Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, sempre foi conhecido por sua dedicação e foco absoluto no futebol. Porém, ele não esperava que sua vida tomaria um rumo inesperado quando conhece Olivia Mancini, a jovem Vice-Presidente e Chefe da área de Mídias...
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ABEL ON São Paulo, Academia de Futebol
Hoje seria a premiação do Paulistão Sicredi 2024, então o treino foi planejado para ser um pouco mais leve, para garantir que todos estivessem descansados para o evento.
Eu e Martins observamos o treino, vendo os jogadores se aquecendo e praticando jogadas táticas. O clima estava descontraído, então aproveitamos a oportunidade para discutir o desempenho dos atletas de maneira mais leve.
– Gabriel Menino?
– Parece que finalmente está acertando aqueles cruzamentos que a gente tanto pediu. - respondeu Martins.
Eu ia perguntando sobre os jogadores e ele ia respondendo de acordo com o seu ponto de vista.
– Raphael Veiga? Parece que ele está com a mira afiada nos chutes de longa distância. - argumentei
– Sim, vi isso também. Ele acertou três seguidas no ângulo, está com o pé bem calibrado.
– Joaquín Piquerez?
– Hoje ele está tão leve que quase parece flutuar no campo, aquele drible sobre o Zé Rafael foi coisa de cinema.
– Dudu? Ele está tão tranquilo que parecia que estava jogando uma pelada de fim de semana com os amigos.
– Sim, mas com a diferença que ele não errou uma. Até o Castanheira elogiou, e você sabe que ele não elogia fácil. - Martins fala rindo.
– Richard Rios?
– Você sabe a minha opinião sobre o Richard, voltou da Copa América se achando a estrela e que iria cair uma chuva de oportunidades. Viu que não é isso que está acontecendo, se frustrou e agora não está jogando como deveria ou se esforçando como se esforçou para a seleção colombiana.
– É, João. Ele tem que entender que não está mais na Copa, isso aqui é Palmeiras, ele precisa acordar.
– Treinos como o de hoje são importantes. Manter a leveza e o bom humor é essencial para a moral do time, tenta usar isso para conversar com ele.
– Vou fazer isso. - disse e continuamos avaliando o treino, fazendo anotações e discutindo sobre possíveis escalações.
Aproveitei que o treino havia terminado e os jogadores já estavam saindo do vestiário para ter uma conversa com o Richard.
– Richard, posso falar com você um minuto? - caminhei e me sentei ao seu lado.
– Claro professor, o que você precisa?
– Tenho notado que seu desempenho caiu um pouco desde a Copa América. Estava conversando com a comissão técnica e achamos que seria bom discutir isso com você.
– Eu sei professor, não é fácil manter o mesmo nível depois de um torneio tão intenso. Às vezes, sinto que estou tentando forçar demais. - respondeu, meio nervoso.
– Entendo. A Copa América foi um grande desafio e é normal que isso afete o desempenho, o importante agora é encontrar o que pode estar causando essa queda e trabalhar para melhorar.
– Às vezes, sinto que não estou conseguindo encaixar no estilo de jogo que a equipe está adotando, não estou conseguindo me conectar de novo com os outros jogadores.
– Isso pode ser um fator... A equipe evoluiu e o estilo de jogo também mudou um pouco. Talvez seja uma questão de adaptação, vamos trabalhar para que você se sinta mais confortável em campo.
– Eu apreciaria isso, quero muito voltar a ser o jogador que você sabe que eu posso ser.
– E eu tenho certeza de que você vai conseguir. Vamos analisar mais detalhadamente o que pode estar causando esses problemas e ajustar seu treinamento. Além disso, se precisar de algo específico ou tiver alguma dificuldade, não hesite em me falar.
– Obrigado professor, vou me dedicar ainda mais e tentar fazer as correções necessárias.
– Isso é o que eu quero ouvir. Lembre-se de que é um processo, e todos nós passamos por altos e baixos. O importante é continuar trabalhando e acreditar no seu potencial.
– Pode deixar, vou fazer o meu melhor para recuperar o ritmo.
– Ótimo. Agora, vá se preparar para a premiação mais tarde, você merece estar lá, e todos sabemos do seu talento. Vamos dar o melhor de nós.
– Vou ir para casa me preparar, obrigada pela conversa, professor! - agradeceu e me deu um breve abraço.
– De nada, vamos em frente e mostrar nosso melhor. - retribuo o abraço e saio em direção a minha sala.
Passei a tarde inteira na minha sala, revisando relatórios, estatísticas e possíveis reforços. Quando chegou a hora de me preparar para a premiação, organizei a sala e fui até o vestiário para me arrumar, já que os meus pertences estavam no vestiário.
– Olivia, eu... não sabia que você estava aqui. - disse, desconcertado assim que eu notei a presença dela ali.
– ABEL! - gritou, devido ao susto em me ver.
Virou de costas para eu não olhar o seu corpo mas esqueceu que estava apenas de calcinha, me dando visão do seu bumbum empinado. Fiquei vidrado encarando o seu corpo mas logo alcançou o roupão e vestiu, me despertando do transe.
– Abel, o que você está fazendo aqui? Pensei que o vestiário estivesse fechado só para mim. - questionou.
– Desculpe por isso, mas não estava fechado... Não sabia que você estaria se trocando aqui. - disse, sincero. Eu realmente não esperava que ela estivesse aqui.
– Não tem problema... Eu estou me preparando para o evento aqui no CT mesmo, e pelo jeito você também né? - perguntou.
– Sim... bom... - desviei o olhar, tentando respeitá-la. – Vou pegar o que preciso e sair, se precisar de algo, me avise. - disse, indo até o meu armário e pegando os meus pertences.
– Obrigada Abel. Mas por favor, da próxima vez, bata na porta antes de entrar.
– Com certeza! E desculpe mesmo por isso, de novo... - pedi desculpas novamente e saí em seguida.
Meu Deus, não consigo acreditar que isso aconteceu. Que corpo impressionante, que mulher perfeita.
Cheguei primeiro ao evento e fiquei com a Leila, mas logo Olivia se juntou a nós. Fiz o possível para manter um clima leve e agradável, para que não houvesse mais desconforto entre nós após o episódio vergonhoso.
O evento estava animado, e eu fiquei muito feliz por ter ganhado o prêmio de Melhor Técnico.
No final da festa, saí logo após Olivia e a vi passando mal, imediatamente fui até ela para oferecer ajuda.
– Ei, Olivia, você está bem? Precisa de ajuda? - perguntei segurando a mesma pela cintura mas não obtive resposta, Olivia desmaiou em meus braços.
Segurei Olivia nos braços e a levei até o meu carro, colocando-a no banco do passageiro. Tentei chamá-la várias vezes, mas ela não respondia.
Paguei o estacionamento para deixar o carro dela guardado e, em seguida, segui para minha casa. Ela parecia estável, com sinais vitais normais, se ela acordar e continuar se sentindo mal, vou levá-la para o hospital.
