Gabriel - BielLevanto meio cansado, ainda sem entender o por que eu estou na casa do Kaká e como caralhos vim parar aqui.
Minhas memórias sobre a noite passada ainda está vaga e muito confusas, mas a ressaca de agora me confirma um fato: eu bebi pra caralho.
Molho o rosto na pia, me encarando no reflexo do espelho. Minha situação está melhor do que pensei, Kauê deve ter me ajudado ou algo assim.
— Cara, próxima vez eu te boto pra dormir no chão e eu na cama — Kauê aparece no banheiro, se espreguiçando. —
— Como eu vim parar aqui? — Vejo ele tirar a roupa e entrar no box.
— De madrugada apareceu na minha porta, quando abri você pulou em mim e me beijou — Ligou o chuveiro. — Depois ficou chorando e falando uma ruma de coisa
— Oh porra — Cubro o rosto, percebendo a merda que fiz.
— Onde que cê tava antes de vir aqui, em? Tava com mó cheirinho de porra, fedendo pra caralho — Deu uma risada.
— Não faço ideia! Minha mente apagou tudo que aconteceu antes
— Iih, daqui a pouco tu lembra e o arrependimento bate — Saiu do box,e se enrolou na toalha. — Bebida nunca faz a gente transar com quem a gente quer transar
— Nem sempre, um dia desses ela me fez te comer — Me deu um tapa, saindo do banheiro.
— Vai falando, otário. Uma hora eu arranco teu pau — Dou uma risada baixa pela sua fala.
Resolvo tomar um banho, tenho que lembrar o que fiz ontem, não posso simplesmente voltar a viver sem saber o que fiz.
Caique - cotoco
- casa dele -Acordo em um pulo, sentindo minha cintura, bunda, quadril... Doer pra caralho, tipo, muito mesmo.
Lembro que ontem a noite bebi com o Biel aqui em casa, conversamos por um tempo enquanto bebíamos muito, e depois... TRANSAMOS? Puta merda, não acredito.
Corro até o banheiro, meu corpo está cheio de chupões, arranhões e marca de mão. Ai Deus, me diz que é mentira.
Pego o celular que estava em cima da cama, que por sinal tá toda bagunçada, suja e... Porra, essa desgraça é o caralho da prova que eu fudi com o Biel.
Mando mensagem para ele, perguntando se ele sabia o que tinha acontecido na noite passada. Eu sei que sim, mas quero acreditar que não.
Tomo um banho muito demorado, limpando cada canto do meu corpo. Sei que estávamos bêbados, e que pessoas bêbadas fazem merda, mas tinha que ser logo isso?
O pior vai ser quando o Kaká descobri, sei que eles não tem nada, mas tão nessa onda do cacete deles dois, e eu não quero mesmo ficar no meio disso.
A tarde tinha passado e eu não vi nenhum deles, nem mesmo Buda e o batata apareceram.
Fiquei na minha o tempo todo, Gabriel ainda não tinha respondido a minha mensagem, nem mesmo visualizou essa desgraça.
— Tá mal de novo, Caique? — Patrão pergunta, saindo da boca.
— Só com uma ressaca do caralho, patrão — me olhou rindo, fazendo um gesto com o dedo para eu segui-lo.
— Tu tá aparecendo um morto-vivo, quer almoçar? — Concordo rapidamente. Tô com uma larica do caralho.
Nós fomos para o lugar de sempre, e lá encontramos o marido do loló e do Th. Patrão ainda foi cumprimentar eles, mas eu fiquei mais na minha, não tenho intimidade com eles.