DESEJOS DE UMA MULHER NA TERCEIRA IDADE.

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Setenta anos. No dia do aniversário de Dolores esse número pesou. A mulher que já foi freira, deixou o convento para se casar com um homem bem sucedido, começou a trabalhar na empresa do marido, se aposentou, deu a parte dos filhos na herança e foi morar com o marido na Flórida, fez um retrospecto de sua vida, deitada na banheira, enquanto lentamente passava a mão pelo próprio corpo e tomava um bom vinho italiano.

Ela ainda se sentia bonita: corpo bem feito, alta, seios firmes resultado de um implante pago pelo próprio marido, na esperança de que o desejo dele voltasse, mas estava infeliz. Casada há quarenta anos, dois filhos casados, um marido bem de vida e uma vida sexual praticamente inexistente. Nas conversas com as amigas sentia inveja quando contavam suas aventuras, suas escapadas dos maridos, seus orgasmos, e ela, com um sorriso sem graça, lembrava de uma vida de fidelidade, junto com um homem bom, mas cujo conceito de sexo, quando ainda fazia ainda seguia os princípios da igreja luterana dos anos 50, onde sexo era só pra procriar.

Dolores estava cansada dessa estabilidade financeira e instabilidade sexual. Mesmo em suas raras masturbações, o fantasma do proibido sempre acabava limitando seu próprio prazer. Sua mão desceu pelo corpo até encontrar sua xota. Ela sentiu os poucos pelos curtinhos espinharem seus dedos. A marca do sol de uma manhã à beira da piscina deixava a pele mais sensível ao toque.

Após tocar o próprio sexo, ela sentiu seus mamilos formigarem. E quase não se perdia nos próprios pensamentos lascivos, quando ouviu um barulho na sala. Rapidamente a mão dela subiu como se o cérebro alertasse que estava fazendo alguma coisa errada.

Uma de suas empregadas bateu na porta de sua suíte, avisando que o técnico do ar condicionado tinha chegado. Dolores avisou que estava no banho, mas que ele poderia entrar no quarto e fazer o conserto. Ela então trancou a porta do banheiro. Ouvi alguns diálogos entre a empregada e outra pessoa e em seguida o barulho de alguém em seu quarto.

Era excitante para aquela senhora de setenta recém-completados anos, estar nua, com a mão acariciando o sexo, com um estranho ao lado, sendo que apenas uma parede os separava. O desejo dela aumentou ainda mais. Ela sai da banheira e começou a se secar. Dolores olhou seu corpo no espelho. Mamilos durinhos, coxas bem torneadas, pelos pubianos depilados, ficando apenas um filete que indicava o caminho do prazer que os homens devem seguir. Ela quase achou engraçado esse pensamento, porque mesmo indicando o caminho, ninguém seguia.

Ela olhou ao redor, se enrolou na toalha e ficou pensando: como sair? Um estranho no quarto e ela nua... Nua não: quase nua, pois tinha a toalha. De novo ela achou engraçado, pois pelo menos depois de anos e anos de casamento morno e frio, algum homem olharia para ela, mesmo que fosse por curiosidade. Isso porque nem seu marido fazia mais.

Quase com raiva por lembrar do marido, Dolores abriu a porta. A toalha dela enrolada acima dos seios deixava em dúvida o que esconder. Os seios? As pernas? O rosto? Ela não sentiu vergonha e abriu um sorriso dizendo "bom dia", ao cumprimentar um jovem, que deveria ter uns vinte e cinco anos, negro de pele clara da cor de café com leite. O jovem parecia alto, embora não desse pra Dolores saber direito, pois ele estava no terceiro degrau de uma escada.

O sorriso dele retrucando o bom dia de Dolores deixou a mulher ver uns dentes lindos. Assim que viu aquele sorriso, ela sentiu um forte desejo de beijar aquela boca. Seu corpo estava precisando urgente de carinho, de carícias, de toques, de pele contra pele, enfim: de sexo.

Ela nem entendeu direito quando o jovem mencionou que poderia sair se ela quisesse se trocar. Sair? Ele estava louco. Aquela situação excitava Dolores, do mesmo jeito que a excitava nos tempos do convento. A mulher não queria parar. Ela queria continuar ali, pois nem ela mesma se conhecia mais.

Dolores levantou a mão e fez sinal que não, continuando parada olhando aquele jovem homem a dois metros dela. Seu olhar indiscreto percebeu que ele dava sinais de excitação. Ela ficou em êxtase, porque com setenta anos ainda podia provocar uma ereção em segundos. Estava sem saber o que fazer. O desejo que se apagou após sair do convento e emendar um matrimônio, tomava conta novamente daquele ser. Um calor no meio das pernas dela indicava que Dolores estava úmida de desejo. Eram milhões de pensamentos em uma fração de segundos.

