06

1.8K 98 25
                                    

Marina Mendes

-eai magrão!! -cumprimentei ele com um abraço.

-quanto tempo marina! -me retribuiu.

hoje é a festa de despedida do magrão, ele vai dar um tempo das batalhas e vai se mudar pra cidade da família dele.
ele tá rimando demais, e quis dar uma descansada até o estadual, pra amassar os oponentes.

-eai minha gataa -nath veio correndo me abraçar.

-tá lindona ein nath -dei um girinho nela, que se riu toda.

-fala gatona! -doprê veio me abraçar com um beck no canto da boca.
esse homem aqui é um ponto fraco pra mim, confesso.

-eai lindão -beijei sua bochecha.
ele me segurou pela cintura e fomos andando até o balcão da cozinha, que virou um mini bar.

-quer o que, dona? -me perguntou.
empurrei ele, pelo apelido.

-me chama assim não porra -nós dois rimos. -passa um kit aí logo -pedi e ele riu de canto pra mim.
me entregou um copão clássico, e eu pisquei o olho.
começou a tocar DJ Wesley Gonzaga, e nós dois nos olhamos no mesmo momento.
ele tá pensando o mesmo que eu.

-vem logo branquinha -me puxou pela mão e a gente foi correndo até onde as meninas estavam dançando com o barreto e o guri.

o refrão começou e nós começamos a nossa dança (na capa).

-QUEBRA CARALHOOO -barreto gritou enquanto batia palma no ritmo da música.
todo mundo se reuniu pra ver a gente dançar, é lei em toda festa, eu e o doprê somos a melhor dupla.

-GOSTOSAAA -kau gritou e eu mandei beijinho pra ela.
olhei pra porta e apollo estava escorado com um copo na mão, me observando.
dancei mais alguns minutos com o doprê, até que a música acabou.

-foda pra caralho morena -fizemos um toque de mãos nosso.

-nossa cansei já -bebi do copo que estava na minha mão.
outros funks estavam tocando, e doprê seguiu dançando com as meninas, inclusive com o barro.
eu cansei e fui me sentar no banco mais afastado.
não demorou muito pro apollo surgir do meu lado.

-tá traçando o doprê? -perguntou sem vergonha nenhuma.
que cara de pau!

-não viaja japonês, foi só uma dança -revirei os olhos.

-quero dançar sarrando você também -abri a boca chocada e ele deu risada da minha cara.
que palhaço!

-to brincando morena -bebeu do seu copo.

-qual é a sua ein? -perguntei e ele me olhou confuso -cê é todo mil grau quando tá sozinho comigo, e no meio de geral falta só cuspir em mim -falei na lata e ele não esboçou reação nenhuma.

-to tentando entender o que eu to sentindo, valeu? -franzi o cenho -mas posso confirmar que quero você, cê tá me deixando louco -segurou meu queixo e eu gelei.
como assim? eu não to entendendo.

-só curte o momento morena, ignora geral -me guiou pelo queixo e selou nossos lábios.
logo pediu passagem com a língua e eu cedi.
dessa vez o beijo tá mais intenso, e tem gosto de álcool.
apollo com certeza tá nervoso, ele segura meu rosto como se eu fosse fugir do beijo a qualquer momento.

mesmo concentrada no beijo, consigo ouvir todo mundo gritando e batendo palma na nossa volta.

finalizei o beijo com um selinho, e fui logo escondendo minha cara no copo que ainda estava na minha mão.

-eu sabiaaaa -guri gritava todo feliz.

-eu avisei marina, você não quis me ouvir -carla colocou as mãos pra cima e eu ri.

a euforia diminuiu, todo mundo voltou a fazer suas coisas, e nós continuamos no banco, sem falar nada.
quando pensei em levantar, jota e kau vieram na nossa direção, então eu permaneci.

-e você jurando que ele não te queria, né safada -kau me empurrou e eu ri junto com ela.

-foi bom fazer negócio com você rogério, aposta muito bem paga -os dois apertaram as mãos, mas quando jota falou "aposta" apollo arregalou os olhos.

-aposta? -eu e kau falamos juntas.

-vish, cê não tinha contado? -jota deu um sorriso amarelo.

-não né viado! -apollo não ficou muito feliz com a exposição.

-meu deus, vai se fuder -revirei os olhos e ri dessa palhaçada.

-você tem 10 anos joão pedro? fazendo aposta? -kau deu um tapa bem dado nele.

-que que tem amor? -jota perguntou todo inocente.
que sem noção meu deus.

-foi nada demais, era uma aposta de beijo só -jota continuou se justificando.
kau tava vermelha de raiva, e apollo vermelho de vergonha.

-caralho joão pedro! você é idiota, só pode! -ela tá muito puta.

-aê kau, deixa eles -coloquei a mão no ombro dela.

-não marina. e apollo, você é um sem noção do caralho também! que porra você tá pensando? acha bonito meter o louco na minha amiga e vir com apostinha? -kau meteu o dedo na cara do apollo, meu deus eu amo essa mulher.

-para de cena kauanne, eu nem tenho nada com ela -apollo deu de ombros.
franzi o cenho. ele falou agora a pouco que me queria!

-eu não aguento esse teatrinho -saí andando e me sentei no último degrau da escada da casa.
eu não sei o que to sentindo, mas to me sentindo usada.
eu tava começando a criar um sentimento legal pelo apollo, ele tava sendo bacana comigo, eu achei que não tinha segundas intenções, que era algo natural dele.
mas não, ele só queria cumprir a aposta sem noção dele.

-morena, cê deixa eu me explicar? -apollo parou na minha frente.

-hoje não apollo, to indo embora já. -me levantei.

*************************************
opinem nesse episódio por favor, to meio insegura, mas acho que ficou bom!
link da dança: https://youtu.be/jQfRcc3_D68?si=bgY6QXBJ0kVFmEHb
de qualquer forma, votem e comentem!!

Quem diria -Apollo McOnde histórias criam vida. Descubra agora