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Marina Mendes

hoje vamos contar pro bob que estamos esperando um bebê.
logo cedo o apollo saiu pra comprar todas as coisinhas que eu queria pra fazer a surpresa e ficou tudo perfeito.

eu to com medo de contar, confesso. o bob é muito de boa, mas não sei como ele pode reagir a uma noticia dessas.

hoje também vou ver a cristal e a deyse, que eu não vejo a mó cota e to morrendo de saudade.

deyse é a esposa do bob, e cristal é filha deles, e minha irmã também.

eu amo essa família, são uma referência pra mim e eu faria de tudo por eles.

-pronta amor? -apollo entrou no quarto.
ele tá vestindo uma bermuda preta, regata branca colada, um tênis preto também, o boné pro lado de sempre e os acessórios dele.
que homem ein, meu deus!

-gato demais -abri os braços sentada na penteadeira e ele me abraçou.
beijei seu pescoço e ele me olhou analisando tudo que podia.

-cê tá gostosa pra porra -passou as mãos pela minha cintura e parou elas na minha barriga -não escuta isso bebê -falou com a barriga e eu ri.

sempre fico boba quando ele faz isso, eu fico pensando que ele vai ser um pai incrível pro nosso neném e isso me deixa totalmente derretida.

-vamo? -perguntou olhando pro relógio dele.

-vamo -levantei e peguei a bolsa.
fomos de carro pra casa do bob, que fica perto da minha até.

apollo estacionou o carro na frente da casa e nós descemos.

-ai amor eu to nervosa -falei antes de tocar a campainha.

-vai dar certo amor, confia -me abraçou de lado e beijou minha testa.
ele mesmo tocou a campainha e logo o bob abriu.

-oi papi! -abracei ele.
eu to nervosa demais meu deus!

-eai pingo! fala apollo! -os dois se cumprimentaram.

-ai meu deus!! oi cristal!! -me abaixei quando vi a pequena correr na minha direção. -que saudade que eu tava de você! -dei um abração nela.

-também tava -falou um pouco enrolado e eu sorri.

-oi deyse! cumprimentei ela.

-oi mari, quanto tempo ein! -me abraçou e foi abraçar o apollo -eai apollo!

-tudo suave deyse? -apollo falou se soltando do abraço.

-venham gente, o bob já tá assando um pão de alho -deyse nos guiou até o pátio onde tem a churrasqueira.

-como tá o casal do ano? -bob perguntou bebendo a cerveja dele.

-tudo ótimo papi -falei me sentando do lado da deyse.
apollo já é de casa, então foi metendo a mão nas carnes pra colocar no fogo.

-como cê tá pequena? -falei com a cristal que tava brincando na grama, mas quando viu que eu tava falando com ela, veio correndo e sentou no meu colo.

-to bem mana -respondeu do jeitinho dela e eu sorri.

-que bom princesa! -dei um beijão na bochecha dela e ela gargalhou.
meu deus, como eu amo crianças! não vejo a hora ter a minha nos braços.

-pãozin no capricho pras damas -apollo chegou com o pratinho e nós duas rimos.
pegamos o pão e ele saiu.

-cê acertou em cheio nessa escolha mari -deyse falou sobre o apollo.

-acertei né? aconteceu tudo tão do nada, que as vezes eu nem acredito -falei admirando o japonês na maior resenha com o meu pai.

-vocês são um casal lindo, consigo imaginar um filho de vocês fazendo companhia pra cristal -quando ela falou isso, eu engoli seco e fingi normalidade.
meu deus, imagina se eu estrago a surpresa?

[...]
o churrasco tava incrível, ficamos comendo e eles bebendo enquanto o bob e o apollo assavam. conversamos um monte, colocamos todo o papo em dia.

já ajudei a deyse com à louça, estamos de bucho cheio... acho que chegou a hora.

-bob, deyse, eu e o apollo trouxemos um presente -me levantei e fui até a mesa pra pegar a caixinha.

-presente? ish -bob esfregou as mãos e eu ri.
tadinho do apollo, o amarelo tá branco.
eu to morrendo também, mas to fingindo normalidade.

-aqui. -entreguei. apollo parou do meu lado e nós ficamos de pé na frente dos dois. -abram no 3.

-1...

-2...

-3...
eu e apollo contamos juntos e no 3 eles abriram a caixa.

deyse entendeu na hora e já encheu os olhos de lágrima enquanto encarava bob que ainda tava processando a informação.

-é sério? -bob falou com a voz meio travada.
concordei com a cabeça e olhei pro apollo que tava sorrindo.

-meu deus pingo! parabéns! -bob me abraçou com a maior força do mundo e eu desabei  em choro vendo ele chorar.
isso significa muito pra nós.

-parabéns! -deyse abraçou o apollo que tava chorando também.

-carai apollo! cê vai ser pai moleque! parabéns! -os dois se abraçaram e acho que agora sim, a ficha caiu.
bob 13 vai ser avô e apollo mc vai ser pai.

ver o bob chorar me emociona muito. eu só vi ele chorar 2 vezes.
a primeira foi quando ele a minha mãe terminaram, e a segunda foi quando ela morreu.

ver ele chorar de alegria me dá uma paz gigante, de ver que a gente seguiu em frente e tenho certeza que lá de cima, minha mãe tá feliz demais também.

-pingo... -bob me segurou pelos ombros -carai eu to feliz demais! parabéns pingo, cê vai ser uma mãe foda, igual a sua foi. ela deve estar pulando de alegria agora, era o sonho dela ser avó -me abraçou mais uma vez e eu me permeei chorar.

chorar de alívio, de alegria, de saudade, de medo...

-eu te amo, vai ser nós pra sempre -falou no meu ouvido e eu concordei com ele e respondi o "eu te amo" baixinho.

-apollo seu filho da puta! pegou minha filha e vai meter um cpf novo porra! -empurrou o apollo que não sabia se ria ou chorava.
essa cena me lembrou o aniversário da aldeia...

-vocês vão ser uma família linda -deyse disse com os olhos brilhando -esse bebê tem muita sorte de ter vocês -abracei ela.

eu to realizada.

fui até o apollo e abracei ele também.

-te amo -sussurrei e ele retribuiu.

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próximo passo é contar pros amigos ein???
vocês vão me matar se eu fizer um plot fudido nessa fic?? eu to me segurando muito

Quem diria -Apollo McOnde histórias criam vida. Descubra agora