TENTATIVAS

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Capítulo 27

Todos a minha volta me lançaram um olhar incrédulo enquanto o silêncio pairava por toda sala enquanto minha voz parecia ecoar por todo canto. Minha mãe me olhava com surpresa e descrença, Ploy não parecia surpreso arqueou as sobrancelhas enquanto os outros convidados alternavam em abrir a boca. Todos me olhavam, menos ela. Mantinha o cenho franzido e o olhar atento no prato a sua frente. Suas mãos estavam rígidas segurando os talheres e seu rosto estava tão vermelho que senti medo de que ela pudesse ter um ataque. Mamãe pigarreou voltando a atenção de todos a ela. --Parece-me que não sou a única surpresa aqui. Mas como havia dito interiormente estamos pensando em inovar nessa próxima coleção... A conversa recomeçou e a atenção antes voltada a mim acabou sendo dissipada. Vez ou outra um olhar mais atento me fitava. O jantar terminou sem maiores emoções fui em direção ao meu quarto quando uma mão firme tocou meu ombro.

--Mãe?

--Nós teremos uma conversa muito séria, mocinha. Agora não, minha cabeça esta tão cheia que mal consigo ter uma conversa civilizada. Mas em breve você vai me dar explicações. Boa noite. Mamãe carregava um olhar desconfiado e decepcionado em minha direção, apesar de manter um tom de voz neutro. Assinto com a cabeça, e ela se retirou para seu quarto enquanto entrava no meu.

*** O dia amanheceu e com ele minha ida ao escritório, confesso que estava um tanto ansiosa aquele dia, pois conforme ouvi das secretarias Engfa voltaria de viagem, ela tinha ido a outro estado resolver questões relacionadas ao escritório. Nos não mantivemos contato desde a ultima vez que conversamos e confesso que queria vê-la contar sobre o que ocorreu ontem. Ouvir sua opinião, faze-la se orgulhar de mim por estar seguindo seus conselhos. Ja era tarde quando estava na sala de Patrícia, nos duas arquivávamos processos enquanto colocávamos os assuntos em dia.

--Soube que a sobrinha neta do Dr.Otavio vem trabalhar aqui. Para tristeza geral. --Por que diz isso?

--Por que ela é a pessoa mais insuportável barra arrogante barra sonsa que conheço. E olha que nesse meio a competição é grande.

--Não a conheço.

--Sorte a sua. Sofri anos de bullyng nas mãos dela no colegial. RI sem me conter. --Falando em arrogância...

--O que?

--Olha quem vem chegando disse Patricia apontando a janela e mostrando o carro de Engfa adentrando o prédio enquanto ela descia elegantemente.

--Achei que ela não viesse hoje. falei com um sorriso no rosto.

--Você é a única que fica feliz em vê-la nesse prédio, acredite.

--Tenho que peticionar alguns processos, já volto.

--Mas você não tinha feito isso de manhã? . Patrícia me olhou desconfiada.

--Sim, mas ainda faltam alguns. Já volto. Nem tive tempo de ouvir a resposta da Patrícia, logo sai apressadamente pelo corredor. Queria encontra-la o mais rápido possível, contar a ela todas as novidades, saber como tinha sido a viagem, enfim, eu precisava vê-la! Apertei insistentemente o botão do elevador que parecia demorar mais que o normal para abrir. Parece que quanto mais pressa eu tinha, mais demorava. Droga De repente vi as portas metálicas a minha frente abrirem lentamente, e pela pequena brecha que se formava já consegui identificar a silhueta conhecida. Suspirei contente e surpresa. Não esperava vê-la ali.

--Eng! Seja bem vinda de volta! Ela me olhou indecifrável e só então a porta abriu completamente e percebi que havia várias pessoas com ela.

--Dra. Engfa, senhorita Yoko. Dra. Engfa. --falou friamente censurando minha conduta. O sorriso bobo desmanchou em meus lábios quando ouvi um risinho debochado de uma garota loira ao seu lado. Mal conhecia, mas ja odiei. Dei espaço para que todos saíssem e Engfa, ou melhor, doutora Engfa passou por mim deixando uma ponta de frustração e aquele maldito perfume amadeirado que invadia todos os meus sentidos. Voltei a sala de Patrícia com o rab* entre as pernas. Nada pior que criar expectativas

SUA OBSESSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora