[Obra Ativa] CAPÍTULO NOVO TODA SEMANA
Light Novel
Stay Alive conta a História de uma pequena sobrevivente, Maggie Charles de 10 anos. No mundo pós-apocalíptico tomado pelos mortos-vivos, e sobreviventes crué...
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Agora o ar na sala estava sufocante, tinha cheiro de suor e ferrugem. Cada golpe dos carniceiros contra a porta fazia o metal ranger mais alto, como se estivesse prestes a ceder. Meu coração parecia um tambor descontrolado, pulsando tão rápido que eu quase podia ouvir abafando os gemidos lá fora.
Alonso puxou a mesa de ferro para bloquear a porta, mas até ele sabia que aquilo só nos daria mais alguns meros segundos.
— Isso não vai segurar. — Ele rosnou, os olhos percorrendo o lugar em busca de uma saída.
Meu olhar varreu o ambiente também, desesperado, até que vi um alçapão no teto, era bem no canto da sala, quase imperceptível.
— Ali! — Apontei.
Lincon e Alonso se moveram rápido. Lincon empurrou uma mesa de metal com força. Alonso subiu imediatamente, puxando a tampa com um esforço que fez seus braços tremerem. Ela rangeu alto, nos revelando um tubo de metal por onde costumava passar a ventilação.
— Parece que dá pra sairmos daqui por cima. — Alonso anunciou, colocando a cabeça dentro para ver.
Olhei para aquele buraco escuro e estreito, senti meu estômago revirar. O cheiro de ferrugem e umidade já escapava de lá, e a ideia de me enfiar naquele espaço me fez respirar fundo várias vezes.
— Não temos tempo pra hesitar. — Lincon se aproximou, já subindo na mesa de ferro. — Eu vou primeiro.
Ele desapareceu rapidamente no tubo, puxando-se com uma força surpreendente. Assim que chegou ao topo, estendeu a mão para mim.
— Sua vez, Ayumu. Rápido!
Minhas pernas tremiam enquanto subia na mesa. Estiquei a mão para Lincon, que me agarrou com firmeza, me puxando para dentro daquele espaço apertado. O metal era áspero e frio contra meus braços, mas tudo o que conseguia pensar era no som atrás de nós. A porta rangia perigosamente.
Alonso subiu na mesa logo atrás de mim. Mas então aconteceu.
A porta estourou!
Os mortos invadiram a sala como uma avalanche, gemendo e arrastando-se em nossa direção. Eles eram tantos que pareciam uma massa pulsante, avançando com fome e violência!
— Vai, Alonso! — gritei, a voz quase um grito de pânico. — Sobe!
— Tô tentando!
Alonso jogou a bolsa com os remédios e subiu o mais rápido que pôde, mas eu vi as mãos podres se estendendo para ele, dedos ossudos e ensanguentados tentando agarrar suas pernas. Ele se puxou para dentro no último segundo, as unhas de um deles raspando contra sua bota.
— Puta merda! Isso foi por pouco. — Ele arfou, fechando o alçapão com força.
O tubo era apertado, quente, e o ar parecia mais denso a cada respiração que dávamos naquele espaço apertado.