Capítulo 23 - Thalia

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Capítulo 23 - Thalia

Acordei com o estômago revirado. Desde que amanheceu eu estava debruçada no vaso, colocando tudo o que eu não tinha para fora. Minha cabeça estava doendo e parecia que um carro havia passado por cima de mim.

— Deus, eu não aguento... — som de vômito — mais.

Fechei a tampa da privada e dei descarga. Sentei-me e comecei a chorar.

— Thalia? — ouvi meu nome ser chamado, mas me mantive no mesmo lugar.

Chorando e pedindo a Deus que a ânsia parasse.

— Thalia?!

Não demorou para que Marcelo surgisse na porta do meu quarto e corresse até mim. Não me ative no fato de ele ter entrado na minha casa sem que eu tivesse aberto a porta para ele, mas sim agradeci por ter alguém para me ajudar.

Eu estava morrendo.

— O que houve? — me ajudou a levantar.

— Não aguento mais vomitar. — meu choro se tornou alto e ele me abraçou. — Minha cabeça está doendo muito e minha barriga também.

— Calma. Vamos tomar um banho e eu vou te levar para o hospital, tudo bem?

— Não, eu tenho consulta hoje. — tentei firmar as pernas e ir até o box para tomar banho, mas quase caí devido a tontura.

— Não seja teimosa! Não está nada bem, e lá mesmo no hospital podemos fazer a consulta. — ele estava bravo e quis perguntar se era comigo, mas outra náusea me tomou e vomitei no chão do box.

— Meu Deus, Thalia. Isso é normal? — Marcelo estava apavorado e eu só sabia chorar.

— Não sei, nunca fiquei grávida antes.

Ele acabou soltando uma risadinha.

— Não consegue levar nada a sério, não é? — me sentou na tampa da privada e ligou o chuveiro. Dei de ombros e o assisti limpar o chão e depois parar na minha frente.

— Está molhado. — estiquei a mão e toquei seu abdômen.

— Não tem problema. Trouxe uma mochila com roupas limpas.

— Por acaso não está planejando morar na minha casa, está?

— Acho que me pegou. — ouvi sua risada foi reconfortante.

Levantei a cabeça e olhei em seu rosto. Ele estava vestido com uma roupa casual. Camisa polo de manga curta, bermuda jeans escura e um chinelo Cartago de coro e na cor marrom escuro, nos pés.

— Vai mesmo se mudar para a minha casa? — Dessa vez a pergunta soou séria, mas Marcelo apenas seguiu rindo e me ajudou a levantar.

— Talvez isso seja uma opção. — brincou, mas pareceu mais do que uma simples brincadeira.

— Estou horrível. — resmunguei ao olhar no espelho.

Meu cabelo estava bagunçado, meu rosto pálido e as olheiras tão profundas e marcadas que parecia um panda.

— Está linda.

— Mentiroso!

Bati em seu braço e sua risada aumentou.

Marcelo me colocou debaixo do chuveiro, retirou meu conjunto de dormir e ligou o registro. Dei um pequeno grito ao sentir a água fria sobre mim e ele pediu desculpa e regulou o registro até a água estar morna e ideal para o banho.

Estava tão cansada que nem me importei em estar pelada na frente dele, mas assim que meu corpo melhorou e minha mente começou a raciocinar, gritei o assustando.

De Cara com o Amor: Uma virgem (grávida) para o CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora