Davi - dlNunca pensei que isso doesse tanto. Vai se Fuder.
Os soluços saiam abafados por conta do travesseiro, e minha garganta dói do tanto que eu já chorei.
Merda. Nunca me imaginei chorando por homem.
Luan acaricia minha cabeça, dizendo palavras de consolação. Meus olhos doíam e estavam, com toda certeza, muito inchados.
— Explica o que esse arrombado fez,Davi — Luan pede, se deitando do meu lado.
— Eu encontrei uma mulher na cama dele. — Ele levanta bruscamente — O carro dele deu prego, então ele decidiu ficar lá fora para ajeitar. Eu entrei primeiro e pá, quando cheguei no quarto dele, tinha uma mulher semi-nua lá.
— O pior é que eu acho que os vapores que ficam de guarda sabiam de tudo. — Ele levanta — Onde cê vai?
— Falar com o filho da puta do Thiago — Nego rápido, segurando a mão dele.
— Não. Não até EU conversar com ele. Ainda tô com a cabeça quente, só vou conversar quando eu tiver tranquilo — Ele me encara, concordando com a cabeça.
— Eu espero, do coração, que seja um mal entendido — Ele fala, voltando a se sentar ao meu lado.
— Quem dirá eu
Thiago - Th
— QUE PORRA ACONTECEU?! — Grito, fazendo eles se assustarem.
O silêncio se fez presente, suspiro alto tentando não surtar. Olho para dentro da minha casa, arregalando os olhos ao ver quem estava lá.
Aline.
Entro com tudo, batendo a porta, quase quebrando a mesma. Puxo alynne pelos cabelos, jogando ela no chão.
— POR QUÊ VOCÊ TÁ, ALINE? — Ela ri.
— O baby, está putinho por causa daquele branquelo? — Ajeitou os cabelos — eu sou bem melhor que ele. Tenho certeza que aquele viadinho não sabe nem fazer um boquete descente.
Puxo a glock da minha cintura, apontando para ela, encostando a ponta da arma em sua testa.
— Não ouse repetir o nome dele nessa sua boca imunda, puta.— O barulho estridente da bala faz os vapores lá de fora,entrarem dentro de casa.
— agora, vocês — Me viro para aqueles cinco — Quem vai morrer primeiro, hum? Que tal fazerem mãe-mãe mandou?
— CHEFE! NÃO FOI EU! ESSE ARROMBADO DO CH QUE DEIXOU! — Px grita, se aproximando de mim.
— Então você é o primeiro — Novamente, o barulho alto do disparo se fez presente.
— O restante, para a salinha. Não quero sujar minha casa.
[...]
Mesmo depois de ter torturado todos eles, minha ansiedade e o meu ódio não diminuiu. Eu necessito conversar com o Davi.
Ele tem que saber.
Esfrego os braços fortemente, tentando tirar o cheiro de sangue do meu corpo. Termino de tomar banho, pego o celular e procuro o contado do Luan.
Davi não me responde.
— Não fode agora, Th. Ele não quer te ver — Sua voz soa fria e dura.
— Porra! Eu preciso explicar pra ele! Ela não era NINGUÉM, caralho!
— Independente, irmão. Deveria controlar mais as putas que cê comeu. E se quer se explicar, que seja com o Davi, não comigo.
Por isso tô te ligando, cacete. Eu vou ter um ataque do coração se não falar com ele.