "Lindsay" resolve engolir. Elas eram morenas de cabelos pretos e pele alva como a Branca de Neve, sendo que a mais velha olhava para Allan de maneira simpática. E a mais jovem, que deveria ser a nora, pois não tinha como ser filha pela diferença de feições era conversadeira de marca maior, pois falava sem parar. Ele se despediu delas e foi continuar suas compras.
O jovem estava na fila do caixa, quando as duas chegaram e ficaram atrás dele. Ele acabou dizendo o nome dele e soube que a mais nova se chamava Berenice e a outra Madeleine. O incrível é que o jovem logo ficou sabendo que Berenice era casada, o marido funcionário público, tinha duas filhas e a sogra, viúva, morava com eles. Berenice falava sem parar.
Por educação, Allan deixou elas passarem na frente dele, apesar do carrinho de compras estar quase vazio perto do delas. Ao passar pelo caixa, elas pareciam esperar alguém. E esse alguém, era justamente eu.
– Você está de carro?
– Sim, estou. – O jovem respondeu.
– Ah, bom, senão nós íamos dar carona pra você.
Uns dias depois, ligaram para Allan na agência. Era a Berenice:
– Allan? Oi, é a Berenice. Encontramo-nos no supermercado, lembra?
– Oi, dona Berenice. Pois não, no que posso servi-la?
Atendi conforme as normas do banco, bastante rígidas no trato com os clientes.
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SENHORAS - contos eróticos para mulheres ativas
ChickLitSe você é uma mulher com madeixas prateadas que nunca viveu algo proibido e pecaminoso com homens mais novos ou jovens, esse livro vai te mostrar casos que acontecem bem ali, pertinho de você. São casos proibidos, pecaminosos, pervertidos e quase se...