De Cara com o Amor: Uma virgem (grávida) para o CEO

Capítulo 5 - Thalia

Capítulo 5 

Thalia

Assim que Marcelo ligou as luzes e fechou a porta, nos isolando do mundo, eu desmoronei. Parecia que o mundo estava sobre as minhas costas, pois o peso era grande demais.

Estava tão cansada de tudo dando errado na minha vida. Parecia que, por mais que eu tentasse fazer minha vida dar certo, sempre havia algo me mostrando que eu não iria a lugar algum. Que eu não havia nascido para ser próspera, seja em quais forem os campos da minha vida.

— Estou tão cansada de ter sempre tudo dando errado na minha vida. Só coisas ruins me acontecem — falei, com os ombros caídos, e coloquei as mãos no rosto.

Sentia-me derrotada com todos os problemas que me surgem a cada dia. Porém, dessa vez, algo me incomodou após as palavras proferidas por mim e coloquei a mão na barriga. Foi algo involuntário e, ao mesmo tempo, tão certo que algo diferente tomou conta de mim.

— Sou uma mãe horrível. — resmunguei, fungando devido ao choro que não parava. — Meu filho mal nasceu e já deve me odiar. — Alisei meu ventre plano. Bom, não tão plano assim, pois eu havia uma pochete que não me abandonava por nada.

— Está grávida? — A voz alarmada de Marcelo me fez lembrar que não estava sozinha.

Levantei o rosto e olhei seu rosto bonito. Ele era um homem lindo, mas lindo mesmo. Uma beleza que não podia ser ignorada.

Marcelo fazia parte daquela espécie de homens lindos que só se vêm em revistas ou televisão. Talvez ele fosse uma miragem e eu estivesse delirando após saber que estou grávida, mesmo sem ter dado a minha florzinha.

Se engravidei com uma gozada for a da vagina, poderia delirar com um homem bonito também, não é? Tudo é possível na minha vida.

— Sim, estou, por isso disse que não pode olhar a minha bunda.

Putz! Agora eu deveria bater na minha cara por falar tanta besteira. De tantas coisas para falar, eu tinha que falar que ele olhou para minha bunda? , Thalia! Você é uma sem noção, uma sem noção.

— E o que uma coisa tem a ver com a outra? — me questionou, confuso.

Claro, o que uma coisa tem a ver com a outra, sua tonta? O que gravidez tem com os olhos dele nas bundas alheias? Eu também olho quando passa alguém com uma bunda bonita.

— Não sei. — Dei de ombro, sem saber de fato como explicar as coisas aleatórias que saem da minha boca. — Sempre ouvi que as pessoas devem olhar para as mães de modo diferente. — Ele fez uma careta engraçada e acabei rindo.

De algo havia certeza, eu continuava rindo até do vento.

— Bom, eu não quis lhe faltar com respeito. Não sabia que era casada e estava grávida. — Ele olhou para os lados buscando algo no meu apartamento.

— Desculpe-me se fui inconveniente. — voltou a me olhar. — Seu marido sabe que o síndico é abusivo com você?

Não perdi a sua expressão fechada e a mandíbula travada ao falar do episódio de minutos atrás com o senhor Dario.

Desencostei-me da porta, dei passos até o sofá e me sentei nele.

— Ah! Eu não tenho marido e meu problema com o senhor Dario é antigo.

Ele franziu o cenho, desconfiado, confuso, mas logo tratou de tirar a expressão de desconfiança do rosto.

— Mas seu namorado permite que fique aqui com esse senhor descontrolado e abusivo?