05

1.8K 102 10
                                    

apollo

cheguei em casa e me atirei na cama.
jota tá aqui do meu lado, veio jogar um fifa comigo.

-eu to enlouquecendo cara -passei as mãos no rosto.

-já imagino -jota pegou o controle do ps5.

-a marina tá me deixando louco, namoral -peguei o outro controle e começamos uma nova partida.

-quando cê vai contar pra ela que foi você que deu os chocolates? a kau tá toda curiosa -jota me lembrou disso.

-sei lá mano, é muita informação. queria conversar que nem homem com ela primeiro tá ligado? -ficamos em silêncio ao longo da partida, até que meu celular tocou.

é a marina.

-alô?

-apollo... -escutei a voz dela sair fraca do outro lado da linha

-o que foi? -perguntei já todo preocupado

-cê consegue me ajudar? -consigo sentir a contra vontade dela em me pedir ajuda

-o que foi cara? -to ficando mais preocupado!

-ainda to passando mal, não sei mais o que fazer

-aguenta aí, chego em 5 -levantei correndo e fui procurar a chave do carro.

-qual foi cuzão? -jota perguntou todo perdido. to parecendo um furacão pegando todas as coisas ao mesmo tempo.

-é a marina, to indo ajudar ela, qualquer coisa te mando mensagem.

saí voando da minha casa, e cheguei na dela.
subi no apartamento e quando abri a porta, ela estava deitada no sofá.

-mari? -cheguei mais perto. ela tá pálida, a boca não tem muita cor e suas olheiras são profundas.

-fica sentada -ajudei ela a se sentar no sofá.

-foi mal te atrapalhar -falou meio grogue

-no carro eu liguei pra farmácia e pedi alguns remédios, é pra chegar logo. -mexi em seus cabelos. -que tal tomar um banho? posso fazer um caldo de legumes pra você -ofereci.

-pode ser -ajudei ela a se levantar, e coloquei ela no banheiro.

enquanto ela tomava banho, fiz o caldo de legumes da minha mãe, que não tem segredo nenhum, é só legumes cortados e bem temperados com um caldinho ralo.
o pai aqui é bom na cozinha, sei fazer vários pratos.

-deita lá na sua cama, já levo o caldo -falei quando vi ela sair do banheiro.
nesse meio tempo, os remédios chegaram, e eu aproveitei pra fazer um shot de remédios pra ela, vai ajudar.

-toma tudo isso -entreguei pra ela, e assim fez.

-apollo eu nem sei como te agradecer... eu não tava conseguindo falar com as meninas, e você foi a primeira pessoa que me veio na cabeça -agora ela parece melhor, consegue falar sem embolar as palavras e seu rosto tem mais cor.

-tudo bem. o que cê acha de dormir? os remédios precisam fazer efeito -dei a ideia.

-pode ser, to com bastante sono -apertou os olhos e eu ri da cena.
meu deus... como consegue ser tão...

-vou deitar lá na sala tá? qualquer coisa chama -quando estava me virando de costas pra sair do quarto, ela segurou minha mão.

-pode ficar aqui comigo? -pediu com uma cara irresistível.
senti um calor tomar conta do meu corpo com as palavras dela.
nunca senti isso antes.

-posso -sorri e me deitei ao seu lado.

-boa noite morena -me encaixei de conchinha nela e passei os braços pela sua cintura.
porra... essa mina tá mexendo com a minha cabeça.

-boa noite japonês.

[...]

acordei no outro dia e marina não estava do meu lado.
levantei rápido pensando que tinha acontecido algo, mas fiquei aliviado quando a vi pelo vão da porta.

estava encostada no balcão da cozinha, vestindo um shorts de academia que deixava a polpa da sua bunda a mostra, e um camisetão da BDA.

me levantei, fui ao banheiro e depois fui até ela.

-bom dia morena, tá melhor? -dei um susto nela sem querer.

-que susto porra! -ri da cara que ela fez. -to melhor, valeu por ter cuidado de mim -agradeceu meio sem jeito.

acho que agora é a hora.

-não agradece -me aproximei dela, encaixando meu corpo entre suas duas pernas.

-na hora do desespero, você foi o primeiro número que apareceu, e eu liguei -se explicou.

passei a mão pelo seu cabelo, até chegar em seu pescoço. apoiei uma das mãos ali, e deixei a outra passear pela sua cintura.
marina me olhava atenta, e confusa ao mesmo tempo. ela estava esperando meu próximo movimento.

-na verdade, você pode me agradecer de outro jeito -apertei de leve sua cintura. marina mordeu o lábio inferior.

-como eu... -nem deixei ela terminar a frase, logo grudei nossos lábios em um selinho.
pedi passagem com a língua e ela cedeu.
o beijo era lento, e nossas línguas dançavam juntas.
enquanto isso, marina deixou seus braços no meu ombro, e acariciava minha nuca.
minhas mãos passeavam por todo o seu corpo, principalmente sua cintura.
ela mordeu meu lábio inferior, e finalizou com um selinho demorado.
quando abri os olhos, vi uma marina envergonhada, mas parecia feliz com o que tinha acabado de acontecer.

-eu preciso ir -olhei pro relógio no meu pulso -se precisar de mim, liga -pisquei um olho.

-ta bom. vai na festa do magrão hoje? -me perguntou.

-vou, cê vai? -perguntei de volta.

-se eu estiver bem, sim -ela deu de ombros.
fomos até a porta do apartamento.

-tchau mari -deixei um beijo na sua bochecha e saí.

-tchau japonês -escutei sua voz distante.

*************************************

finalmente veio o primeiro beijoooooooo!!

o próximo capítulo promete ein, vai ser cheio de surpresas!
não esquecem de comentar e votar!

Quem diria -Apollo McOnde histórias criam vida. Descubra agora