PRIMEIRA VEZ

709 52 5
                                    

Cap 8

Faye*

Indescritível a sensação de sentir os lábios de Yoko nos meus, apesar de ter passado noites e dias imaginando como seria ter sua boca colada a minha, nem em sonho imaginei que pudesse suplantar minhas expectativas.

O beijo teve gosto de surpresa, pois a iniciativa foi dela, e pela primeira vez não tinha sido eu que tentava algo, pensar nisso me fez perceber que o interesse não vinha somente de minha parte, era recíproco.

Nunca tinha provado nada mais delicioso que sua boca, o gosto, a forma como ela me beijava segurando delicadamente meu rosto, enquanto eu acariciava seu cabelo, puxando para mim. Me deleitava inteira ouvindo seus suspiros, mais parecia uma gatinha ronronando, ela oferecia a língua e eu fazia questão de sugar, tão gostoso era, que me imaginava sugando seu corpo inteiro, imaginando que gosto ela teria...

Vez ou outra ela fazia menção de separar, mas eu insistia não deixava, queria mais dela, queria mais daquela boca que me fez perder noites de sono.

--Estou sem ar – ela disse quando separamos nossas bocas por um segundo.

Sorri para ela, e ela me sorriu também.

Eu estava ali toda encurvada no banco, só quando desgrudei minha boca da dela percebi quão desconfortável era a posição em que me encontrava, no entanto a satisfação em beijá-la era tão grande que nem me dei conta.

Fiquei olhando o seu rosto corado, seu olhos não disfarçavam o excesso de bebida, a boca vermelha devido aos inúmeros beijos trocados ficava ainda saborosa.

--Quero mais. Muito mais.

Voltei a beijar sua boca, dessa vez explorei também o pescoço onde espalhava beijinhos até chegar na orelha. Mordi e ela suspirou aumentando ainda mais minha cobiça de senti-la mais próxima.

--Vem pro meu colo, princesa...—falei quase sem voz

Ela pareceu hesitar um pouco.

--Ta desconfortável pra mim...

Acho que ela não resistiu a minha cara de ''pidona'' e acabou sentando, posicionei suas pernas dobradas, ao lado da minha cintura, deixando-a alguns centímetros mais alta, facilitando meu acesso ao seu pescoço.

--Adoro seu cheiro, sabia?

--Humm

--Adoro tudo em você.

Ela olhou-me séria depois sorriu.

--Eu também, confesso.

Dessa vez quem sorriu fui eu, sentia meu coração acalentado a cada frase que saia daquela boca linda que me fazia perder o pouco juízo que eu tinha, dessa vez a beijei mais profundamente, explorando cada cantinho da sua boca, sentindo ela se arrepiar inteira.

Acariciava sua cintura e sua barriga por cima do vestido, a vontade que tinha era arranca-lo e sentir sua pele sem barreiras, desci minhas mãos e acariciei suas pernas e fiz menção em levantar a barra do vestido, quando senti suas mãos frearem as minhas, impedindo meus movimentos.

--Não pode?

--Não

--Esta bom.

Obedeci seu pedido, tudo que não queria era deixá-la insegura, voltei a afagar somente sua cintura.

Não sei quanto tempo ao certo passamos ali, trocando carinhos, só percebi quando ouvi a voz assustada de Yoko.

--Meu Deus, já amanheceu o dia!

--Não exagera, o sol ainda nem nasceu direito.

Ela saiu apressada do meu colo e sentou no bando olhando-se no espelho do carro.

SUA OBSESSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora