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Marina Mendes

[...]
fazem 2 dias que eu to só em casa, deitada parecendo uma morta viva.
eu to melhor até, vomitei 2 vezes só nesses dias, mas to me sentindo meio fraca e sem energia pra nada.

como faz tempo que eu não vejo as meninas, a kau e a nath vão vir me ver hoje.

nem tive muita vontade de me arrumar, só tomei um banho, vesti um short branco, uma regata preta e fiz um coque no cabelo.

ouvi a campainha tocar e logo fui atender.

-oi amigas! -abracei as duas ao mesmo tempo.
amo demais essas duas.

-eai linda! -kau beijou minha bochecha.

-oii -nath falou e colocou uma sacola na mesa.

-é doce? mentiraaaa -corri pra abrir a sacola. eu to aguando pra comer doce faz diaas.

-como cê tá? o jota comentou que você passou mal aquele dia -kau sentou no sofá.

-eu to melhor, devo ter pego uma virose, sei lá -dei de ombros e me juntei delas no sofá.

-mana e o apollo? -nath perguntou e eu revirei os olhos.
ninguém me deixa esquecer esse cara.

-esquece ele, eu descobri as traições -falei e elas me olharam esperando mais respostas, mas eu não vou falar.

-o jota me disse que vocês conversaram. cê sabe que eu não defendo macho né, mas porque vocês não conversam? seja lá o que aconteceu, ele ficou muito mal -kau disse e eu fiquei surpresa.
ela é minha melhor amiga, sempre ficou do meu lado, e dessa vez não.

não sei o que isso significa, mas talvez, eu realmente devo pisar no meu ego e fazer algo.

-eu não sei, quem sabe você dá uma chance pra ele amiga -nath concordou com a kau.

-ta bom, eu vou tentar -revirei os olhos e liguei a tv.
quero colocar um filme.

-meu deus marina, você já acabou com os doces -nath se indignou comigo.

-acabei? foi mal, tava com muita vontade -engoli o ultimo pedaço da barra e sorri pra elas.
essa vontade de doce tava me matando, nem consigo explicar.

-amiga, cê não tá grávida né? -kau perguntou e eu arregalei os olhos.

-que? claro que não -neguei com a cabeça.
é impossível.

-é que... cê passou mal, tá comendo doce igual doida, e seus peitos estão mega inchados! -nath falou contando nos dedos e eu arregalei os olhos mais ainda.
não, não, não!
isso não pode acontecer, não faz sentido.

-não amigas, não dá, eu tomo remédio certinho -arrumei o coque do meu cabelo.

-se eu fosse você, faria um teste -kau deu de ombros.
ai que merda!

-ta bom, chega, vamos ver um filme -dei play e começamos a ver.
eu não quero pensar nessa possibilidade, não posso pensar nisso agora.

[...]
o filme acabou e já era noite, devem ser umas 20:30.

-quem apoia um strogonoff? -levantei do sofá.

-por favor.

-só se for agora.
demos risada e eu fui pra cozinha e comecei a preparar.

-meu deus amiga cê tá com muita cara de mãe, não to sabendo lidar -kau falou e eu revirei os olhos.

-mulher para com isso! vou enlouquecer -joguei água nela, que deu risada.

-ela não tá errada mari -nath concordou com ela e eu fiquei boquiaberta.

-até você nath? -molhei ela também que reclamou me xingando.

-deixa eu colocar uma música pra animar essa casa -kau foi até a tv e abriu o spotify.
colocou um pagodinho e começou a sambar no meio da sala.

-não tem uma cervejinha nessa casa? -nath falou triste e eu ri.

-pior que não tem amiga, preciso comprar -fiz bico e voltei a fazer a comida.

foi bem rápido, fiz arroz e o strogonoff.
como não tinha cerveja, eu fiz um drinkzinho pras meninas, e peguei um energético.

ainda não to 100%, não quero beber e passar mal de novo.

-venham meninas -servi os pratos na mesa.

-meu deus amiga! tá lindo -kau elogiou.

-óbvio né, eu que fiz -me exibi e as duas riram -não entendi a graça -coloquei as mãos na cintura.

-larga de ser convencida marina -nath deu uma garfada na comida -meu deus que delicia -falou de boca cheia e eu ri.

-nossa ficou muito bom mesmo -eu mesma me elogiei.
acho que fiquei tanto tempo sem comer, que qualquer coisa é maravilhosa e eu tenho vontade de comer por 5 pessoas.

-meus deus tá super tarde! eu preciso ir, amanhã tenho faculdade -kau se levantou rápido.

-é verdade! vai me dar carona? -nath perguntou e kau concordou com a cabeça.

-bora então! -as duas pegaram suas coisas e eu levei elas até a porta.

-tchau meninas, amo vocês abracei uma de cada vez

-tchau mari

-tchau lindona -as duas saíram do meu campo de visão e eu fechei a porta.
organizei a cozinha, tomei um banho e fui deitar.

confesso que tem muita coisa martelando na minha mente.

o apollo não sai da minha cabeça, e essa "gravidez" tá me deixando mais pensativa ainda.

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acho que vocês já entenderam os próximos capítulos né?
espero que gostem, prometo que vou fazer ser bom!

Quem diria -Apollo McOnde histórias criam vida. Descubra agora