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Thiago- Th         
- pedido de namoro -

Sempre fui muito galinha quando era adolescente, amava pegar todas as garotas que achasse minimamente atraente.

O famoso "quem ignora buraco é prefeitura" ou algo do tipo.

A minha aparência também ajudava muito, sempre fui gostoso, e por essa autoestima alta e os pivete sempre no meu pé, acabei me iludindo, achando que eu seria feliz numa vida onde eu seria o " rei delas"

Acontece que, quando cresci, perdi total interesse em tudo, e no momento, mais que tudo, mais do que um tesão da puberdade, eu também perdi a vontade de ter alguém.

Nunca tive, mas quando cheguei na fase adulta, envolvido até o talo no mundo do crime, a razão passou a ser: ter medo da pessoa que amo morrer.

Prometi a mim mesmo que não me apaixonaria, que não criaria sentimentos por ninguém.

Passei a metade da vida toda assim, qual seria a dificuldade de passar o resto?

Mas ai, conheci ele.

A porra de um garoto que entrou do jeito mais aleatório na minha vida, e mexeu com meu coração de uma forma que ele nunca foi mexido.

Não sabia que tinha como ter sentimentos tão complexos só por que a pessoa que você gosta falou algo minimamente diferente, ou por que sua blusa levantou e mostrou um pouco da barriga, ou por um sorriso repentino que saiu de sua boca.

É uma sensação tão esquisita, mas tão boa.

A necessidade de proteger ele é devastadora, eu daria qualquer coisa só para ver ele feliz, isso é um fato.

— Ei, tu tá me escutando? — Ele fala alto, me tirando dos meus devaneios.

— Ah, foi mal — Esfrego os olhos, bocejando. — A médica falou quando você vai poder sair?

— Ah, próxima semana, eu acho — Deu de ombros, dando uma mordida no sanduíche que eu trouxe.

Encaro ele por alguns segundos, tentando juntar coragem para falar o que quero falar.

— Branquelo, quero te falar um bagulho — Ele me olha, limpando o canto da boca.

— Pois solte o verbo pae — Disse simplista, dando um gole na água.

— Eu te amo pra caralho, tu tá ligado, né? Tipo, pique muito mermo. Nesse tempo aí que a gente tá se conhecendo, pensei seriamente em te obrigar a ficar comigo, por que pó, nunca sei se tu tá realmente gostando de mim. — Ele arqueia a sobrancelha — Mas, independente do que quer que seja, eu continuo te amando,e por causa disso, quero te perguntar; Davi, cê aceita namorar comigo?

Ele arregala os olhos, alternando olhar para mim e para a aliança que estava estendida em sua direção.

— Puta merda... — Sussurrou — Óbvio que sim.

Vai se fuder, eu sou o homem mais feliz do mundo.

Termino de botar as alianças no nosso dedo, e assim abraço ele fortemente, deixando selinhos rápidos por todo seu rosto.

— Tomar no cu, quase que meu coração para de fazer a função dele — digo, e ele ri.

— Azideia, aí eu ia ser viúvo antes de transar — Gargalhou com a própria "piada" e eu só consegui olhar incrédulo pra ele.

Oxi, meu homem não é santo?

Presente/ casa da dona Maria

— Tô te falando chefe, mas pode ser caô dela também — Kaká fala, bebendo um copo de cerveja.

Um Romance Criminoso Onde histórias criam vida. Descubra agora