SÓ HOJE

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Suspirei de frustação ao perceber que dessa vez meus encantos não foram o suficiente para me redimir com Faye, porém não iria me fazer de rogada e desisti, mas sabia que antes deveríamos conversar e colocar os pontos nos IS. Segui pelo caminho que me foi orientado e adentrei em um quarto amplo, sorri ao constatar que era o dela. Reparando no ambiente fui até uma parede ao lado de um aparador e deixei minha pequena mala, a cama era enorme, e tinha lençóis de seda perolado. Mas o quarto não tinha muitos moveis, mas constatei que tinha espelhos até de mais, dois enormes. Analisando minha imagem nos mesmo constatei que precisava de um banho. Não tinha se passado muito tempo desde o último que avia tomado, mas sabia que a noite seria longa, por vários motivos, então nada melhor que um banho.

Puxei a camisa por cima do pescoço, retirei a saia sapatos e minha lingerie, fiquei inteiramente nua, para tomar um banho rápido e frio, porque nunca gostei de agua quente, mesmo nos dias frios, eu meu intimo esperei que aquele banho melhorasse minha aparecia e clareasse meus pensamentos, tinhas uma longa conversa pela frente, não sabia o que esperar, a verdade seria me dita? Finalmente entenderia tudo que estava se passando? E como falar pra Faye que me interesse pela minha chefe, que quase nos....

- hora yoo pare com isso, você só estava interessada nela porque ela fazia você esquecer tudo, mesmo que em breves minutos.

Indaguei para mim mesmo, proferi as palavras para ver se elas cravavam em mim, pois era a verdade não? Faye teria que entender, assim como entendi ela todas as vezes.

Quando sai do banheiro senti a diferença de temperatura dos ambientes, apesar do banho gelado o quarto estava congelando devido ao ar condicionado ligado. Me arrepiei. De roupão fui para frente de um dos enormes espelhos. Dedilhei o cabelo molhado a procura de uma solução, no intuito de deixá-lo apresentável, meu cabelo e eu tínhamos uma relação de amor e ódio, sempre me deixava na mão nos momentos que eu mais precisava, por ser muito liso. Eu iria seca-los mas resolvi deixar molhados mesmo.

Resolvi ligar para minha mãe para saber como ela estava. A ligação foi curta, fiz algumas perguntas para confirmar a certeza que eu tinha, Ploy não deu as caras por lá, MAMÃE ME DISSE QUE VOLTARIA EM DOIS DIAS, POIS NO OUTRO TERIA QUE VIAJAR A Paris para semana de moda, suspirei de alivio, porém não teríamos nem tempo de se organizar direito eu e Faye teríamos que contar tudo pra ela nesse meio tempo.

-Droga – Fechei os olhos e inspirei.

-Chega de Drama Yoko, você só precisar relaxar, tudo vai dar certo.

Tirei o roupão coloquei apenas uma calcinha de renda branca e pus um vestido curto e leve. Me olhei no espelho e vi um rosto limpo, eu podia me considerar pálida devido a minha origem, o que me fez ter vários apelidos maldoso, viver no Brasil não foi Fácil. Sei que no meu País Natal eu teria uma beleza aceitável. Parei de enrolar e sai do quarto, deixei o celular carregando, era melhor para não termos interrupções.

Fui seguindo meus instintos e cheguei em uma escada, na qual eu teria que descer, era mais íntimo que o saguão para chegar ali teria que passar pelo corredor dos quartos e outros cômodos que estavam de portas fechadas, parecia um lugar reservado, era como se o apartamento fosse todo no andar porem um andar abaixo secreto se encontrava esse cômodo.

Durante a descida da escada mantive minha expressão calma a apreciei a decisão. Eu iria estar de mente aberta, pois no fundo sei que não iria conseguir viver sem ela. Deprimente eu sei, mas não me vejo sem ela, não mais. Eu poderia apostar que minha bochechas estavam vermelhas, o sangue estava subindo para meu rosto.

A sala, composta por um tapete grande de cor bege, possuía grandes janelas de vidro resguardada por cortinas brancas mais leves que a do seu quarto. Dois sofás ficavam no canto da sala, ao redor do tapete e do centro de mesa retangular e longo o bastante para acompanhar os quase sete lugares do sofá maior, percebi algumas revistas e um vaso com orquídea. Faye se encontrava de costas concentrada em uma das janelas que estava sem a cortina olhando a noite, percebi que a mesma bebia algo, então olhei pro lado e vi no bar uma garrafa de vinho encima do balcão. Dei um pigarro de leve mas a mesma não se virou para me encarar, mordi o lábio inferior e senti o gosto amargo do gloss, que tinha passado nos lábios. Suspirei fundo e fui para o bar.

SUA OBSESSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora