Capítulo 47 - Thalia

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Capítulo 47 - Thalia

Abri os olhos lentamente, a cabeça latejando e o coração acelerado. Levei um momento para me orientar, percebendo aos poucos que não estava no lugar familiar e reconfortante da minha casa. O ambiente ao meu redor era sombrio e desconhecido, com paredes mofadas e uma sensação de abandono pairando no ar.

Uma onda de pânico me atingiu quando me dei conta da gravidade da situação. Eu havia sido sequestrada. Minha mente girava em um turbilhão de medo e incerteza enquanto tentava entender o que estava acontecendo. Foi então que Diego apareceu, emergindo com uma expressão sombria e ameaçadora. Seus olhos faiscavam com ódio e ressentimento, sua voz ecoando no quarto vazio com um tom gélido e perigoso.

— Você arruinou minha vida, Thalia. E agora é hora de você e Marcelo pagarem por isso. — Ele rosnou, segurando uma arma com mãos trêmulas de raiva. — Minha tentativa de matá-lo meses atrás foi frustrada, mas agora poderei vê-lo sofrer ao ver sua amada morrer bem na sua frente. — sorriu diabólico.

Meu coração afundou ainda mais em meu peito ao ouvir suas palavras cruéis. Havia sido ele a atropelar meu noivo e quase o tirar de mim. Diego estava louco e poderia me machucar e até me matar a qualquer momento. O medo me consumiu, mas eu sabia que precisava manter a calma por causa do bebê que eu carregava em meu ventre. Com mãos trêmulas, eu acariciei minha barriga, uma onda de amor e proteção inundando meu ser.

— Por favor, Diego. Não faça isso. Não me machuque, pense no bebê. — Minha voz saiu como um sussurro, carregada de desespero e súplica. Mas Diego estava cego pela sua própria amargura e o desejo de vingança.

— Estou pouco me fodendo para você e essa coisa em sua barriga. — aproximou lentamente, sua presença pairando sobre mim como uma sombra sinistra. — Não sabe o ódio que tenho por ter sido feito de besta por você, — riu sarcástico. — Deveria pelo menos ter te fodido quando tive a chance. Ter enfiado meu pau até o talo e arregaçado sua maldita boceta ao invés de ficar de esfrega-esfrega como um adolescente idiota, mas caí na sua onda e agora perdi tudo. — gritou e me encolhi sobre o colchão sujo. Seus olhos brilhavam com uma mistura de malícia e loucura, enquanto ele apontava a arma na minha direção.

— Já me desculpei por isso, mas eu não estava pronta. Você não era o cara certo para eu ter minha primeira vez.

Ele soltou uma risada e se abaixou, ficando com o rosto na altura do meu. Encolhi-me com medo de que me machucasse. Minhas mãos estavam o tempo todo sobre a minha barriga, escondendo minha filha dos olhos do infeliz a minha frente.

— Claro que não era o cara certo, não tinha os milhões que o imbecil do seu noivo tem, não é? Como o fisgou? Pagou de coitadinha, ham? A pobre que não tinha pai e nem mãe? — fez uma carinha triste. — A pura que estava à espera do homem certo para dar a boceta? Como o conquistou? — gritou, se erguendo e chutando minhas pernas. A dor me fez se encurvar e começar a chorar.

— Não me machuca, por favor, por favor. Não me machuca. Não me machuca. — comecei a suplicar, com lágrimas quentes e grossas descendo livres por meu rosto.

— Sabe, Thalia, eu pensei muito sobre o que fazer com você. — Ele disse com um sorriso cruel. — E cheguei a uma conclusão. Você e o seu namoradinho rico podem me pagar um bom dinheiro para que eu os deixe em paz. Isso seria o pagamento por terem ferrado a minha vida, algo bem justo. Talvez eu até te mate depois de receber alguns milhões, seria a vingança perfeita, não acha? — sua risada ecoou, me enchendo de pavor.

Meu coração pareceu parar com suas palavras, a esperança desvanecendo-se rapidamente diante da brutalidade de sua proposta. Eu não podia acreditar que ele estava falando sério, que realmente considerava me vender como se eu fosse uma mercadoria. E o pior, me matar mesmo recebendo o pagamento por me sequestrar.

De Cara com o Amor: Uma virgem (grávida) para o CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora