CAP 5

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CAP 5

Voltei da festa e já eram uma da manhã, Rafael me deixou em casa, andei pelo jardim, percebi que a luz da varanda no andar de cima estava acesa, e minha mãe não costumava ficar até tarde acordada.

Entrei na casa tirando os saltos e subindo as escadas em direção ao meu quarto. Lá tirei minha roupa e fui em direção ao banheiro, tirei a maquiagem e fui tomar um banho relaxante, após o termino usei o secador, pois não gostava de dormir com cabelos úmidos. Terminei e usei um conjuntinho, short e camiseta de seda verde.

Fiquei um pouco receosa de sair do quarto assim e ir para a varanda, meu inconsciente sabia que no fundo eu a procurava, não a tinha visto o dia todo e sentia falta do seu sorriso, da sua risada gostosa, da forma como me olhava, me analisando. Cobiçando.

E por um segundo deixei a razão se esvair e segui minhas vontades, meus anseios.

Simplesmente fui.

A casa estava um tanto escura, naquela escuridão só se via a luz da varanda acesa, aproximei lentamente enquanto ouvia uma música ressoar, entrei pela varanda e a vi encostada ao peitoril, alheia tomando vinho, olhando na direção oposta à que eu estava, com um cálice de vinho entre as mãos. Sua feição, sua elegância, o charme tudo nela era digno de estampar obras de artes dos melhores pintores.

--Chegou tarde, sobrinha-Falou ela sem sequer virar-se na minha direção

--Um pouco, desculpa te incomodar – falei sentindo meu coração sair pela boca.

Então ela virou-se e me olhou dos pés à cabeça sem pressa, se atendo a cada detalhe, depois levou a taça aos lábios e tomou um generoso gole de vinho.

Ela estava com um robe amarelo lindo, combinava perfeitamente com ela.

--Imagine, estava aqui sozinha. Me faz companhia? -- Falou tão delicada que não resisti.

--Claro.

--Quer um taça? – falou olhando para algo atrás de mim, só então me dei conta que me recostava na mesa onde a garrafa de vinho estava posta.

--Não costumo beber, sou fraca.

Ela deu uma risada gostosa.

--Você é um bebê mesmo, mas só uma taça, prometo. E amanhã ainda é feriado, não é?

--Sim, se você faz questão então aceito, mas só uma taça.

Como resistir? Eu nem sequer conseguia dizer não há algo que ela pedia.

--Ótimo. –falou e pegou uma taça que repousava ao lado da sua.

--Como sabia que era eu que estava aqui, quando cheguei? –

Perguntei curiosa enquanto ela se aproximou me olhando, em poucos passos e já estávamos a centímetros uma da outra, dava até para ouvir sua respiração. Ela era mais alta que eu, então tive que levantar levemente a cabeça para olhar seu rosto, porem me deparei com Aquele olhar libertino, intenso que fez meu corpo esquentar de imediato, tamanho calor que vinha do seu corpo.

Na posição que eu estava, completamente recostada a mesa de costas, apertei as mãos que se encontrava na borda, tentando controlar o ímpeto que sentia de beija-la. Tamanha vontade que sentia em que ela me tomasse em seus braços.

Ela segurou minha cintura com delicadeza. Suspirei. Fez carinho subindo e descendo as mãos quentes e me causando arrepios, achei que não podia estar mais vulnerável, me enganei.

Faye afastou uma mecha do meu cabelo e encostou o nariz a pele do meu pescoço e aspirou, fazendo eriçar cada pelo do meu corpo, fechei meus olhos e cerrei meus dentes, tentando controlar o gemid*.

SUA OBSESSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora