De Cara com o Amor: Uma virgem (grávida) para o CEO

Capítulo 27 - Marcelo

Capítulo 27 - Marcelo

Já havia se passado alguns dias desde que Thalia ficara internada com suspeita de hiperêmese gravídica e começava a notar sua melhora. Ela seguia com a medicação e uma alimentação mais saudável e balanceada. Os enjoos haviam diminuído e já não se sentia tão cansada como na semana anterior.

Eu estava sempre pendente dela e falava com ela pelo menos quatro vezes durante o dia. A noite sempre ia almoçar com ela ou dormia em seu apartamento, apenas dormia mesmo, pois Thalia ainda estava se recuperando. Vivan também estava pendente de sua amiga.

Hoje ela havia acordado mais disposta e faria um jantar para nós. Vivian levaria seu esposo, seria um jantar entre amigos. Havia pedido que meu motorista fizesse as compras dos materiais que ela iria precisar e deixasse em seu apartamento.

Thalia relutou no início, mas a convenci de que seria ariscado sair de casa, poderia passar mal e estando sozinha tornaria tudo mais complicado. Porém, teimosa como é, disse que pagaria o valor que gastei assim que recebesse seu salário de supervisora.

Devido aos problemas com no início da gravidez, eu havia dito a Raquel que desse mais uma semana para Thalia poder assumir o cargo. A fiz acreditar que isso estava no contrato. Aleguei conhecer as leis, e saber exatamente o que tinha direito ou não. Catarina me ajudou. Thalia já havia pegado os exames e enviado para a empresa, então o RH já havia sido informado de sua gravidez e ela de fato tinha direito a uma licença para cuidar de sua saúde e a do bebê.

No Brasil, as mulheres grávidas têm direito à licença-maternidade, que é garantida pela Constituição Federal e regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e pela Lei nº 8.213/91, conhecida como Lei de Benefícios da Previdência Social.

Ao cair da noite, saí do escritório e fui direto para a casa de Thalia. Ao chegar, encontrei-a mais animada, com a pele mais rosada, saudável, e senti um alívio profundo ao vê-la melhor. Ela estava linda, com um sorriso radiante enfeitando seu rosto bonito e rechonchudo. O corpo delineado pelo vestido, deixando sua barriguinha de grávida marcada. Revelando a todos que uma vida se formava em seu ventre como prova de que milagres existem.

Perfeita.

— Que bom que chegou. — sua voz doce alcançou os meus ouvidos e sorri, me concentrado na beleza de seus traços.

Estar de frente para ela, fez o mundo desacelerar por um momento. O brilho nos seus olhos, o contorno do seu sorriso, cada detalhe captado por meus olhos era um lembrete do quanto tinha sentido sua falta. Seu cheiro familiar preencheu minhas narinas, um aroma que instantaneamente trouxe conforto e uma onda de lembranças boas à minha mente.

Sem pensar duas vezes, a abracei, sentindo o calor do seu corpo contra o meu. Era como se cada pedaço de mim estivesse ansiando por esse contato, como se estivéssemos conectados de uma maneira que palavras não poderiam expressar. Por mais tempo que eu passasse com ela, mais vontade de tê-la colada em mim eu tinha.

Quando nossos lábios se encontraram, foi como se uma faísca estivesse sido acesa, um fogo que ardia com intensidade, que me queimava e consumia, me fazendo desejar estar nu e a tomando de todas as formas.

O beijo foi profundo e apaixonado, carregado com a saudade que sentíamos um pelo outro, podia perceber que também sentiu saudade pela maneira como me puxava para ela, como tomava minha boca e se entregava em meus braços. O beijo que estávamos dando era um daqueles beijos que te fazem esquecer de tudo ao redor, um momento de pura entrega e conexão. Onde nada importava a não ser nós dois grudados e se deleitando um no outro, prestes a rasgar nossas roupas e nos fundir em um só.

Foi difícil nos separarmos, mas a necessidade de ar se tornou inevitável. Nossos olhares se encontraram novamente, refletindo a intensidade dos nossos sentimentos. A respiração ofegante, os sorrisos tímidos, era evidente que cada segundo longe aumentava nossa necessidade de estar junto.