Dolores não falou uma palavra. Em uma fração de segundos ela se aproximou da escada e ficou encarando aquele homem, olhando nos olhos enquanto suas mãos trêmulas abriam o zíper da calça do jovem técnico. Ela chegou até mesmo a pensar que estava sonhando ou tinha enlouquecido. A calça do jovem desceu e ele ficou só de sunga e camiseta, no terceiro degrau da escada. O volume do pau na cueca indicava que ele estava totalmente excitado. Dolores baixou a cueca e saltou quase em sua cara, um pau ereto. Era o segundo que ela via ao vivo em sua vida pós-convento. Um parâmetro de comparação era com o de seu marido. Bem diferente. Uma cabeça maior, um pouco mais comprido, mas principalmente, bem mais grosso.

Dolores não hesitou e colocou a boca nele. O gosto de suor, misturado com cheiro de sexo a deixou ainda mais excitada. Mas ela não conseguiu engolir ele todo. Era muito grosso e comprido. Ela cuspiu, molhou, chupou e lambeu com tanta vontade que ela mesma se desconhecia, pois depois que largou o convento, nunca mais tinha feito isso assim.

Dolores continuou chupando, e viu que o jovem não resistiria muito tempo. Ela não se importou. Queria sentir o prazer de um gozo em sua boca. Queria saber que gosto tinha. Ela nunca fez isso com o marido e depois de quarenta anos de casada, agora faria com um estranho. Os pensamentos dela voltaram para a realidade, quando um jato quente de esperma bateu em sua garganta. Ela continuou chupando aquele pau gostoso e bebendo tudo que de jovial ele lhe dava. Era tanto leite que um pouco escorreu pelo canto da boca. Os olhos dela abriram encarando aquele jovem de apenas um quarto de século. Ele estava se segurando na escada. Era quase engraçado.

Dolores pegou-o pela mão e o ajudou a descer da escada. E sem uma palavra, ela deitou na cama já sem toalha e abriu bem as pernas. O jovem técnico entendeu e suavemente pousou a língua dele em sua vagina. Ela latejava. Estava tão excitada que o liquido corria pelas pernas. A língua chapada do jovem percorria toda a extensão. O corpo daquela senhora tremia. Os lábios vaginais inchados anunciavam a saturação de sangue. Pela primeira vez em muitos anos, Dolores se sentiu viva e se sentiu desejada.

Ofegante, ela sussurrou um quase inaudível "vem". O jovem novamente entendeu e o pau dele, já duro novamente, posicionou na entrada daquela xota que apesar das marcas no rosto de sua dona, parecia intacta. Com as mãos nas nádegas dele ela puxou o corpo do jovem para dentro do dela, sentindo aquele pau abrir a xota dela. Quanta diferença: mais duro, mais grosso, maior, mais lindo, mais desejo, mais prazer, mais tudo.

Cada movimento que o jovem fazia, o corpo de Dolores estremecia de prazer. Ela teve um orgasmo estrondoso. Ela gritou, mordeu, apertou o jovem e ele impassível, continuava a invadindo sem pena. O prazer daquela mulher não passava. O orgasmo continuava, e ela teve outro, e outro e mais outro. Ela nunca tinha sentido aquilo. As estocadas eram mais fortes, os sentidos iam ficando mais sensíveis, e seus orgasmos ainda mais intensos. Aquilo continuou até Dolores sentir um jato em seu útero. Os movimentos foram parando, e ela entrando em um gostoso estado de relaxamento e contemplação. Os dois ficaram abraçados mais um tempo, e Dolores nem percebeu que tinha começado a dormir, um merecido e profundo sono que há anos não dormia.

Dolores acordou, horas mais tarde, com um lençol sobre seu corpo. Não havia mais ninguém no quarto. A escada tinha sumido. Ela se levantou, achando que tinha sonhado. Mas um líquido escorrendo da xota dela revelou a verdade. Dolores colocou a mão e primeiro cheirou. Depois ela colocou na língua. E sorriu, pois aquele gosto ainda estava em sua memória.

Ela então colocou um vestido e foi pra sala. Uma de suas empregadas, antes que ela dissesse qualquer coisa, avisou:

- O rapaz do ar condicionado disse que a senhora saiu do banho e pediu pra ele vir amanhã, que a senhora queria descansar um pouco. O que eu digo para o seu marido, pois ele vai ficar bravo que o ar não vai funcionar hoje?

Quase sorrindo, ela respondeu.

– Diga pra ele dormir no quarto de hóspedes, lá o ar funciona. No meu quarto vai demorar o conserto.

E Dolores voltou pro quarto dela para descansar. Afinal, setenta anos pode ser o inicio de uma nova vida. Isso sem, contar que ela precisava estar descansada para o que viria depois.

SENHORAS - contos eróticos para mulheres ativasOnde histórias criam vida. Descubra agora